Conhecem o mais novo apelido do Bento? Ele tem vários, mas acabou de ganhar mais um. Bento é chamado de “LamBento Patinhas” porque adora comer o meio dos dedos; também é chamado de Animal, Xerife (por razões óbvias de se achar o tal), Bacon (desde pequeninho chamo ele assim, quando estamos de bom humor um com o outro), Shatsu (Chico que deu) e agora é o mais novo “Inxa”.
Inxa = Enxaqueca
Bento = cachorro enxaqueca: aquele que vive torrando a paciência de algo ou alguém.
Já tive que dar uns 77 gritos com ele desde que sentei aqui para trabalhar. Inxa está há uma semana torrando o saco da Papaqui. Não sei que tipo de amor passou a nutrir de repente pela coitada, mas fato é que abana o rabo e quer cheirar a Papaqui – e ela odeia e corre com ele; e eu me irrito e grito com os dois. Quando não é o Chico aos berros no telefone neste bunker-escritório é o garoto enxaqueca-mór testando o limiar dos meus nervos.
Ontem passei o dia longe e Chico contou que comportaram-se de forma exemplar. Já cheguei à conclusão de que o Animal torra a paciência dos demais só quando eu estou em casa mesmo, para chamar atenção e me tirar do sério.
Ontem fui queridamente convidada pela Carina Leist, diretora do Grupo Paquetá, para ir a Sapiranga conhecer em primeiríssima mão a coleção 2016/2017 da Dumond e da Capodarte, duas marcas femininas de bolsas e calçados do Grupo Paquetá. E lá me fui com um grupo de jornalistas fazer um passeio e um trabalho diferente e prazeroso. Havia estado na fábrica da Paquetá há alguns bons anos, quando acabara de voltar a Porto Alegre, em 2007, e fui contratada para fazer um frila para a revista Vogue sobre a produção de calçados aqui no Rio Grande do Sul. Nunca esqueci aquela reportagem. Foi muito, muito legal poder ver de perto um chão de fábrica, a história da confecção de um calçado desde sua concepção até sua chegada às lojas.
+MARI KALIL: Vestir a camiseta do Snoopy significa muito mais do que estar na moda
Pois ontem não teve tanta prática, teve mais teoria – o que também é muito legal. A equipe da Carina – e a própria Carina, claro – explicou qual é o novo conceito da “mulher Dumond” e da “mulher Capodarte”. Tenho que confessar que amo essa parte de teorias e conceitos, pois ajuda demais a personalizar e a identificar o perfil da consumidora para a qual determinada marca é destinada. E isso vale para tudo – para público leitor, consumidor etc. Quando a gente posiciona uma marca e conhece perfeitamente quem é o nosso interlocutor, fica muito mais fácil saber com quem estamos lidando, com quem estamos falando, para quem estamos produzindo e com quem queremos nos relacionar. E isso também é ótimo para nós, consumidoras, sabermos qual é a marca que fala a nossa língua e entende o nosso estilo de vida.
+MARI KALIL: Pelo direito de chorar e só ser feliz com o que a vida de verdade pode comprar
Entre Dumond e Capodarte, eu me identifiquei de cara com a Capodarte, que dialoga para uma mulher clássica, contemporânea e atemporal, cujo menos é mais, que prefere pagar um pouco mais por algo que é eterno (a tal peça-investimento que eu tanto falo), que valoriza os pequenos prazeres da vida, que gosta de curtir sua casa, mas não deixa de estar antenada com o mundo.
PERCEBEM O PORQUÊ DO NOVO APELIDO?
Tem grifes com cujo conceito nos identificamos de A a Z – ontem, foi meu caso com a Capodarte. E tem outras que enxergamos um pouco de nós aqui e ali – foi o que senti na apresentação da Dumond. A mulher Dumond é mais conectada, mais tecnológica, mais jovem que a Capodarte (de idade; não de espírito), mais colorida, mais moderna, mais fast-fashion. Ministrada a devida aula teórica, fomos conhecer a coleção de verão das duas marcas. Sim, o frio ainda nem chegou e já estamos olhando lá na frente. Passeia daqui, passeia dali, mexe aqui, espia dali, fiz algumas fotos das peças que mais me chamaram atenção. Digo, com isso, as peças que têm minha cara e que investiria meu suado dinheirinho. Interessadas em espiar o futuro?
Pois vamos ao tour!
