No domingo passado, fiz um de meus programas preferidos – acho que o preferido de todos os programas para um domingo: comprei ingresso antecipado para o cinema e, enquanto o horário do filme não chegava, me perdi entre os livros da Fnac, no Barra Shopping Sul. Sim, eu sou a louquinha dos ingressos de cinema antecipados. Eu fico nervosa se saio de casa com meia hora de antecedência com ingressos ainda a serem comprados. Prefiro nem ir. Sou tomada por tal nível de ansiedade que nem vale a pena sair de casa.
Foi por isso que no sábado entrei às 13h no Moinhos Shopping para comprar os ingressos para a sessão das 18h40min de BOYHOOD e domingo cheguei com três horas de antecedência no Barra para assistir a PARA SEMPRE ALICE. Como se não bastasse, ainda pedi para o Chico entrar na fila convencional enquanto eu entrava na fila das máquinas de autoatendimento.
NÃO ME JULGUEM
Gostei de ambos os filmes. Foi isso: gostei. Talvez tenha criado muita expectativa em relação aos dois e tenha saído meio frustrada. Mas longe de dizer que não valem a pena ser vistos. Valem muito, sim. Fiquei pensando onde tanto Boyhood – Da Infância a Juventude tocou as pessoas com quem conversei. E cheguei à conclusão que a maioria com quem conversei era mães de adolescentes, ou de filhos que haviam passado a adolescência. É inegável que há uma identificação delas muito maior do que a minha (que não sou mãe) com o filme porque não posso acreditar que exista mãe que não se identifique com o papel da atriz Patricia Arquette. Estou falando de mãe que ama incondicionalmente, mãe responsável, mãe que se doa 100%. Não são todas as mães.
Patricia Arquette elegantíssima e merecidamente vencedora de todos os prêmios que ganhou com a personagem, inclusive o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante
A respeito de Para Sempre Alice, não há o que dizer da interpretação de Julianne Moore. Divinamente impecável. Mas o filme é ela, sabe assim? Do mesmo jeito que o filme Dama de Ferro sobre Margareth Thatcher era todo da interpretação de Meryl Streep (e por essa interpretação a atriz ganhou seu terceiro Oscar), Para Sempre Alice é Julianne Moore na veia. Talvez eu tenha nutrido expectativas demais? Talvez. Mas entrei na sala de cinema esperando levar vários socos na boca do estômago. E não levei nenhum. Um senhor do meu lado foi quem melhor definiu o que havíamos acabado de assistir quando as luzes do cinema acenderam. Ele se virou para mim aos prantos e disse:
– Meu pai morreu de Alzheimer. É muito, muito pior do que isso.
Então eu desabei chorando por causa do pranto daquele senhor e não por causa do filme em si. Em seguida, recolhi minha sacolinha da Fnac com quatro livros recém-adquiridos, dei a mão para o Chico e fui secar as lágrimas caminhando pelos corredores do shopping. Dentro da minha sacola da Fnac havia um livro que há muito queria comprar, desde que li a recomendação do jornalista e escritor Alexandre Caldini Neto em seu livro A Morte na Visão do Espiritismo, sobre o qual falei amplamente no post UM LIVRO INCRÍVEL PARA COMPREENDER A VIDA E A MORTE.
Vou escrever ao autor sugerindo uns royalties, pois a quantidade de gente para quem já indiquei não tem tamanho!
O livro chama-se Uma Prova do Céu e a história é incrível. Já estou na página 57 (comecei ontem à noite) e não consigo parar de ler. Cético, defensor da lógica científica e neurocirurgião há mais de 25 anos, o Dr. Eben Alexander, o autor do livro, viu sua vida virar do avesso quando passou por uma experiência que ele mesmo considerava impossível. Vítima de uma meningite bacteriana grave, ficou em coma por sete dias. Os médicos fizeram de tudo para reverter o quadro, mas ele não reagia aos medicamentos. No início do sétimo dia, para surpresa de todos, Eben simplesmente abriu os olhos.
PLIM!
Sua plena recuperação é consideradada um milagre. Mas o verdadeiro milagre vem da narrativa de Eben sobre o que viu do outro lado, durante a EQM (Experiência de Quase Morte): uma impressionante viagem ao mundo espiritual, em que conheceu seres superiores, recebeu ensinamentos de amor e sobre o sentido da nossa existência. Percebeu, então, que seu dever era compartilhar essa história. E assim nasceu Uma Prova do Céu.
OI, BONITÃO!
Aquela experiência levou o doutor Eben a questionar tudo em que acreditava até então. Afinal, como neurocirurgião, ele sabia que o que vivenciou não poderia ter sido uma mera fantasia produzida por seu cérebro, que estava praticamente destruído. Analisando as evidências à luz dos conhecimentos científicos, decidiu compartilhar essa viagem para mostrar que ciência e espiritualidade podem – e devem – andar juntas. O bacana do livro é o equilíbrio do autor, que narra cada fato com o fascínio de um paciente que visitou o outro lado e com a objetividade de um médico que tenta comprovar a veracidade de sua experiência.
Parabéns, Dr. Eben, pela narrativa super bem escrita e pelos mais de 3 milhões de livros vendidos
UM DIA TU CHEGA LÁ