Tive insônia esta noite – e por isso, querido leitor e querida leitora, esta coluna chegou com algumas horinhas de atraso no seu email. Escrevi e esqueci de agendar o envio.
BAITA IDIOTA
Posso dizer, no entanto, que aprendi a lição e segui os inúmeros conselhos que recebi aqui no site (obrigada queridas leitoras e leitores): não fiquei virando pra lá e pra cá, fritando na cama. Abri os olhos exatamente às 4h29 (sim, tenho mania de olhar diretamente o relógio tão logo a insônia se instala) e levantei. Ou melhor, dei um salto da cama.
Parei estaqueada no meio do quarto. “O que faço? Tomo o leite morno que o pai sempre aconselha? Blergh! Ligo o computador? Blergh! Ligo a TV? Nem pensar! Já sei. Vou ler!!!”.
Ohhhhh!! Demorou, hein, Mariana?
Desde que acabei a trilogia “Millenium”, de Stieg Larsson, o último livro do David Coimbra (“Hoje eu Venci o Câncer”) e mais alguns outros títulos que abandonei na metade (sim, eu abandono livros na metade sem pena e também saio da sala de cinema se o filme não me interessa), entrei naquela fase de ficar lendo todas as revistas e livro nenhum. Até o dia em que, passeando pelas livrarias de Porto Alegre, encontrei “Como Viver”, de Sarah Bakewell, uma biografia de Montaigne.
Na realidade, estava atrás de outro, A Leoa Branca, de Henning Mankell, que um erudito amigo havia indicado. Mas não encontrei, só sob encomenda. Então, na massada madrugada de insônia, voltei para o quarto na companhia de Montaigne. E como me identifiquei com Montaigne…. Sabe até que eu estou achando que sou a encarnação de Montaigne?
TEMOS UM OLHAR PARECIDO, VAI DIZER?
O que me levou a considerar que sou a encarnação de Michel de Montaigne? Váááárias passagens do livro. E isso não é privilégio meu. Muitos, muitos leitores se identificam com o pensamento de Montaigne e chegam a pensar que eles próprios poderiam ter escrito aquelas palavras. Quer ver?
1 – Montaigne se apresenta como alguém que anotava o que quer que lhe passasse pela cabeça quando lançava mão da pena, capturando encontros e estados de espírito à medida que se apresentavam. Mariana lança mão da caneta mesmo.
2 – Dizia Montaigne: “Infeliz o homem, em minha opinião, que não tem na própria casa um lugar para ficar sozinho, agradar a si mesmo na intimidade, esconder-se!”. Mariana tem o seu quartinho com uma placa na porta de “proibido entrar”.
3 – Montaigne passou a escrever para conseguir entender suas fantasies ou reveries, palavras que, naquela época, sugeriam ideias enganosas e delírio, em vez de simples divagação. Ou seja, Montaigne escrevia para tentar se entender. Mariana também!
Como diz a orelha do livro, “Como Viver” é uma fonte valiosa de pequenos conselhos: ler muito, mas manter a mente aberta; ser sociável, mas nos reservar um “quartinho” só nosso; observar o mundo a partir de ângulos diferentes, evitando assim rigidez nas crenças.
Embora nunca tenha encontrado uma resposta definitiva, Montaigne nunca deixou de fazer a pergunta “como viver”?, isto é: como equilibrar a necessidade de sentir-se seguro com a necessidade de sentir-se livre? Como superar a perda de uma pessoa que você ama? Como evitar discussões sem sentido? Como lidar com fanáticos? Como aproveitar cada momento para que a vida não escorregue despercebida?
Montaigne tinha todas essas perguntas.
Mariana também tem.
Mariana, ontem a noite éramos duas, tentando driblar a insônia… só que tu foi mais esperta escolhendo um livrinho mais “chatinho”, eu estava com o Peregrina de Araque nas mãos, e quem disse que eu dormia?!? Era um tal de “rir pra dentro” pra não acordar o marido, com a história do camelo…
Eu olhava o relógio e pensava “ah, só mais um capítulo, é rapidinho”, “ah, vou terminar esse capítulo, que está bem divertido, a letra é grande, leio rapidinho”… tu esquecestes de escrever um capítulo chato, para dar um soninho e a gente apagar até o dia seguinte…heheh
Fechei o livro, a contragosto, porque tinha de levantar cedo pra trabalhar. Mas agora estou no trabalho, louca pra voltar pra casa e terminar a jornada contigo pelo livro!
Conheci teu blog meio por acaso, zapeando na internet. Não preciso dizer que ontem li todos os posts e obriguei o maridón a passar na Saraiva, buscar um “peregrina” pra mim.
Adoro a maneira como tu escreves (parece que estamos batendo um papo!), meio Marian Keyes, a la Carrie Bradshaw…Tô me sentindo tua amiga!hahah
Parabéns pelo blog, que adorei ler, virei seguidora, e quanto ao livro, por favor, viaje e escreva mais!
