O nó de pular corda

stock photo, divulgação

Pois, é. Estou para dizer que arranjei um big problema para mim: a corda. Depois de enfiar na cabeça que eu ia fazer do exercício de pular corda meu aeróbico de toda a vida e de peregrinar pela cidade atrás de uma corda, hoje me propus a dar os primeiros pulos. Quase morri. Olha, eu estou longe de ser uma pessoa sedentária. Mas longe meeeesmo. Eu jamais pego elevador, eu subo e desço escadas, estou apta a correr 40 minutos na esteira sem sobressaltos, mas nunca pensei que veria a morte de perto depois de 10 pulinhos na corda.
***
Minha irmã costuma dizer que eu vejo o mundo com um óculos particular. Segundo ela, tudo funciona à sua maneira e ao seu ritmo no chamado “fantástico mundo da Mariana”. Pois, no fantástico mundo da Mariana, a Mariana pensou que pularia corda nos mesmos moldes de Mike Tyson em seus melhores dias.
– Enquanto o Bento caminha no parque, eu vou indo atrás dele pulando corda, não é incrível? – eu disse para ela ontem, ainda encantada com a minha descoberta de aliar meu execício ao do cachorro.
– Haaaaaaaahaaaaaaahaaaaaa! – ela gargalhou. – Me avisa, por favor, quando isso acontecer, porque eu quero estar lá, sentadinha com meu chimarrão, para assistir.
Não avisei, obviamente. E também não entendi o tamanho de tanto deboche até dar o primeiro pulo na corda hoje de manhã. Encontrei vários agravantes.
1) Não consigo pular com os dois pés juntos, tenho que colocar primeiro o direito e depois o esquerdo.
2) Fazendo isso repetidamente, comecei a pensar que poderia estar sobrecarregando meu joelho direito. Então, resolvi alternar.
3) Pulando com o esquerdo primeiro, eu, que não sou canhota, me atrapalho um pouco. E, não raro, a corda vai parar no meu pescoço.

Conclusão: meu máximo de pulos chegou a 43 sem parar. Meu coração chegou na boca. Fiz alguns intervalinhos para me recuperar. Pulei ao todo 10 minutos e me dei o prazo de pegar o ritmo da coisa até o fim da semana que vem. Caso contrário, vou morder minha língua de que nunca mais pisaria em uma esteira e Aerostep, aí vou eu.

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

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  1. […] pular corda e foi um caos, como você pode saber clicando aqui. Juro: quando vi a Renata Ceribelli com a mesma descordenação no Fantástico, feliz da vida […]

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