Domingo de tarde, por volta de 15h, chegamos em Porto Alegre vindos diretamente de Bagé. Estávamos sem almoçar e pensamos onde poderíamos ir com os dois animais. Bento, obviamente, queria arrastar seu sári nos arredores da Padre Chagas, sua rua preferida. Ponderamos o Puppi Baggio, mas estava calor e sentar ali na rua do Puppi no calor não é a melhor ideia – a gente assa feito frango embaixo daqueles ombrelones vermelhos (inclusive, já falei isso para os garçons – a gente tem que alertar os lugares que amamos para eles melhorarem sempre).
Foi então que sugeri o Villaró, ali na Fernando Gomes, a ex-Calçada da Fama. O Villaró é pet-friendly, e os dois seriam bem-vindos. Estacionamos e descemos. Sentamos em uma mesinha na rua. Havia mais dois casais com seus cachorros. Um deles, um Lulu da Pomerânia, tinha seu próprio pratinho de água e estava comportadinho embaixo da mesa. O outro estava… Bem, como dizer? O outro, uma Shih Tzu, estava em cima da mesa.
Óbvio que a culpa não era da cachorrinha, mas da sua dona sem noção, que colocou a cachorrinha de lacinho cor de rosa EM CIMA DA MESA! Na boa, assim fica difícil de a gente conseguir que mais e mais lugares tornem-se pet-friendly. Donos de cachorros sem noção têm que ter um pouquinho mais de noção e saber que toalha, mesa, talheres – essas coisas que envolvem alimentação – não combinam com patas de cachorros que andam na rua suja.
Juro que eu quase chamei a atenção dela. Pensando, claro, em estar fazendo um bem para a comunidade de cachorreiros que não querem ver os lugares pararem de receber cachorros por causa dessa gente sem noção. Ou seja: pelo bem de não pagarmos pelo equívoco alheio. Mas resolvi ficar quieta. Se o gerente não tinha se metido, não era eu que ia me meter. Mas que o gerente deveria ter se metido, ah, deveria.
TU TAMBÉM DEVIA TER AVISADO O GERENTE
Pois é… Deveria… Ou não. Não sei. Sempre fico meio confusa nessas horas – e eu só queria almoçar em paz sem criar confusão, sabe assim? Pois bem, a dona do Lulu da Pomerânia vestia uma peça de roupa que está muito em voga e que vai se ver muito por aí – e agora cheguei ao assunto do post: a Maxi Tee.
Maxi Tee é uma camiseta em tamanho giga. Faz estilo vestido. Eu acho dificílima de usar. Não me imagino com uma Maxi Tee no ambiente urbano, apenas como saída de praia. Mas como sou jornalista e meu dever é informar o que acontece, venho falar sobre ela. Venho dizer que ela está toda prosa se exibindo por aí com short, saia, legging, jeans, com tudo que se possa imaginar.
Olha!
QUATRO ESTILOS PARA UMA MAXI TEE
Sabe o que me soa mal nela? O fato de ficar colando na perna, nas coxas, marcando o traseiro, sabe assim? Tem que ser muito alta e muito magra e muito sem gordurinhas de gente normal para se sentir à vontade… Não sei… Me soa uma coisa desconfortável por cima de calças de qualquer tipo. Por isso me agrada mais a ideia de saída de praia
ESTILO PÉ NO CHÃO
Se for para encarar, ainda prefiro que seja com salto baixo para dar um ar mais despojado. Não gosto dela com cara de coisa fina para sair, sabe assim?
IMAGINA ANDAR ASSIM NUMA CIDADE DE PARALELEPÍPEDOS?
Não chego nem até a esquina!
Muito fashionismo pra minha cabeça!
Estava lendo dicas de como usar a Maxi Tee. Daí começam aquelas coisas “se você tem quadril largo, bla bla blá; se você é baixinha, bla bla blá; se você tem muito seio; bla bla blá, se você é assim, bla bla blá; se você é assado, bla bla blá…”. Muita complicação, vai dizer? Daí eu me pergunto: por que raios eu compraria uma peça de roupa para me dar tamanha dor de cabeça na hora de vestir?
JÁ NÃO BASTAM OS PROBLEMA DA VIDA?
Tens toda razão, tanto no assunto cachrros como no da maxi tee!
Concordo contigo- adoro cachorros, mas tenho bom senso
E maxxi tee é muito mais charmosa como saida de praia ou para um passeio de fonal de tarde no litoral do que como roupa urbana