Nenhum alfinete pode chegar perto de mim neste momento. Tenho a impressão de estar transformada em um balão. Qualquer contato mais agudo, PLOW!!! Explodo e voo pelos ares feito a Dona Redonda. Pode ser uma combinação de muitos fatores o estado deplorável em que me encontro neste momento. Primeiro, a culpa é da segunda-feira, claro. A culpa para qualquer coisa que aconteça comigo ou com o mundo na segunda-feira é sempre da segunda-feira.
Segundo, devo estar colhendo o resultado de todas as rabas a la romana, de todos os chipirones à provençal, de todos os clericots, de todas as Zillertal, de todos os pães y quesos y jamón que passei a semana devorando em Punta del Este. Você já foi ao Uruguai, amiga leitora? Se foi, já conseguiu voltar de lá mais magra? Nãããããoooooo!!!
Meu primeiro dia de volta do Uruguai é sempre pontuado de um pouco de irritação.
1) Porque estou inchada.
2) Porque em Porto Alegre faz muito calor (sempre é assim).
3) Porque preciso voltar a comer ração depois de uma semana entregue a manjares.
4) Porque é segunda-feira.
5) Por todas as razões anteriores.
Venham se encontrar na galeria de fotos do lançamento do livro!
Próximo sábado é meu dia de autógrafos na Feira do Livro. A Editora Dublinense me prometeu que a praça estará abarrotada de “Tudo tem uma Primeira Vez”. Às 17h horas, eu lá estarei na Praça de Autógrafos. Na companhia do Bento, da Alpaquinha e da Olivia. Sim, nós vamos em matilha. Vamos invadir a Feira do Livro e já começamos uma reza forte para que o tempo esteja bom. Primeiro, que não chova – isso é sempre o principal.
Até lá, por todas as razões e motivos óbvios que povoam a minha personalidade dramática, estarei envolvida em uma contagem regressiva. Sim, todos os dias desta semana eu contarei menos um para o sábado de autógrafos na Feira – e peço encarecidamente a todas as minhas amigas (que sei que vocês são!) que me ajudem com a reza a São Pedro – e que apareçam por lá, sabe assim? Vão lá dar uma voltinha na praça no último fim de semana de feira, vão passear, respirar novos ares e encontrar a Mariana….
FALEI PRA ELA TOMAR UM RIVOTRIL
A PAQUI É HIPOCONDRÍACA IGUAL A ELA
AINDA BEM QUE EU MORO COM A VÓVA
Falando em hipocondria, eu poderia muito bem tomar um Lasix agora. Sabem o que é um Lasix? Um diurético que faz a gente levantar de cinco em cinco minutos para ir ao banheiro até desidratar por completo. Eu também poderia telefonar para a Onodera e ver se há hora para a Manta Térmica e uma massagem Onoredux Max. Já recorri a este recurso. Já ouviram falar? Pois eu conto: um belo dia, lá chegou Mariana neste estado em que se encontra agora e pediu pelo amor de Deus que a Onodera ajudasse a Mariana a desinchar.
Mariana recebeu a indicação da Manta Térmica e da massagem Onoredux Max. O que diz a explicação da Onoredux Max: “Esse procedimento consiste em massagens com movimentos rítmicos, vigorosos, com maior pressão do que nas massagens convencionais. Utilizamos o exclusivo creme OnoActive Redux que, com seus princípios ativos específicos, potencializam os resultados. A massagem Onoredux Max, além de todos esses benefícios, associa o procedimento a um rolo de sucção e amassamento”.
Continua: “Os movimentos de amassamento, pinçamento e deslizamento, são promovidos principalmente em regiões com maior quantidade de adiposidades e celulite, favorecendo o aumento da circulação sanguínea e a modelagem corporal”.
A pessoa, no caso Mariana, fica lá estendida numa maca sendo amassada feito uma massa de pão de ló – uma cena deplorável, com gorduras saltando para todos os lados. Sempre que estou naquela condição, agradeço por só ter a esteticista como testemunha e peço desculpas ao meu anjo da guarda por ter que assistir a tamanha deprê visual.
Imagine você, cara amiga, sendo embalada feito um pedaço de chester cru por um daqueles filmes plásticos de PVC, sabe?
Imagine as suas coxas, a sua barriga e os seus braços recebendo doses cavalares de um dosador com um tal de gel enzimático geladíssimo. Então, quando você está toda besuntada do tal gel, você é embalada feito um peru que vai para o freezer (no meu caso, para o forno da manta térmica). Daí, toda gosmenta dentro daquele plástico, você ainda é embalada por mantas térmicas quentíssimas – e então está pronta para ficar lá, meia hora, olhando para o teto e sendo assada.
SÓ FALTAM AS BATATINHAS PARA COMPLETAR A IMAGEM QUE TENHO DE MIM
Mas o que dizer ao final dessa sessão de horrores? Me sinto outra pessoa. Mais leve, mais desinchada e muito mais feliz. Pronta para voltar à minha rotina de exercícios diários. Porque não há como eu subir em uma esteira inchada desse jeito, vai dizer? Se já me coço feito um bicho sarnento por conta da circulação em dias em que não estou inchada, não queiram ver o que acontece quando me encontro nesse estado.
NUNCA PENSEI QUE FOSSE PRESENCIAR ALGO ASSIM
Como podem ver, Bento tem conseguido introjetar sua personalidade rabugenta na doce Alpaquinha. Ela continua doce e sempre será doce, mas é inegável a fina ironia que já começa a aprender com o animal. Coisas de convivência, não adianta.
AINDA BEM QUE EU MORO COM A VÓVA
Oi!
“A Paqui é hipocondríaca igual a ela” não tem preço. hahahaha