Fiz um turnaround na minha atividade profissional há menos de um ano. Passei 21 anos no jornalismo diário e mudei para o branding pessoal. Minha atividade principal se concentra nas consultorias individuais e workshops para empresas. Nessa ponte entre uma atividade e outra, encontrei muita gente com histórias semelhantes e, mais ainda, aqueles que desejam a mudança, mas falta coragem.
Uma mudança requer planejamento. Fiz meu business plan, produzi e publiquei conteúdo autoral e pertinente da nova atividade aproveitando uma exigência acadêmica que foi parte importante da minha formação em Negócios Digitais. Me qualifiquei em branding, fiz pesquisas e entrevistas, preparei a minha imagem de marca.
No momento certo,
Aconteceu.
E eu estava pronta.
Não separo as pessoas por idade ou por tempo de atividade. Outro dia li um post no LinkedIn onde a autora dizia que currículo é mais importante do que bagagem pessoal e profissional. Concordo que currículo é importante, mas desde que as credenciais sejam traduzidas em conhecimento e desempenho profissional. Tem que ter conteúdo e atitude. As mudanças foram acontecendo quando eu me abri para o novo.
MOMENTO DE MEDITAÇÃO NO ARIZONA: O deserto serviu de encontro com meu futuro. O depoimento completo desta jornada você pode ler no blog Travelterapia
Se eu fosse colocar a minha trajetória pós carreira corporativa na balança, posso afirmar que acrescentei muitas skills na minha bagagem: em menos de um ano conheci muito mais pessoas interessantes do que em cinco anteriores, viajei mais a trabalho, fiz mais cursos, escrevi mais, publiquei mais, gravei mais vídeos, fiz um artigo científico na minha área de trabalho e ganhei um capítulo de livro técnico com ele, nunca tomei tanto café e frequentei tantas cafeterias em Porto Alegre. Fones de ouvido, impressora são meus gadgets mais utilizados depois do iPhone e do notebook.
+LU BEMFICA: Slow Life: desacelerar e saber dizer não são habilidades pessoais valiosas
Adotei uma prática muito simples, mas que me faz um bem danado: anoto em um bloquinho todas as minhas pequenas vitórias em cada mês. Convite para palestrar, entrevistas, novos clientes, mais um inscrito no workshop, tudo. No final de cada mês, faço o balanço das coisas boas. E não gosto de perder tempo olhando para os lados. Encaro eu mesma como minha maior concorrente e tento superar minhas marcas me impondo prazos amigáveis. Deixo a rigidez no passado, no tempo em que precisava lidar com a meritocracia corporativa a cada três meses.
Por fim, para quem me pergunta como fazer a transição de carreira, meu conselho é um só: conheça-se a fundo e depois planeje o seu futuro. Onde você se imagina daqui a um ano? Eu estou no lugar onde projetei a minha vida lá atrás. Dá trabalho, muito trabalho. Dá medo, dá frio na barriga, mas também dá muita satisfação saber que a minha história tem inspirado tanta gente.