Se tem algo que eu ainda gostaria de fazer neste plano da minha existência é estudar alguns meses na School of Life – a “escola da vida”, criada pelo filósofo Alain de Botton. Sediada em Londres, em uma casa de fachada discreta, parece uma pequena livraria com títulos de autoajuda. Mas é mais, muito mais. Como bem publicou uma reportagem que li uns anos atrás da revista Serafina, do jornal Folha de S.Paulo, “a School of Life tem um objetivo ambicioso: o de mudar o mundo. Mas não incita seus alunos a discutir política nem a realizar alguma coisa efetivamente. Na escola da vida, mudar o mundo significa mudar o seu próprio mundo, por meio de conversas que vão de “como ser ‘cool'” até “como dosar trabalho e vida”, passando por “como fazer o amor durar”.
ADOOOOOORO ESSAS CONVERSAS EXISTENCIAIS
EU QUE O DIGA
Na opinião de Alain de Botton, o sucesso da escola (vive com os cursos lotados) acontece em função da abordagem a que ela se propõe: temas que fazem as pessoas sofrerem e muitas vezes sofrerem caladas. Diz ele: “Morte, dinheiro, amor, trabalho e família. Esses são os problemas centrais que afligem as pessoas, e nossas aulas, programas e projetos circulam em torno desses grandes desafios. Estamos desesperados para conseguir respostas para os terríveis dilemas e tragédias que enfrentamos”. A ideia de criar a School of Life foi uma maneira de levar o que Botton já fazia na literatura para o mundo físico.
Olha!
OBRA DE 1998 DO AUTOR
Com senso de humor e extrema sensibilidade, ele revela o que Proust pensava sobre amizade, livros, amor e vida. Combinando um clássico da literatura com autoajuda, cria um bem-humorado guia para a vida cotidiana
OBRA DE 2001 DO AUTOR
Reúne ensinamentos de Sócrates, Epicuro, Sêneca, Montaigne, Schopenhauer e Nietzsche adaptados para situações atuais e cotidianas, como popularidade, dificuldades financeiras e crises conjugais
Enquanto a vida não me permite passar uma temporada de estudos na escola, vou consumindo livros com conteúdos que saem de lá. São obras da série The School of Life e que abordam algumas das maiores preocupações de nossas vidas de uma maneira genuinamente informativa e acolhedora. Alguns títulos: “Como Desenvolver Saúde Emocional”, “Como Encontrar o Trabalho da sua Vida”, “Como Lidar com a Adversidade”, “Como Mudar o Mundo”, “Como se Preocupar menos com Dinheiro”, “Como Viver na Era Digital”. Eles provam que a ideia de autoajuda não precisa ser superficial ou ingênua.
Arrumando a biblioteca de casa esta semana, reencontrei dois títulos que seguem a mesma linha: “Como Ficar Sozinho”, de Sara Maitland, e “Como Envelhecer”, de Anne Karpf.
VOCÊ QUER FICAR SOZINHO?
Ela reflete sobre nossa sociedade de ritmo acelerado, que não aprova a solidão. Estar sozinho é muitas vezes, algo incompreendido. Por que isso acontece em um momento em que autonomia, liberdade pessoal e individualismo são mais valorizados do que nunca? Sara Maitland responde a essa pergunta explorando algumas mudanças de atitude ao longo da história. Apresentando experiências e estratégias para dissipar o medo da solidão, ela nos ajuda a praticá-la sem ansiedade e nos encoraja a enxergar os benefícios de passarmos algum tempo apenas com nós mesmos. Ao nos permitirmos a experiência de estar sozinho, conseguimos ter inspiração para encontrar nossas próprias recompensas e finalmente levar uma vida mais enriquecedora e gratificante.
VOCÊ MENTIRIA SUA IDADE?
A sociedade tem um enorme medo de envelhecer. A velhice passou a ser um problema biomédico, algo a ser evitado a todo custo – e quem sabe um dia extinto pela medicina. Anne Karpf nos encoraja a uma mudança de narrativa. Nossa percepção sobre a idade é histórica e culturalmente definida. Usando como fonte diversos estudos de caso, a autora tenta quebrar o paradigma negativo e sugere que o passar dos anos pode ser enriquecedor e trazer imenso crescimento. Se reconhecemos essa passagem como parte inevitável da condição humana, o grande desafio de envelhecer passa a ser simplesmente o desafio de viver. O livro ensina que ficar velho não tem a ver com a forma física, mas com estar determinado a viver plenamente em qualquer idade ou fase da vida.
BENTO TEM 17 E ESTÁ ESTÁ NO AUGE DESTA FASE
GANHEI O APELIDO DE MATUSALÉM
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Adorei esta matéria – onde encontramos estes livros ou tu vais disseca-los para nós
bj joice
Comprei os dois e pretendo escrever sobre eles, Tia Joice! Comprei na loja do Kindle, pois abandonei os livros de papel! Bjo. Mari