Pra gente ver como é a vida. Na semana passada, conheci um lugar novo a cada 24 horas na incrível jornada pelo Peru. Esta semana, estou trancafiada entre as quatro paredes do escritório com a missão de parir um livro em um mês. Não esperem, portanto, neste e nos futuros dias que se seguem, que eu tenha algo muito inédito para mostrar. Sejam compreensivas e tolerantes. Sejam minhas amigas, por favor. Preciso de ajuda e companhia neste momento delicado da minha existência.
TÁ DIFÍCIL VIVER
Meus pijamas nunca foram tão usados. Acordo de manhã, tiro o pijama de dormir, coloco o pijama de levantar, tomo café, me cubro com um casacão fechado no pescoço e comprido até os joelhos e saio para o passeio matinal do animal. Volto, dou a sequência de remédios e a comida dele e viemos para o escritório. Então, começo a minha produção. Por volta de 13h, levanto, como alguma coisa, levo o animal para fazer xixi, volto para o escritório e aqui fico em silêncio até umas 4h e pouco. É quando o animal começa a surtar que quer lanchar.
SINTO DAS FOMES
Prova de que não estou inventando a série de surtos da criatura são os vídeos postados na PÁGINA DO BLOG NO FB. Gritaria das pesadas. Enquanto não levanto e não busco meia dúzia de bolinhas de ração das hepáticas e das duras, ele fica surtando na volta. Depois relaxa e dorme, com a graça de Deus pai. Então, eu continuo aqui até umas 8h da noite, quando levanto, tomo banho, tiro o pijama do dia e coloco o pijama da noite. Andei ouvindo que estamos às vésperas das liquidações. Pois comprarei meia dúzia de pijamas.
COITADO DO CHICO
Coitado mesmo. Beleza é algo que não está podendo acontecer nesta casa. Meu cabelo vive preso no alto da cabeça com uma piranha, eu vivo de óculos, de cara lavada, pijama e Crocs. Se eu acabar este livro e o Chico não tiver saído de casa, não posso exigir prova de amor maior. De nada teria adiantado, por exemplo, eu ter feito comprinhas na loja da Kuna, no Peru. Não usaria tão cedo. Conhecem a KUNA? Pois eu não conhecia. Dica para quem vai ao Peru: não volte de lá sem ao menos uma mantinha ou um cachecol da Kuna. Eu voltei sem nada e quase levei uma surra da minha mãe.
– A lã é maravilhosa, minha filha!!
– Mas era muito caro, mãe! Um blusãozinho não custava menos de R$ 400!
– Comprasse uma mantinha, um cachecol, então, Mariana!
NÃO ME DEIXA AINDA MAIS ARREPENDIDA, POR FAVOR!
Assim sendo, para que você não volte arrependida como eu, guarde pelo menos R$ 150 para comprar uma mantinha da Kuna quando for ao Peru. Vale a pena. Trata-se de uma grife de moda peruana de altíssima qualidade, que faz roupas com 100% lã de alpaca e vicunha, dois animais dos Andes – sempre com a preocupação com a preservação dessas espécies, algo importantíssimo! Tem um vídeo lindo sobre o trabalho deles no site, que vale a pena assistir.
Clica AQUI!
Onde tive mais tempo para bisbilhotar a loja da Kuna foi no aeroporto de Lima, já de volta para casa. Poderia ter comprado a loja inteira, caso meu saldo bancário fosse compatível com meus desejos. Há blusas, blusões, casacos, malhas, mantas e cachecóis para homens e mulheres. O toque das peças é sensacional.
Olha!
ESTE É O ESTILO: CORES NEUTRAS E CORTES CLÁSSICOS.
O que é este casaco claro com essa gola, me diz?
UMA DAS PEÇAS PUBLICITÁRIAS DA MARCA
Repara na matéria-prima do cárdigã maravilhoso: de primeira linha, por isso tudo é tão macio!
DÁ PRA SENTIR O TOQUE DAQUI!
Há mantas e cachecóis de todas as cores possíveis e imagináveis. As mantas são mais largas e compridas, como esta da foto. Os cachecóis são para usar na volta do pescoço. Não, eu não fui capaz de trazer nem unzinho cachecol. Sou uma imbecil mesmo.
OLHA MAIS DE PERTO A DELÍCIA!
Por hora era isso, vou parar com essa sessão de masoquismo que não vai me levar a lugar nenhum neste momento. Só queria mesmo compartilhar a existência da Kuna para que vocês não sejam ignorantes como eu e não voltem para casa sem ao menos um cachecol incrível da Kuna.
NÉ, MÃE?
A VÓVA SEMPRE TEM RAZÃO