Acabo de perder tudo o que já tinha escrito sobre o sétimo dia de férias. Dois parágrafos se foram. Anhãããã… Dizia que a quarta-feira começou chuvosa e que a família Buscapé resolveu sair em caravana para passear. Destino: Leblon. Nossa primeira parada foi na Livraria da Travessa, aqui pertinho do apartamento. Não concebo vir ao Rio de Janeiro sem dar uma cheiradinha na Livraria da Travessa. A ideia foi minha, claro.
Quando estou sozinha, faço o programa completo, com direito a almoço, tacinha de vinho, café e comprinhas. Hoje, em caravana, fiquei apenas passeando, lendo títulos (adoro os livros de culinária e gastronomia) e prefácios. Então, começou uma chuvinha fina e nos refugiamos em uma galeria ali pertinho. Tomamos um cafezinho, Chico e eu dividimos um brigadeiro…
O animal queria passear com chuvinha fina e ia sobrar pra mim rebocar o animal. Negociamos que ficaria em casa e passearia na volta. Então continuamos a caravana rumo à rua Dias Ferreira, no Leblon. Entramos em mais uma livraria, a Argumento.
– Outra livraria? – protestou a mãe. – Já vimos todos os livros e teu pai está com fome.
A cara do pai parado na porta da livraria era a de uma pessoa que não gosta de caminhar, que havia caminhado umas 10 quadras e que estava varado de fome.
– Querem comer em algum boteco? – perguntei.
– Boteco, não. Só tem fritura – respondeu a mãe.
– Querem ir a um japonês? Ali do outro lado da rua tem o Manekineko. É ótimo, almocei ali quando vim entrevistar a Laura Pires, no ano passado. Fiquem tranquilos que tem pratos quentes.
– Então vamos – concordaram todos.
O cardápio e cada um acabou escolhendo um prato – menos a mãe e o pai que repudiam a possibilidade de passar perto de uma peça de peixe cru. Pediram yakissoba de camarão. Eu optei por uma salada verde com sashimi e um molho muito delicioso.
Olha!
Chico limitou-se a um temaki de atum. Depois, ainda pediu 10 peças de sashimi. Tirei foto do Temaki. Olha!
Lulu ficou confusa, não sabia o que pedir e pediu um pouco de cada coisa.
SUNOMONO
(Aquela saladinha de pepino)
Estava deliciosa, ela disse
BARQUINHO DE CAMARÃO
Com geleia de pimenta e teriyaki. Novidade do cardápio de inverno. Lulu amou. Mãe provou e amou também.
Magro foi de salmão grelhado e yakissoba. Olha!
OOOOOHHHHHH!!!
Disse que estava ótimo
Só o yakissoba da mãe e do pai não foi muito aprovado pelos dois. Mãe disse que poderia ter mais legumes e que a massa podia estar mais fresquinha. Devidamente alimentada, a família Buscapé seguiu seu caminho até o final da Dias Ferreira. Desde que a mãe chegou em casa com o queijo do Marcos Palmeira, eu estava com a ideia fixa de que queria conhecer o Armazém Vale das Palmeiras.
Tinha ouvido falar que se tratava de uma loja de produtos orgânicos oriundos da Fazenda Vale das Palmeiras, do ator Marcos Palmeira. Mas não é bem assim. Da fazenda do ator vem uma meia dúzia de produtos. O restante são de produtores parceiros, são produtos que a gente encontra em todas essas lojas de orgânicos e naturebas.
Tirei uma foto da fachada,
Olha!
COM A LULU BISBILHOTANDO A VITRINE
– Tô meio decepcionada – comentei com a Lulu.
Ela começou a rir.
– Vem aqui, vamos ver o queijo com a fotinho do Marcos Palmeira. É muito engraçado – disse.
E nos dirigimos até a geladeira, nos fundos do armazém.
Fiz uma foto rapidinha, pois fiquei com vergonha.
Olha!
NÃO É DIVERTIDO?
O queijo, aliás, foi bastante aprovado aqui em casa
Voltamos caminhando até Ipanema e combinamos de fazer uma coisa que estava havia horas nos planos. Experimentar o sorvete italiano da gelateria Venchi. Posso falar? Foi o melhor sorvete que já comi.
Escolhi o meu sabor preferido, o 75% cacau.
Olha!
A sorveteria é incrível. Aliás, não é uma sorveteria. Está mais para uma loja de chocolates finos com sorveteria. E que chocolates! Uma embalagem mais linda do que a outra, um chocolate mais incrível do que outro. Tinha alguns para degustação e eu degustei, claro.
Olha!
ALGUNS SABORES DE DIFÍCIL ESCOLHA
UMA DAS PAREDES TODA DECORADA COM EMBALAGENS E CHOCOLATES
A DELICADEZA E A BELEZA DE ALGUMAS DAS EMBALAGENS
Bem alimentados e adocicados, voltamos para casa para reencontrar o animal e levá-lo para o passeio. Estava indócil, claro. Saiu com o pé que era um leque porta afora a arrastar o sári por Ipanema. Aproveitamos e nos informamos de uma pet shop onde, amanhã, o animal será levado para um banho visto que ninguém mais aguenta o odor de zurrilho podre.
No caminho de volta para casa, paramos no supermercado para comprar pão para o café. Atravessamos a rua com cinco pãezinhos d’água e cinco croissants quando resolvemos bisbilhotar um armazém de esquina, o Kikarnes. Chico entrou para saber se tinha mamão maduro e voltou de lá entusiasmadíssimo.
– Entra e dá uma olhada nos pães. Sensacionais – disse.
Fiquei fascinada. Tinha uma baguete de encher os olhos, daquelas de casca mais dura, meio chatinha e croc croc croc, sabe assim?
– Vamos comprar! – eu disse.
– Mas já compramos pão.
– Mas compramos a baguete e jantamos um sanduichão delicioso com presunto cru que tem em casa. O pão que compramos no super fica para o café de amanhã.
– Mas nós não vamos sair hoje?
– Vamos?
Pois acabamos não indo. E agora há pouco, Chico voltou lá para buscar a baguete e ela tinha acabado.
E assim descobrimos uma dica bem carioca e deliciosa: a baguete do armazém Kikarnes é o achado de Ipanema. Sai diariamente do forno às 16h e desaparece rapidinho.
Essa viagem esta uma excursão gastronomica!! ADOROOOOOO!! Tambem sou uma louca do pão, amo pães diferentes, adoro experimentar! E se forem aqueles pãos pretos super integrais então!! AMO!!
Oi Mari,
Estou adorando o relato das tuas férias, parece que também estou passeando ai pelo Rio, estou anotando as dicas. Bjs.