Singapura (ou Cingapura) é uma cidade-estado desde 1958 com uma população atual de um pouco mais de 5 milhões de habitantes. A república vem sendo administrada pelo mesmo partido, o polêmico PAP (Partido de Ação Popular), desde a sua fundação. A função pública é a mais bem paga do mundo e a violência praticamente não existe.
Importante lembrar que a punição física (com varas de bambu) ainda é muito comum por lá para crimes como estupro e alguns tipos de vandalismo. Tráfico de armas e drogas é pena de morte – e isso está escrito em letras garrafais já no papel que os turistas recebem no avião. As leis são extremamente rígidas e chegam a ser curiosas para quem vê de fora. A multa por jogar lixo no chão é de 1000 SGD, aproximadamente R$ 2.340,00 hoje em dia + serviço comunitário – e se você for reincidente três vezes também poderá ter que usar uma placa onde se lê “eu jogo lixo na rua”.
FLORENÇA EM CINGAPURA: MULTAS RÍGIDAS E QUASE NENHUMA VIOLÊNCIA
Andar de lingerie ou pelado na própria casa também é considerado crime. Onde já se viu? Se alguém ver você pela janela ou algo do gênero, você pode ser denunciada e receber uma bela multa na sua porta. Se você apresentar alguém para outra pessoa, e o seu amigo se mostrar uma pessoa perigosa, você poderá ser condenada como cúmplice. Ah, atravessar fora da faixa de pedestre: multa de pelo menos 100 SGD, cerca de R$ 234,00 – policiais ficam à paisana observando quem está cruzando a rua no local certo. É sério!
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Outra coisa que é proibida é comer dentro de transporte público, principalmente se for durian (uma fruta com um cheiro muito forte). Tanto isso, quanto fumar no metrô, por exemplo, te custam uma multa de cerca de R$ 2.340,00. E não é como no Brasil que a segurança não se faz presente. Lá inúmeros policiais à paisana povoam as ruas, de manhã à noite (alguns até se passam por taxistas e, se te enxergam jogando lixo na calçada, aplicam a salgadinha multa).
HOTEL MARINA BAY SANDS: CONSTRUÇÃO DE US$ 6 BILHÕES É ATRAÇÃO TURÍSTICA DE CINGAPURA
A economia é movida por exportações, especialmente de eletrônicos, um dos pilares dos “Tigres da Ásia”. O porto da cidade-estado é um dos cinco mais movimentos do mundo, o que faz com que exista tanta pujança no local. Um belo exemplo disso é o hotel Marina Bay Sands. Foram gastos US$ 6 bilhões em sua construção. Não tem a pretensão de ser o mais alto, mas mesmo assim é um recordista: localizada no topo das três torres, a piscina de 150 metros fica a 191 metros do chão.
FLORENÇA NA PISCINA DE BORDA INFINITA DO MARINA BAY SANDS: A 191 METROS DO CHÃO E COM VISTA PRIVILEGIADA DA CIDADE
A piscina é um dos maiores desafios da história da engenharia, pelo menos quando se fala em hotéis. Ela foi construída para dar a impressão de que os nadadores estão à beira de um precipício. Só dar a impressão, porque, na verdade, existe uma estrutura secundária logo abaixo da borda. A água transborda o tempo inteiro (para dar a impressão de que a piscina é infinita), mas logo abaixo tem uma espécie de reservatório, que recupera a água perdida e joga de volta na piscina. Essa estrutura é bem baixa, só enxerga quem se debruça – do contrário parece um precipício mesmo. Crianças só entram acompanhadas e, mesmo assim, não são muitas.
FLORENÇA AO ENTARDECER: “O lugar também é uma ótima pedida para o pôr do sol”, diz ela. “O hotel distribui chambres para os hóspedes e, quem se sentir à vontade, pode prolongar ainda mais o programa de piscina”
MARINA BAY SANDS VISTO DE CIMA: “No alto do prédio existe o SkyPark, que liga as três torres do hotel. É possível ter uma vista privilegiada da cidade e, inclusive, do circuito de Fórmula 1”, conta Florença
A boa notícia é que no SkyPark qualquer turista pode frequentar, diferentemente da piscina, onde só hóspedes estão permitidos. Já que o preço da diária é salgado (a partir de US$ 300), a dica é dar uma economizada e, depois de conhecer bem a cidade, encerrar o passeio por lá. Uma diária já é suficiente para desfrutar um dia inteiro das instalações do Marina Bay Sands, que não é somente um hotel de luxo, mas uma parte importante da história de Cingapura.
- Florença Castro é jornalista e leitora do site MK
