Gosto muito de uma autora chamada Ana Beatriz Barbosa Silva. Além de escritora, Ana Beatriz é médica psiquiatra e seu livro Mentes Perigosas – O Psicopata Mora ao Lado muito me serviu para enfrentar alguns leões que a vida profissional trata de nos arrumar ao longo do caminho. Na obra, Ana explica e ensina (como bem diz a capa do livro) “como reconhecer e se proteger de pessoas frias e perversas, sem sentimento de culpa, que estão perto de nós”.
Mentes Perigosas passou um bom tempo na lista de mais vendidos do país. Foram mais de 1 milhão de livros vendidos. Ana Beatriz concedeu dezenas de entrevistas, participou dos programas de televisão mais cults e populares (de Roda Viva a Ana Maria Braga) e escreveu outra obra que li logo após terminar de me inteirar a respeito da carnificina que o goleiro Bruno e sua turma fizeram com a modelo Eliza Samudio.
INDEFENSÁVEL
Escrito por três jornalistas e para quem gosta de jornalismo policial e investigativo
Se eu não tinha nada mais leve para ler que não o corpo de Eliza Samudio cortado em pedacinhos? Não me pressionem. Já bastou as noites em que o Chico me espiava de canto de olho, temendo a psicopata que poderia existir em mim tão logo ele fechasse os olhos, enquanto eu virava páginas e páginas de pura sordidez. Mas voltando à minha leitura recente de Ana Beatriz: chama-se Mentes Consumistas.
CAPA DO LIVRO
Atenta à esta nova forma de adoecer – e à tendência de que se alastre em uma sociedade cada vez mais consumista -, Ana Beatriz lançou Mentes Consumistas. O livro trata da perigosa tendência atual da busca da felicidade pelo consumo. O consumismo retratado pela autora é doença – e uma doença que vem se espalhando mais e mais por uma sociedade que compensa qualquer estresse, decepção, frustração, ansiedade, angústia e sentimentos nocivos em geral com o simples ato do consumo.
Ao longo dos últimos 15 anos, no dia a dia do seu consultório, a médica psiquiatra assistiu ao significativo aumento do número de jovens adultos em busca de ajuda contra angústia, ansiedade e depressão. Boa parte desses casos tem uma origem comum, nem sempre identificada num primeiro momento: a compulsão por compras e suas consequências para a vida financeira e social das pessoas.
Para grande surpresa da escritora, a grande fonte de prazer dos compulsivos se encerra no ato da compra, e não necessariamente na posse ou no usufruto dos bens adquiridos. A doença, que a ciência chama de “oniomania” desencadeia quadros bastante semelhantes aos da dependência química e tem características comuns com outras enfermidades “modernas”, como a bulimia, anorexia, TOC e o TDAH.
Embora comprar não seja um ato ilegal, muitos oniomaníacos se sentem culpados e chegam a esconder seus hábitos até mesmo das pessoas mais próximas. Ana Beatriz destaca uma singularidade dos compulsivos por compras.
Diferentemente de quem padece de outros transtornos de comportamento, o compulsivo descontrolado sofre porque embaralha sua identidade com as marcas dos objetos que compra. Em outras palavras, confunde o “ser” com o “ter”.
Ele também julga que sua felicidade depende da quantidade de coisas que pode comprar para si e para os outros. Isso o conduz para uma escalada de consumo sem fim, na busca constante pelos efêmeros momentos de prazer proporcionados a cada nova aquisição.
No vídeo abaixo, Ana Beatriz explica em um minutinho a própria obra.
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Oi, Mariana ! Parabéns , sempre muito útil suas colunas. Parabéns e boa estada no Uruguai. Abraços, Nelson Gehm
Muito bom!