Já repararam que tudo hoje é vender? Estou falando sério. Se eu entro no Instagram para ver algumas imagens bonitas e alegrar meus olhos, lá tem uma blogueira me dizendo que preciso comprar. Elas ganham alguns milhares de reais para estarem impecáveis e nos fazer acreditar que comprar aqueles itens vai salvar nossas vidas e nos tornar it girls. Quando leio uma revista, a mesma coisa. São muitos editorias de “tem que ter” para lidar. Isso sem falar das cenas da TV onde a vilã gatona, vivida por Gio Antonelli, vende esmaltes, bijuterias, roupas… tudo.
Está lançado o desafio de sobreviver seis meses sem consumir
Até uma simples leitura na internet virou uma cilada. Já perceberam que alguns anúncios te perseguem onde quer que você navegue? Funciona assim: se você está procurando um hidratante para o rosto e faz uma busca no Google para entender melhor como ele funciona, o nosso amado buscador vai marcar esse seu comportamento e começar a vender para anunciantes que vendem cremes hidratantes a seguinte informação: aquela pessoa ali está interessada em comprar um hidratante. Ofereça seus produtos a ela e garanta o seu e o meu lucro! Boa proposta, né? Mas isso custa a nossa paz, a nossa navegação despretensiosa. Não vou entrar aqui na questão de privacidade porque o assunto seria longo demais.
Agora que estou fugindo do consumo sem sentido, vejo como isso é difícil. As ciladas estão em toda parte. Quer saber mais? Até alguns médicos ganham presentes de laboratórios para nos influenciar a usar um medicamento em detrimento a outro. E a gente só confiando que o médico vai recomendar o melhor e nada mais do que isso.
Mas deixando a indignação de lado, quero contar o meu antídoto para esse tanto de gente tentando me vender alguma coisa: a arte!!!! O ser humano precisa do belo para se inspirar e viver melhor. Muitas vezes, a gente recorre à beleza da moda para saciar a alma e esquece que o melhor jeito de alimentar o espírito é a arte verdadeira.
Por isso, tenho olhado novamente para o trabalho da artista plástica Nina Pandolfo. Seus desenhos e traços fofos estão me trazendo aconchego e um escapismo coerente com o meu momento atual.