Estou pensando seriamente em adquirir uma dessas para colocar no pulso quando resolver dar outra voltinha na Sephora ou quando uma bandeja de brigadeiros apresentar-se à minha frente. Do que estou falando? Da Pavlok, já ouviu falar? Ela é uma pulseira que eletrocuta a vivente caso a vivente porte-se mal – gaste uma fortuna na Sephora ou devore uma bandeja de brigadeiros, meus dois casos de mau comportamento mais recentes. Se tivesse com uma Pavlok no pulso, já teria caído, estirada e carbonizada. Ninguém teria nem tido o trabalho de mandar me cremar.
Pode-se escolher o grau do choque. Quando colocado no nível mínimo, promove cócegas apenas. No nível máximo, provoca dor. Muita dor, segundo quem já usou. A novidade não é a pulseira em si, já que seu lançamento tem alguns meses, mas justamente essa função de eletrocutar a vivente quando ela for abrir a carteira. Até então, a pulseira vinha sendo usada contra compulsões alimentares, contra vontade de matar a academia etc. Só que agora uma companhia financeira britânica resolveu usá-la para ajudar os clientes a não mexer na poupança.
A Intelligent Environments, a dita companhia financeira, desenvolveu a plataforma Interact IO, que permite conectar dispositivos inteligentes (como a pulseira!) à conta bancária da cliente e assim evitar desastres irrecuperáveis. A forma que a empresa encontrou da vivente controlar os gastos é bem simples: registramos qual é o valor mínimo que deve permanecer no banco e saímos a gastar por aí. Quando chegar neste valor, TÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ!
A VIVENTE LEVA O PRIMEIRO CHOQUE
Se a vivente ignorar o choque e continuar gastando e baixando seu saldo mínimo, vai seguir levando descargas elétricas. Será carbonizada até jogar a toalha e não suportar mais.
OU ATÉ TIRAR A PULSEIRA DO PULSO