Não sabe falar sobre dinheiro com as crianças? Mesada é um caminho!

Uma das maneiras mais clássicas e eficazes de abordar o tema dinheiro e finanças com a criançada é por meio de mesada – que também pode ser semanada ou quinzenada. É lidando com ela que os pequenos começam a ter noção do valor do que se tem, do que se quer ter e até mesmo de planejamento e consumo sustentável. Na hora de colocar a mesada em prática, porém, é comum os pais cometerem alguns erros que acabam tendo o efeito reverso: em vez de inserir as crianças no universo financeiro de maneira saudável, podem estar dando maus exemplos e prejudicando a relação dos filhos com o dinheiro.

Em épocas de crise e de incentivo ao consumo, como a proximidade do Natal e das férias, essa preocupação é ainda mais procedente. Presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos lista os sete principais erros que os pais cometem na hora de dar mesada aos filhos. Espia só:

balancaERRO NÚMERO 1: DESEQUILÍBRIO

A criança não deve guardar todo o seu dinheiro para “sonhos de consumo”, como uma boneca ou um videogame. Ela precisa separar 50% da mesada para o consumo cotidiano e se dar o direito de comprar algo que deseja – mas sem excessos. A disciplina rígida que alguns pais impõem dentro de casa pode acabar transformando seus filhos em crianças obsessivas com o dinheiro.

cofrinhoERRO NÚMERO 2: VIOLAÇÃO

Os pais não podem, de forma alguma, usar o dinheiro que a criança vem guardando, nem mesmo como um “empréstimo”. Essa recomendação pode parecer absurda, mas existem muitos casos de pais ou responsáveis que mexem no cofrinho do filho ou retiram algum valor da caderneta de poupança dele para pagamento de uma conta ou mesmo para uso particular.

Money-BagERRO NÚMERO 3: RUPTURA

Nunca atravesse as etapas de esforço e crescimento de seu filho. Jamais compre o objeto de sonho dele antes que a criança consiga juntar o dinheiro para conquistá-lo. Isso fará com que ele registre a ideia de que não precisa lutar para conquistar o que deseja.

naoERRO NÚMERO 4: PERMISSÃO

Aprenda a dizer não. Durante a implementação da mesada, é comum que a criança gaste todo o dinheiro antes de o mês terminar. É natural: ela está aprendendo a lidar com valores, e vai pedir mais quando isso acontecer. Mas é essencial que ela vivencie as consequências de seus atos.

mar de dinheiroERRO NÚMERO 5: DESMEDIDA

A mesada não pode ser usada nem como prêmio, nem como castigo. Há pais que decidem não dar mesada por um período de tempo devido a mau comportamento ou notas baixas, por exemplo. Ou então dão a mesada porque o filho fez alguma atividade doméstica. A mesada deve ser respeitada e jamais virar uma moeda de troca ou “barganha” entre pais e filhos.

SALÁRIO-MÍNIMO-2016-TABELAERRO NÚMERO 6: REMUNERAÇÃO

Mesada não é salário. Salários são pagos para quem trabalha, e criança não pode e não deve trabalhar.

nfeERRO NÚMERO 7: SONEGAÇÃO

Os adultos devem ensinar as crianças, desde cedo, que tudo o que compramos deve vir com nota fiscal, desde um chocolate até uma bicicleta. Nada de dar o exemplo errado aos filhos negociando uma compra sem nota fiscal para obter desconto.

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

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