O trabalho de home office, em alguns casos da minha vida, também pode ser chamado de pet office. Cheguei à conclusão que otimizo muito mais o meu tempo sentada na sala de espera da VitalVet, a clínica em que o o animal vem duas vezes por semana fazer seus tratamentos de coluna, artroses e afins, do que trazendo ele, voltando para casa e voltando para buscar. Então, trago o computador, espero os 60 minutos que dura a sessão e voltamos para casa. Neste momento, aqui estou, muito bem acompanhada, diga-se de passagem.
Olha!
DO MEU LADO ESQUERDO ESTÁ FIGURA
Dorme e não quis acordar para perguntar seu nome
LÁ PERTO DA ESCADA ESTÁ O AROLDO
O Aroldo é amigão do Bento. Os dois tem problemas semelhantes, mas as articulações do Aroldo estão um pouco mais comprometidas devido à idade. O tratamento do doutor Ricardo Pacheco caiu como uma bênção na vida do Xerife. Ele tem apresentado melhoras significativas de locomoção.
Dos bons, dos boooooons é exagero. Mas já não me dói mais tanto o coração vê-lo caminhar, sabe assim? Tirando a patinha direita, que ele manca por um problema congênito no cotovelo, de resto tenho que admitir que parece um guri. Acho engraçado quando passeamos na rua. A maioria das pessoas que passa por mim pergunta:
– Olha…. Tadinho…. Tu viu que ele está mancando?!!
Daí tenho que dizer que sim, que vi… Daí perguntam o porquê de ele estar mancando… Daí eu tenho que dizer que ele tem artrose… Daí as pessoas dizem “nossa, mas quantos anos ele tem?”… Daí eu respondo “quinze”… Daí as pessoas dizem “quinze anos??!!”… Daí eu digo “pois é, quinze… Parece um guri, né?”… Daí as pessoas respondem “sim, ele está muito bem”… E daí todo mundo já esquece da patinha. Pelo menos uma vez por dia esse diálogo acontece.
ELA ADORA ESPALHAR MINHA IDADE
Eu não adoro sair por aí espalhando a tua idade aos quatro ventos. Tu, mais do que ninguém, sabe que este diálogo é recorrente. Se não me perguntassem tua idade, eu não sairia alardeando. Como perguntam, não vou mentir. Até porque o teu problema é próprio da idade – e não de maus tratos, que fique claro.
Ah, tá… Sim. Maus tratos. Eu mereço ouvir isso. Reparem bem, senhoras e senhores, na calúnia deste animal. Eu, Mariana, estou aqui, sentada num pufe sem encosto, sem meus óculos de grau, que esqueci em casa, trabalhando em condições precárias apenas para acompanhar o animal em seu dia de tratamento. Eu, esta pessoa maravilhosa, estou sendo acusada de maus tratos..
Tenho sido vítima, nos últimos dias, da falta de tempo para comprar os devidos ingredientes para fazer uma sopa de legumes que sonho experimentar. Explico: há cerca de um mês, comprei na Livraria Cultura, no shopping Bourbon Country, alguns livros – entre eles um que desejava ler havia tempos: Mulheres Francesas não Engordam, de Mireille Guiliano.
Tenho verdadeiro fascínio pelo way of life das francesas, já li alguns livros femininos a respeito, como A Parisiense e Como ser uma Parisiense em qualquer Lugar do Mundo. Também já escrevi a respeito de ambos.
Olha!
A PARISIENSE
Perdeu o post? Aqui, ó Aprendendo com Ines de la Fressange
COMO SER UMA PARISIENSE EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO
Perdeu o post? Aqui, ó: Vou aprender como ser uma parisiense em qualquer lugar do mundo
O que aconteceu com a minha leitura de Mulheres Francesas não Engordam: ela é tão, mas tão rica culturalmente em relação a dicas de alimentação para a nossa vida – e também da maneira como as francesas se relacionam com a comida -, que eu cheguei na metade do livro e me dei conta de que não poderia continuar até o fim sem voltar ao início, começar a leitura de novo e marcar tudo o que havia me chamado a atenção. Porque eu estava simplesmente tendo uma verdadeira aula de muitas coisas e, com certeza, com essa minha memória demente, esqueceria a metade tão logo fechasse o livro. Teria que sublinhar e rabiscar para não esquecer.
DEPOIS RECLAMA DE FALTA DE TEMPO
Eu ainda quero muuuuito fazer um post apenas sobre os aprendizados que tive com este livro, que recomendo muuuuuito. Como isso ainda vai demorar um pouco, estou ansiosa para, pelo menos, compartilhar a sopa de legumes da Mireille. É que já começaram os dias frios, já deu vontade de jantar aquela sopinha, e eu estou de posse de uma informação – a tal sopa com receita francesa – que não estou conseguindo guardar só pra mim. Preciso que vocês experimentem também. Porque parece saborosa e com resultados ótimos para a boa forma.