SANDÁLIA PRETINHA CAPODARTE
Sabe o que eu gostei? Bem, primeiro que é pretinha; depois o salto médio, que tira a gente do chão, mas não nos mata lá em cima. Mas o que achei um charme mesmo? Foi a parte de trás da sandália, aquele detalhe que sobe um pouco mais pelo calcanhar, viu ali? E também a pulseira fininha e delicada.
SAPATO BICO FINO CAPODARTE
Sabe quando tu olha para uma peça de roupa, calçado ou acessório e ela imediatamente te remete a férias, a paz e à tranquilidade? Pois foi o que senti ao ver essa sapatilha. A cor e a textura, essa coisa meio palha de teto de cabana no litoral, me trouxe uma paz de espírito muito grande – e já me imaginei com um vestidinho branco caminhando com ela pelas ruelas de Saint Tropez. Sim, eu estava em um programa fashionista; eu não podia pensar pequeno, não é assim?
TÊNIS IATE CAPODARTE
É sabido de todas que eu adoro tênis iate, que acho uma alternativa esportiva à sapatilha, que funciona otimamente bem para quando a gente quer estar arrumadinha mas não tão formalzinha, sabe assim? Já escrevi sobre tênis iate com ideias de sugestões de looks no post Tênis Iate Estampado: a moda que não pretende mais sair de moda. Pois é isso aí mesmo: a moda não pretende mais sair de moda, e achei que esse modelo exemplifica bem essa minha concepção a respeito do iate.
SCARPIN DE VERNIZ (CAPODARTE)
“Não acredito!”, falei quando vi. Eu não sabia que essa linha de scarpin de verniz de várias cores é um clássico da Capodarte. Explico minha exclamação: há uns quatro anos, estive no Rio para a semana de moda e entrei em uma loja que gosto muito e só tem lá. Chama-se Manufact. Pois lá comprei três sapatos-investimento que são meus xodós até hoje. Um deles é muuuito parecido em modelo e cor à este da Capodarte. Eu poupo muuuiiito meu sapatinho porque ele combina com tudo e é meu fiel escudeiro. Qual não foi a grata surpresa quando percebi que, quando ele ficar velhinho, tenho um substituto mais próximo!
SAPATILHA BICO FINO DUMOND
Tipo da cor que alonga a perna e vai com tudo. Tipo da cor que acho a cara do verão. Ela é toda decorada com esses pontinhos prata que tornam o modelo mais sofisticado e ótimo para substituir qualquer salto em uma ocasião mais formal. Sim, sou entusiasta de sapatilhas chiques no lugar de saltos altíssimos – para quem gosta ou busca mais conforto, claro. As gurias do Grupo Paquetá contaram que é forte esta tendência prata para o verão. #ficaadica
PEEP TOE CAPODARTE
Olha, não sei se é um peep toe, mas chamei assim porque é parecido com o clássico que leva este nome, porém, com algumas releituras; pulseira em cima do pé e salto um pouco mais fino. Achei simplesmente um arraso o modelo, a cor, a textura, o detalhe da pulseira em cima do pé… Aquele tipo de calçado que eu compraria para ter em casa, sem nenhuma ocasião em vista, porque tenho certeza que seria meu amigo de todas as horas, que poderia sair comigo de skinny jeans e camiseta ou de vestido de festa.
SAPATO DE CAMURÇA DUMOND
Sim, já sei que deu para perceber que tenho uma queda por sapatinhos baixinhos de bico fino. Constatado isso, reitero que, sim, sou uma daquelas pessoas que gostam de “mais do mesmo”, sabe assim? Daí que fico absolutamente indignada quando minha mãe vem dizer que é um horror de difícil presentear a Mariana. Mas de onde pode ter tirado isso, Jesus? Adorei esse sapato por motivos óbvios, pela cor e por esse charme da corda trançada na perna com a pedra turquesa
MOCASSIM BRANCO DUMOND
Olha, digo o seguinte: branco em calçados e acessórios estará na ultimíssima moda quando o verão 2017 chegar. Saiba desde já. Confesso que se trata de uma cor mais difícil levando em conta acessórios, mas acho que dá para sair um pouco da mesmice, quebrar certos pré-conceitos e apostar em um modelo. Eu achei delicado este mocassim de bico fino (de novo o bico fino!) com esses detalhes vazados. Dá mais leveza, vai dizer? Fica lindo e chique com uma calça boyfriend e uma blusinha de seda!
