Momento palanque

Tenho verdadeira adoração pela Torta Alfajor da Parrilla del Sur e do Villaró. Fui apresentada a ela pela Paulinha, em 2011.

CONTEI A HISTÓRIA NESTE POST

Muito bem. Dia desses, Chico chegou de um jantar de negócios na casa de um amigo dizendo que tinha experimentado a torta alfajor.
– Mas a gente conhece a Torta Alfajor – eu disse a ele.
– Não é a do Villaró. Estou falando da torta alfajor do Diego Andino.

PRECISO PROVAR!!!

Fiquei com aquela história e aquele desejo na cabeça. Segundo o Chico, ela é fininha, crocante e com um doce de leite incrível. Foi então que, semana passada, a mãe apresentou a torta alfajor como sobremesa de aniversário do pai. Não acreditei quando eu vi em cima da mesa
– Mãe, esta é a torta alfajor do Diego Andino?
– É, mas a mãe comprou outra pra ti, porque tu gosta mais de chocolate.

MAS EU QUERO ESSA!!

Comi as duas, obviamente. A de chocolate era a Torta Brownie. Olha!

OOOOOOOOOHHHHHHH!!!

O que aquele símbolo do Grêmio está fazendo ali no canto esquerdo? Explico mais abaixo. Primeiro, quero apresentar a torta alfajor do Diego Andino. Olha!

OOOOOOOOHHHHHHHH!!!!

Sobre a questão Grêmio x Inter. Eu acho ridícula essa história de ficar estragando doces com enfeite de futebol, mas como não fui eu que comprei, e o aniversário não era meu, fiquei na minha. Como meu pai é gremista e faz aniversário junto com meu tio Jonatas, que é colorado, a mãe resolveu agradar os dois. Quem saiu mais agradada da vida fui eu: comi as duas, já que não sou nem gremista nem colorada nem coisa nenhuma.

UMA MELHOR DO QUE A OUTRA!

E já que toquei no assunto futebol e já que criei um partido, o PMR, armei um palanque aqui no meu bunker para defender algumas causas, emitir algumas opiniões e fazer algumas reflexões em voz alta.  Reflexão de hoje….

A VOLTA DO ORGULHO NACIONAL!

Havia muito, muito tempo mesmo que eu andava desacreditada do país. Uma das piores coisas que pode existir é a pessoa viver em um lugar em que não leva mais fé. Aquela roubalheira na TV, aquela gente rica (políticos) contando descaradamente dinheiro na cara dos pobres (na nossa cara) – e a gente olhando, abestalhada e sem reação. Mais do que surpreendida pelo movimento das ruas, fiquei boba de ver quem iniciou este movimento – a juventude Facebook. Eu que tanto disse e repeti que achava essa juventude bitolada e egoísta, mordi minha língua até sangrar e senti um alívio enorme pelo futuro dessa nação.

***

Até então, vivia dias de nenhum orgulho de ser brasileira. Ficava de cara quando via a roubalheira em Brasília e o povo vestido de verde-amarelo torcendo pela nossa bandeira. Havia muito tempo já eu vinha torcendo contra a seleção, vinha torcendo contra todas as nossas seleções. Ontem, me peguei sentada na frente da TV com um pedacinho do coração em cada chuteira dos jogadores do Felipão. O movimento das ruas das últimas semanas despertou em mim a credibilidade no país e trouxe de volta um orgulho de ser daqui – e, consequentemente, a vontade de torcer pelo país.

***

Sou capaz de apostar que não sou a única que tem vivido essa sensação. Aquela torcida que esteve nos estádios cantando o hino muito além da execução, em todas as partidas da Copa das Confederações, levava para a arquibancada esse grito que andava entalado no peito e que finalmente ganhou as ruas. Aquela torcida só ajudou o time com gritos e canções porque todos os cidadãos desse país vivem este momento de convulsão e mudança. A Seleção Brasileira deve muito a conquista nesta Copa das Confederações ao povo que voltou a acreditar no país – e, de quebra, no nosso futebol.

GOSTARAM DA MINHA TESE?

POSSO ME CANDIDATAR?

 

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

Sem comentários ainda.
  1. Mariana!Faz algum tempo que acompanho teu blog, adoro!!Me distraio e e divirto muito. Você é extraordinária, mesmo! Não sou de ficar comentando, mas hoje você descreveu minhas percepções e meus sentimentos em relação ao nosso país! Isso mesmo, eu há tempo já estava desacreditada, estava me sentindo o exemplo da prostração e desilusão quando o assunto era as falcatruas e desonestidades humanas e políticas! Eu acredito em um mundo melhor, acredito que isso possa mudar, mas não acreditava que fosse viver isto, talvez os meus filhos (que ainda nem nasceram..). Agora minha esperança ressurge, está na fase embrionária ainda, mas viva! Pode se candidatar!

  2. Mariana, li sobre esta torta em outro post teu, fiquei morrrrrendo de vontade de provar, mas não sei se em Caxias do Sul tem…. adoro massa folhada, um dos poucos doces que eu gosto, mas tem que ser tipo assim, sem muito creme e com cobertura fininha, é muito difícil de achar!!!! Esta torta parece incrível, e agora? Como vou fazer meu esposo atender este meu desejo de comer torta Alfajor! Ele não vai querer ir a POA só pra isso! Preciso encontrar outro jeito…..bjs

  3. E esse gre-nal de tortas hein? Tudo de bom!
    Tenho orgulho de ser brasileira, mas sabes que não consigo torcer pelo futebol. O que enxergo sempre nos jogos são os ganhos astronômicos de poucas pessoas, e não consigo enxergar um beneficio que tragam pro país. E me sinto alimentando isso.
    Já tentei, mas não consigo.

  4. Hummm!! Essas tortas devem ser deliciosas, fiquei com vontade… Concordo contigo Mariana, também já andava desiludida com o país, e achava ridículo ir para um estádio e cantar: ” eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”, mas devido aos últimos acontecimentos no Brasil, voltei a me sentir feliz em ser brasileira e espero que possam ocorrer mudanças reais no país, ontem torci muito pela Seleção. Ah sim pode se candidatar, você já tem meu voto. Bjs

  5. Mariana, nunca experimentei esta torta alfajor, mas pela cara é uma verdadeira delícia!! E sobre as manifestações…concordo plenamente com você! Precisavámos acordar!!
    Viva para nós!! E viva para o Brasil! Mas sabia que nessa onda de copa do mundo tem um curiosidade…nunca na história da Copa do mundo, o campeão da Copa das Confederações foi campeão da Copa do Mundo no outro ano…será que vamos quebrar esta regra?? bjinhos

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