Já? Já passou uma hora?
Mariana olha no relógio. Sim, já passou uma hora.
Tu viu o Aroldo ali perto da escada?
Não quer brincar um pouco com ele enquanto eu termino?
Mariana fecha o seu notebook e deixa para terminar o que começou em seu bunker-escritório.
PARTE 2
Mariana e o animal chegam em casa. O animal chega berrando de fome. Papaqui rodopia-se pelo chão de felicidade. Mariana oferece comida ao animal. O animal faz cara de nojo. Pede Biscrok. Mariana oferece um Biscrok ao animal. O animal abocanha a mão de Mariana. Então, Mariana vira-se para o lado e nota algo diferente em cima do aparador da sala. Há uma sacola. Mariana enfia a cara dentro da sacola e há uma caixinha pequena intitulada Santo Negrinho. Mariana sente-se em apuros. Mariana abre a caixinha e dá de cara com seis negrinhos da Santo Negrinho. Mariana sente que não conseguirá concentrar-se com a caixinha com seis negrinhos olhando para ela. Mariana resolve que vai comer um negrinho com cafezinho. Mariana vai até a cozinha e faz um café. Mariana volta com o café para o bunker-escritório. Na outra mão, traz a caixa da Santo Negrinho. Mariana come o primeiro negrinho. Serotoninas e dopaminas misturam-se em uma dança da felicidade no cérebro de Mariana.
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Mariana acha que tem direito a mais um negrinho. Só mais um – e era isso. Então, Mariana colhe da caixa o segundo negrinho. Serotoninas e dopaminas voltam a entrelaçar-se de felicidade. Mariana pensa em comer o terceiro negrinho. Anjinhos e diabinhos começam a discutir nos ouvidos de Mariana. Ela continua achando que merece mais um negrinho. Come o terceiro. Agora restam três na caixa. O café ainda está pela metade. Mariana percebe que não conseguirá terminar o café sem comer pelo menos mais um negrinho. Então, ela toma uma atitude decisiva e enfia o quarto negrinho inteiro na boca, como se pudesse esconder a gula de si mesma. Então, Mariana joga-se para trás no encosto da cadeira do escritório e saboreia, de olhos fechados, aquele negrinho inteiro dançando para lá e para cá dentro de sua boca. Sente-se satisfeita.
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Quando o quarto negrinho passa pelo esôfago de Mariana em direção à união com os outros três, Mariana pergunta-se para que guardar apenas dois negrinhos? Então, Mariana faz uma reunião de neurônios dela com ela mesma e decide acabar logo com essa fuga de foco que uma caixa contendo dois negrinhos causará em sua vida, caso seja deixada para depois. Em um rápido movimento com a mão esquerda, Mariana enfia o quinto negrinho dentro da boca. Em seguida, com a mão direita, o sexto. Pronto! Problema resolvido. Nenhum negrinho mais impedirá Mariana de perder o foco no seu trabalho.
VAMOS FALAR DE SOPA DE LEGUMES?
ELA QUER FINGIR QUE NADA ACONTECEU
Há uma parte do livro de Mireille Guiliano em que ela fala sobre sopas, um hábito tipicamente francês. Mireille conta que, se tivesse que escolher a sopa que mais gostava na sua infância, aquela que ainda reproduz nos dias de hoje, ela escolheria a sopa de legumes que sua mãe preparava. Então, senhoras e senhores, chegou, enfim a hora de fazer jus ao conteúdo prometido no título deste post.
A RECEITA DA SOPA DE LEGUMES DA MIREILLE!
Olha!
INGREDIENTES
Ela diz que a mãe cozinhava os legumes na água e, embora as batatas estivessem sempre incluídas, a escolha dos outros legumes era questão de disponibilidade.
FAZ ESTE AUÊ TODO E NEM REESCREVE A RECEITA?
TIRA FOTO DO LIVRO E SE DÁ POR SATISFEITA?
VAI TER QUE SE ESTREBUCHAR NA ESTEIRA
Mariana vou comprar este livro das parisienses pois adoro dicas de leitura. Eu ganhei ha 2 anos o livro A Parisiense e li marquei e esqueci muita coisa. Outro dia o retirei da estante e recomecei a folhea-lo e me dei conta que cometi algumas gafes como usar mochila. Adoro este livro. E “sou dessas” que escrevo e marco com memos amarelos as passagens interessantes do livro.
Beijos