Não gosto e nunca gostei de avião. Quer saber? Acho que estou sendo suave. Para falar bem a verdade, TENHO HORROR de avião. Sofro dois dias antes da viagem esperando a hora de embarcar. Sofro na hora de afivelar o cinto, sofro na hora da decolagem. Fico com os olhos esbugalhados esperando que os avisos luminosos de apertar cintos de apaguem, e, se não se apagam, dou início a um processo de náusea.
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Fora que exijo sempre sentar na janela. É que passo a viagem inteira vigilante, espiando a janela, vendo se está tudo bem mesmo, se o avião está planando no ar, ou se tem alguma aeromoça contando história pra boi dormir. Também não tiro os olhos das aeromoças. Observo suas expressões, se andam rápido, se estão sorrindo. Viajar de avião, como dá pra perceber, é um martírio pra mim. E a história de se agarrar na poltrona em caso de pouso na água é a maior piada de mau gosto que já ouvi. Já viu alguém ser encontrado em alto mar agarradinho na poltrona em um acidente aéreo? Pois é.
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Fica pior quando o comandante fala e dá chiado no sistema de som. E daí eu não consigo ouvir e acho que ele está falando algo muito sério, dando alguma ordem essencial, e eu começo a sentir um calorão e uma vontade de gritar “arruma o microfone!!”. Não pensem que eu acho graça, não. Acho triste ser assim. Não sei de quem herdei essa neurose, mas não há o que fazer. Meu caso não tem solução.
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Em viagens mais longas, obviamente, eu preciso recorrer a remédios. Mas em viagens curtas, tipo São Paulo, Rio, dou um jeito de controlar a situação sem barbitúricos, na marra mesmo. Neste momento, creio que tudo está sob controle. Os avisos luminosos de apertar cintos se apagaram, e o comissário de bordo acaba de passar com o carrinho de bebidas. Eu não bebo. Nada desce.
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Estou em algum lugar a alguns mil pés acima do nível do mar indo rumo ao São Paulo Fashion Week. Portanto, moda será um assunto bem presente por aqui a partir desta quarta. Eu até ia começar a comentar sobre os dois primeiros dias de SPFW que acompanhei pela internet e pela tevê. Mas começou uma leve turbulência. Então, com licença que eu preciso rezar.
Oi Mariana! Adoro o seu blog, aprendo, me identifico e me divirto horrores lendo as tuas peripécias cotidianas…
Também fico “tensa” em viagens de avião e a minha fuga nesse momento é ler um livro que seja tão bom que te distraia do tempo, de tudo…
Ontem fiz um “bate e volta” à SP e levei o Peregrina…devorei ele todinho na ida. Aproveito o comentário para te parabenizar pelo livro, indico para todos!
Beijos
Oi Mariana! Adoro o seu blog, aprendo, me identifico e me divirto horrores lendo as tuas peripécias cotidianas…
Também fico “tensa” em viagens de avião e a minha fuga nesse momento é ler um livro que seja tão bom que te distraia do tempo, de tudo…
Ontem fiz um “bate e volta” à SP e levei o Peregrina…devorei ele todinho na ida. Aproveito o comentário para te parabenizar pelo livro, indico para todos!
Beijos
Que legal, que legal, que legal, Maria Carolina! Adorei que a peregrina te fez companhia! Bjo. MK
Que legal, que legal, que legal, Maria Carolina! Adorei que a peregrina te fez companhia! Bjo. MK