Se eu saí de férias precisando perder dois quilos, voltei precisando perder quatro. Se estou arrependida desse duro choque de realidade ao lembrar da comilança que promovi a mim mesma nas férias? Nã, nã, ni, nã, nã. Passamos 335 dias por ano nessa rotina maçante, controlando horários, controlando alimentação, controlando exercícios físicos, controlando tudo. O que é férias pra mim? Sinônimo de descontrole. Não faço NADA a que estou acostumada na rotina. Qua- se nada, não sejamos tão radicais. Aliás, radicalismo não é meu lema neste 2015. Quero mais tranquilidade, quero mais serenidade, quero mais tolerância e mais gentileza. Neste primeiro dia de volta das férias, domingo em Porto Alegre, troquei o chivito do La Passiva pelo carpaccio do Z Café.
VOCÊ FICOU NO PASSADO, ABERRAÇÃO DAS BOAS!
Buscamos uma lavagem de carros aberta no domingo de janeiro em Porto Alegre (encontramos uma ótima, que já conhecíamos e que está aberta faça chuva, faça sol, ali ao lado da adorável loja FABRICÁRIO, na Nilo), tivemos que esperar uma hora para o carro ficar pronto e saímos caminhando em direção à praça da Encol, rumo a um almoço frugal no Z CAFÉ. A vontade era de sentar no ar condicionado e traçar uma feijoadinha com chope. A cara estava ótima. Mas sentamos na varanda, onde animais são bem-vindos, e traçamos um carpaccio com água mineral.
PARA JÁ IR ENTRANDO NO CLIMA DA SEGUNDA-FEIRA
O animal está encantado com a volta ao lar. Nunca vi um cachorro que goste tanto de voltar pra casa. Ele tem outra cara e outra disposição. Curtiu as férias, claro. Mas na madrugada de sábado para domingo, quando chegamos em casa e ele começou a sentir o cheiro da rua na janela do carro, abriu um sorriso de felicidade que, não fosse noite, eu teria registrado.
O SEMBLANTE DO ANIMAL CRUZANDO A FRONTEIRA
Já passeou pela volta, já fez as devidas averiguações do que ocorreu na redondeza durante sua ausência, já derramou seu xixi em todas as árvores e canteiros da vizinhança, já avisou a todos que o xerife está no pedaço. O que não está no pedaço, que eu deixei em Punta (até porque não tenho a menor intenção de usar em POA), é minhas comprinhas de roupas de praia. Dois dias antes de sair de férias, fui fazer uns exames de rotina na Unimed do Shopping Total e tive que esperar uma hora para que ficassem prontos. Aproveitei e fui fazer algo que nunca tenho tempo: dar uma volta no shopping Total.
Andava incomodada com os preços dos biquínis em geral. Não acho justo pagar cerca de R$ 350 por dois pedacinhos de lycra tenham eles a marca que tiverem. Não gosto de praia, não gosto de colocar roupa de praia. Assim sendo, acho um desperdício com meu pobre dinheirinho suado pagar para frequentar um lugar que não gosto com coisas que não gosto de vestir.
TÔ CERTA OU TÔ ERRADA?
Foi então que pensei que no Shopping Total haveria de ter uma loja de biquínis onde eu pudesse garimpar peças do meu gosto. Bastou andar cinco metros e abracadabra! Achei a loja. Chama-se Chesky e é só de saídas de praia e de moda praia. Eu estava a fim de comprar maiôs e duas peças – acho mais elegante e como não pego sol não tenho por que me submeter a calcinhas de lacinhos e sutiãs cortininha. Deixo isso para as cariocas do Posto 9 de Ipanema. Na Chesky, acabei comprando uma calcinha retrô, dois sutiãs para usar com elas e três maiôs.
Olha!
PRETINHO BÁSICO
PB BÁSICO COM MOTIVOS FLORESTAIS
UMA TIGRESA, DE UNHAS NEGRAS, E ÍRIS COR DE MEL…
UMA MULHER, UMA BELEZA, QUE ME ACONTECEU…
DEGUSTANDO SEU SPRITZ COM SEU NOVO MAIÔ….
…E TIRANDO UM COCHILO RESTAURADOR
ERA UM BIQUÍNI DE BOLINHAS BEM BRANQUINHAS MODELO RETRÔ…
MAL CABIA NA MARI-ANA…
MESMA CALCINHA COM SUTIÃ AMARELINHO E TÃO GRANDINHO…
QUE NA PALMA DA MÃO NÃO SE ESCONDIA
Olivia voltou bem engraçadinha dessas férias. Resultado da convivência com o animal. Agora só o que me falta é entrar 2015 com uma York desaforada. Já me basta um lhasa sem papas na língua. Espero que tenha sido um lapso momentâneo. Por falar em lapso momentâneo, acabaram todos meus lapsos de imaginar que ainda poderia estar de férias nesta segunda-feira.
Como é que se diz mesmo, Galvão Bueno?
Então, fui. Já que alguém tem que trabalhar nessa casa, não é mesmo.
EU É QUE NÃO SOU
NEM EU