ALPARGATA CAPODARTE
Elas não pretendem mais sair de cena, se é que vocês entenderam. Sim, alpargatas continuam e continuam e continuam. Cada vez mais elaboradas, com materiais cada vez mais nobres e sofisticados. A tal moda que vai virando um clássico a cada estação. Achei linda essa combinação de cores: cru e marinho.
Agora, senhoras e senhores… Atenção: preciso falar do meu encontro com uma peça ícone de estilo, uma peça que havia hoooooras queria conhecer in loco. Que peça é esta? A bolsa que a consultora de moda e estilo Costanza Pacolato criou em parceria com a Capodarte.
Olha!
MUITO PRAZER, SOU A BOLSA COSTANZA
Não estou na minha melhor forma porque a foto foi feita pela Mariana
MUITO PRAZER, SOU A BOLSA MINI COSTANZA
Não estou na minha melhor posição porque a foto foi feita pela Mariana
MUITO PRAZER, SOU A MINI COSTANZA POR DENTRO
Mariana resolveu me abrir e me bisbilhotar
MUITO PRAZER, SOU UM DOS SEGREDOS DA MINI COSTANZA
Mariana enfiou o nariz dentro de mim e me achou dentro de um dos meus compartimentos. Sou um espelhinho e trago gravado o que minha criadora, Costanza, considera um de seus maiores legados: as palavras e a família.
Trata-se da filosofia havaiana do Ho’ponopono (que consiste em repetir I´m sorry, eu te perdoo, obrigada, I love you). Como Costanza usa bastante maquiagem, reproduziu as palavras do seu mantra no espelhinho. “Repetir essas palavras nessa ordem, com frequência, suaviza muito a minha vida.”, justifica ela.
Aqui tem um vídeo lindo feito pela revista Elle com Costanza falando sobre a bolsa. Tem que ver antes de continuar!
Eu me emociono muito com peças que trazem histórias – e a Bolsa Costanza é pura história. Cada detalhe pensado por ela tem um porquê. A ideia de Costanza foi criar um acessório pensando na mulher contemporânea, que tem autonomia, personalidade, trabalha e tem de estar sempre bem. Diz ela:
– A Costanza é uma bolsa que toma conta da mulher. Acomoda tudo o que precisamos ter por perto. Tem até lugar para por i-Pad, todo acolchoado, em um couro que reproduz a pele de um réptil precioso, o crocodilo, em 3D.
Tive que recorrer a fotos do Google mais condizentes com o glamour da bolsa.
Olha!
PRETINHA BÁSICA
Não há costuras aparentes na bolsa. Todas as costuras são embutidas, invisíveis, internas
Também é repleta de uma das coisas que mais amo em uma bolsa: divisórias. A bolsa Costanza comporta dois telefones celulares (ainda me coordeno apenas com um!), tablet (sim, sim, sim!), remedinhos (claaaro!) documentos (sempre!), nécessaires (levo duas!) de modo bastante prático e organizado. E ela explica o motivo (com o qual me identifique demais!):
– Não gosto de abrir a minha bolsa toda hora, porque me incomoda, para pegar meus telefones. Por isso, criamos compartimentos externos mais acessíveis também.
COSTANZA PASCOLATO, CRIADORA E CRIATURA
São várias cores e combinações
PARTE INTERNA DO ÍCONE
Esta padronagem imitando croco foi criada para reproduzir uma bolsa de croco que pertenceu à mãe de Costanza, Gabriella Pascolato, e foi feita por meio de tecnologia de alta frequência
MÍNIMOS DETALHES
O couro em alto relevo, que faz referência ao croco na parte de baixo da bolsa, protege a peça de estragos
CONTA AQUELA PARTE QUE TU ME CONTOU
Ah, é! Palavras da Costanza:
– Essa bolsa é como um cachorrinho. Enfeita. A gente leva para passear… Passar a mão nesta bolsa é tão gostoso quanto fazer carinho no animal de estimação. E ela pode ser carregada de vários jeitos. Como um animal de estimação, a tiracolo ou nas costas como a Prada já sugeriu nas passarelas. O modelo é muito versátil.
Adorei esta bolsa! Super identificada! Desejo já!!! E Constanza maravilhosa! Resumo da elegância ela falar que é feliz por ainda ser referência com setenta e quatro anos e meio de idade!! Parabéns pela matéria Mari!!!! Beijo. Raquel
Morri naquele Peep toe!