Mariana, ontem a noite éramos duas, tentando driblar a insônia… só que tu foi mais esperta escolhendo um livrinho mais “chatinho”, eu estava com o Peregrina de Araque nas mãos, e quem disse que eu dormia?!? Era um tal de “rir pra dentro” pra não acordar o marido, com a história do camelo…
Eu olhava o relógio e pensava “ah, só mais um capítulo, é rapidinho”, “ah, vou terminar esse capítulo, que está bem divertido, a letra é grande, leio rapidinho”… tu esquecestes de escrever um capítulo chato, para dar um soninho e a gente apagar até o dia seguinte…heheh
Fechei o livro, a contragosto, porque tinha de levantar cedo pra trabalhar. Mas agora estou no trabalho, louca pra voltar pra casa e terminar a jornada contigo pelo livro!
Conheci teu blog meio por acaso, zapeando na internet. Não preciso dizer que ontem li todos os posts e obriguei o maridón a passar na Saraiva, buscar um “peregrina” pra mim.
Adoro a maneira como tu escreves (parece que estamos batendo um papo!), meio Marian Keyes, a la Carrie Bradshaw…Tô me sentindo tua amiga!hahah
Parabéns pelo blog, que adorei ler, virei seguidora, e quanto ao livro, por favor, viaje e escreva mais!
Ai, Polliana, estou de verdade emocionada!! Fico assim, feliz, feliz da vida quando recebo um email como o teu. Peregrina é minha filha amada, e a gente ama quem ama nossos filhos, não é verdade? Que bom que ganhei mais uma amiga! Sim, aqui no Por Aí só entra quem é amigo!! Bjo grande. MK.
Ai, Polliana, estou de verdade emocionada!! Fico assim, feliz, feliz da vida quando recebo um email como o teu. Peregrina é minha filha amada, e a gente ama quem ama nossos filhos, não é verdade? Que bom que ganhei mais uma amiga! Sim, aqui no Por Aí só entra quem é amigo!! Bjo grande. MK.
SÓ TEM BLOG COM COMMENTS
Mariana, você escreve blog como ele deve ser ou deveria. Um blog é um diário online, como um diário de bordo. Conta a história do blog que no início eram só links, que foram transformados com o tempo em posts, aí apareceram nós aqui os comentaristas de plantão e começamos a palpitar nos posts. Existem blogs geréricos onde os blogueiros por pura falta de tempo ou coisa parecida começaram a dar controlc e control v adoidado e não criam textos novos e diários, simplesmente copiam. Assim é moleza e a vida fica fácil. Eu me propus a escrever um blog com ideias diárias e venho perseverantemente quase conseguindo. Vi num filme que a moça queria uma ideia pra fazer um blog e começou a seguir as receitas de uma gourmet, você já viu esse filme?Mas no frigir dos ovos, seu blog é um diário e por esse motivo é original.
Quanto a insônia porto-alegrense, ela tem trilha sonora a partir de agosto aqui na cidade, sua majestade o sabiá.
SÓ TEM BLOG COM COMMENTS
Mariana, você escreve blog como ele deve ser ou deveria. Um blog é um diário online, como um diário de bordo. Conta a história do blog que no início eram só links, que foram transformados com o tempo em posts, aí apareceram nós aqui os comentaristas de plantão e começamos a palpitar nos posts. Existem blogs geréricos onde os blogueiros por pura falta de tempo ou coisa parecida começaram a dar controlc e control v adoidado e não criam textos novos e diários, simplesmente copiam. Assim é moleza e a vida fica fácil. Eu me propus a escrever um blog com ideias diárias e venho perseverantemente quase conseguindo. Vi num filme que a moça queria uma ideia pra fazer um blog e começou a seguir as receitas de uma gourmet, você já viu esse filme?Mas no frigir dos ovos, seu blog é um diário e por esse motivo é original.
Quanto a insônia porto-alegrense, ela tem trilha sonora a partir de agosto aqui na cidade, sua majestade o sabiá.
Ótimo Mariana, Também me identifico 🙂 Amei “ler muito, mas manter a mente aberta; ser sociável, mas nos reservar um “quartinho” só nosso; observar o mundo a partir de ângulos diferentes, evitando assim rigidez nas crenças.” Eu até me achava meio estranha, pois sou muito sociável (tenho muitas amigas e amigos, que amo!), fico feliz em boa companhia, curto pessoas novas (bato papo até com estranhos, tipo em fila de cinema:-)), mas aprecio MUITO sair sozinha para longas caminhadas (fazendo fotos – dia bom para foto, prefiro sozinha), ou no meu “cantinho” (no meu PC), ou tomando um vinhozinho na sacada (tenho super vista, só olhando, sozinha). Mas, se sou estranha, tenho boa companhia 🙂 🙂 E parabéns por seu novo programa – muito êxito! Abraço Berenice
Parabéns pelo novo desafio. Sucesso!!!!!
Otima escolha da Mariana Kalil para a Bandeirantes! Vai ser
Sucesso, Mariana por mais esta!
Parabéns Mariana por integrar o quadro de jornalista da Band. Espetacular e que tenha todo sucessos possível. Globo,nem pensar, bastar ver a “categoria” dos profissionais do Jornal da Band. Abraços. Nelson Gehm