Há uma meia dúzia de fios brancos despontando no meu pobre cocuruto. Tenho que encontrar tempo para sentar na cadeira da minha querida e amada Bê o mais rápido possível, antes que aqueles que hoje são apenas meia dúzia de aparentemente inofensivos fiozinhos brancos ganhem tentáculos e dominem minha cabeça.
E tem que ser rápido porque quem tem fios brancos insistentes sabe bem como é. Da noite para o dia, eles crescem e se reproduzem. Então, a gente acorda de manhã, com um olho aberto e outro fechado, vai até o banheiro fazer a higiene matinal e o horror se faz presente.
Além de pintar meus fios brancos o mais rapidamente possível, também preciso cortar o cabelo. Cresceu demais e está me irritando. O que também está me irritando é a minha franja, que também cresceu demais. Não enxergo mais um palmo diante do nariz. Decidi deixar minha franja crescer e sei que será uma tarefa meio ingrata. Desculpa aí se eu demonstrar alguns vestígios de humor negro nos próximos tempos.
ELA VAI QUERER BOTAR A CULPA DO HUMOR NA FRANJA
Já o Bento, por exemplo, não tem franja nenhuma para botar a culpa. Está dos tosados. Eu juro que estou tentando me controlar e não falar disso, mas é que é mais forte do que eu. Está parecendo um…. um…. um….
Um ratão de banhado!
SABE ASSIM?
PPPPPFFFFFFFF
EU VOU ACABAR COM ELA
Ok, ok. Passou. Prometo que não vou mais rir do teu corte de cabelo. Já já cresce e tu volta a ser dos fofos. Taí! Vamos deixar juntos nossos cabelos crescerem – a tua pelagem e a minha franja. Viu!? Cachorro e dona sempre unidos. Na alegria e na tristeza.
AGORA QUER SE FAZER DE AMIGA
Ok, não vamos falar nem no teu cabelo e nem no meu. Vamos falar do cabelo dos outros. Mais precisamente da mais nova tendência em mechas (não, ainda não inventaram tudo nesta seara das mechas). Já ouviu falar em Babylights? Eu nunca tinha ouvido.
ENTÃO PRESTEM ATENÇÃO, BABIES
Depois do sombré hair, ombré hair e a febre das mechas californianas, a nova tendência para colorir os fios são as mechas babylights. A técnica busca alcançar a cor iluminada naturalmente dos cabelos infantis, com efeito parecido do clareamento por sol, sem marcações. A cor é definida a partir de um estudo dos cabelos, baseando-se em fotos da época de criança ou dos filhos, se houver.
O QUE NÃO INVENTAM, JESUS…
Na Europa e nos EUA as famosas – todas: loiras, morenas, ruivas – já aderiram (ao que elas não aderem?). Por aqui, soube que Christine Fernandes (acho ela tão chique…) experimentou.
Olha!
MECHAS DE BEBÊ
(a da esquerda é a Christine; a da direita é uma cliente do cabeleireiro Wanderley Nunes, que muita mecha fez no meu cabelo quando morava em SP)
Para chegar ao visual babylights, deve-se separar mechas finas do cabelo, aplicar a coloração em até dois tons mais claros e alternar estes tons entre as mechas. A mecha é mais larga em cima e fininha na raiz, deixando um efeito bem degradê. O resultado é para ser o mais natural possível, beeeem parecido com os cabelos das crianças, que têm a iluminação natural. A manutenção pode ser feita a cada 4 ou 5 meses. Nos intervalos, é importante fazer tratamentos para manter a saúde dos fios.
Para ficar o mais natural possível, naturalmente será preciso revirar em álbuns de infância para encontrar lá atrás como era o tom do nosso cabelo. Acho que o meu era bem castanho com um toque de mel nas pontas. Já o do Bento era beeeem escuro, com umas pontinhas mais claras.
VAI COMEÇAR DE NOVO?