Lições sobre inteligência emocional para aprender com Divertida Mente

Vicente, meu adorado afilhado, veio me contar que havia assistindo ao longa de animação Divertida Mente. “E tu gostou?”, perguntei. “Adorei!”, ele respondeu. Vicente foi ao cinema com Nara, a vó – daí que eu fui saber da Nara que tal era a história. E daí que fiquei com muuuita vontade de assistir ao filme infantil. Porque a Nara me contou que trata-se de um filme para adultos também. E que ela adorou. “Sabia que alguns psicólogos e psiquiatras estão orientando os pacientes para que assistam?”, ela comentou.

Ainda não consegui ir ao cinema, mas Divertida Mente é o próximo da minha lista. Fui pesquisar mais sobre o filme, já que quase nada havia lido a respeito. A animação é produzida pela Pixar Animation Studios e distribuída pela Walt Disney Pictures e conta a história de Riley, uma garota de 11 anos que possui cinco emoções: Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza vivendo dentro de sua cabeça e a ajudam a lidar com as situações do cotidiano.

:A jornada de um neurocirurgião à vida após a morte

Quando uma confusão suga Tristeza e Alegria juntas com importantes lembranças da garota para as profundezas de sua cabeça, Raiva, Nojinho e Medo assumem o controle das ações – e a protagonista começa a se perder em suas atitudes e na forma de perceber o mundo ao seu redor.

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 A inteligência emocional (IE), habilidade de integrar sentimentos e pensamentos com o objetivo de otimizar decisões, está presente no filme em diversos momentos. Daí que achei tão interessante ouvir o que a coach Ana Paula Aquilino tem a dizer sobre as seis lições a respeito de inteligência emocional que podemos aprender com o filme. Ana Paula conta que o filme ilustra de forma didática e lúdica a IE: “Se a integração dos sentimentos é abalada, a pessoa pode ter um desequilíbrio e agir de maneira equivocada em determinadas situações. Ou seja, quando duas emoções da menina se perdem, todas as outras se desestabilizam”, observa.

woman-yelling-istock-de20QUAIS SÃO AS SEIS LIÇÕES, MARIANA?

1) As emoções direcionam as decisões.
A protagonista possui dentro da cabeça um painel de comando, no qual suas emoções controlam sua maneira de enxergar a vida e suas ações. Na vida real, não é diferente: todas as decisões e ações de um indivíduo passam antes pelo ‘controle’ de suas emoções e sentimentos.

2) Ignorar nossas emoções é ignorar o que somos.
Riley tem as chamadas “ilhas de personalidade”, baseadas em lembranças emocionais. As ilhas apresentam memórias chave que moldaram, de alguma forma, a personalidade da protagonista. Na ausência da Alegria e da Tristeza, a menina começa a agir de forma descontrolada quando é guiada pelas outras emoções. Percebe-se que a personagem está, cada vez mais, perdendo conexões com seu passado, o que abala sua maneira de ser.

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3) Todas as emoções são importantes
Quem comanda Riley, num primeiro momento, é a Alegria. Após fugir de casa, guiada pela raiva, a menina fica confusa em suas decisões. Entretanto, quando ela volta para casa, quem assume os controles de forma muito positiva é a Tristeza. Embora pouco agradável, percebemos nesse momento, que não existem emoções negativas: todas cuidam de nós. Cada uma tem seu papel importante e, aprender a lidar com todas, é essencial.

4) A Empatia vem da Tristeza.
Em certo momento, o amigo imaginário Bing Bong está muito triste, chorando. Por mais que a Alegria tente, não consegue animá-lo. Ele só melhora com a presença da Tristeza, que se coloca de maneira empática. A Empatia consiste em nos colocarmos no lugar do outro, tendo a experiência das emoções pela qual ele está passando. Só a Tristeza conseguiria fazer isso, afinal a Alegria não sabe se colocar na situação de alguém que está triste, querendo apenas animá-lo de maneira superficial e ineficaz.

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5) Não se apegue ou desapegue das memórias, apenas aprenda com elas.
Riley é muito apegada ao seu passado em Minnesota e, por isso, acaba perdendo o controle emocional. As memórias boas e ruins sempre existiram e sempre existirão, portanto é extremamente necessário que se tenha um aprendizado com elas. Não se trata de fingir que uma lembrança ruim não aconteceu ou que uma memória boa deve prevalecer sempre, mas sim de criar novas experiências boas com base no aprendizado adquirido.

6) A complexidade é inevitável.
Quando Riley nasce, o painel de controle de suas emoções tem apenas um botão. Conforme a menina cresce, esses controles também aumentam e ficam mais sofisticados em suas funções, ou seja, assim como na vida real, as pessoas caminham para a uma maior complexidade no entendimento de suas emoções, que ficam cada vez mais elaboradas.

Um play no trailer!

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

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