Finalmente, tive um fim de semana de gente. Quando falo em fim de semana de gente, me refiro a um fim de semana sem compromisso. Me refiro a acordar a hora que bem entender, almoçar a hora que bem entender, fazer ioga a hora que bem entender. A única coisa que nunca estou livre de fazer a hora que bem entender… O que é, o que é?
O animal não distingue dias de semana de fim de semana. O animal quer passear e pronto. Tente explicar ao animal que sábado de manhã é dia de levantar com um pouco mais de calma, ler os jornais na varanda com um cafezinho quentinho e só então sair peregrinando pela rua feito Forrest Gump.
Tente explicar isso para o animal.
Porém, neste sábado, especificamente, foi obrigado a entender a força. Acordamos com calma, lemos os jornais e, só então, saímos para peregrinar pelas ruas até o Parcão. Do Parcão, o animal quis desfilar na Padre Chagas (nunca vi como gosta de desfilar na Padre Chagas). Entrou na Dinarte Ribeiro e fez o que sempre faz: saiu correndo, subiu as escadarias do Puppi Baggio e queria almoçar.
EU AMO O PUPPI
– Desce daí, menino! – era eu, na calçada, pedindo que o animal descesse as escadas do Puppi, uma vez que tínhamos acabado de tomar café, ainda íamos fazer um esporte para só depois almoçar.
Prometi que no domingo estava marcado nosso almoço. Só assim para obedecer. No domingo, acordamos novamente com calma e fomos curtir o piquenique ZH, na Estação ZH, no Parque da Redenção. Estava lotado, um sucesso.
Olha a gente no meio da muvuca!
– OLHA LÁ PRO CHICO, BENTINHO!
– ME SOLTA!
– OLHA RAPIDINHO LÁ PRO CHICO QUE A GRAMA ESTÁ MOLHADA!
– ME SOLTA!
Da Redenção, seguimos para o prometido Puppi, apesar de toda a má criação do animal. Bastou estacionar na Dinarte Ribeiro para o animal saltar no meu colo, quase pular pela janela do carro e subir as escadas do restaurante feito um louco desvairado.
Costumo sempre dar comida para o Bento antes de sair para almoçar em prol do meu bem-estar à mesa. Mas não deu tempo. Então, o animal chegou surtado de fome ao Puppi Baggio e nosso almoço foi acompanhado por um festival de espirros.
Nunca tive muito o hábito de olhar o cardápio do Puppi. Acabamos sempre pedindo uma massa, de vez em quando um parmegiana para acompanhar. Mas, da última vez que estivemos lá, fiquei me babando pelo milanesa da menina que estava sentada ao lado da nossa mesa.
– Olha isso! – falei para o Chico.
– O quê?
– Olha com discrição para a mesa ao lado e para o milanesa. Beeem fininho!
– Bah!
– Vai ser nossa próxima pedida, combinado?
– Bah!
Pedimos milanesa + meia porção de talharim Caprese (molho de tomate, manjerição e muzzarela de búfala). O milanesa são dois bifes bem grandinhos e bem fininhos que vêm acompanhados por uma saladinha de rúcula e tomate.
Olha!
Este é metade de um milanesa. Ali acima está a saladinha e, ao lado, o talharim caprese. Eu viria a repetir mais uma vez este prato, dando vencimento então no bife parmegiana completo que me era de direito
Dividido irmamente com o animal, claro. Afinal de contas, o que é um milanesa perto de tanto amor?
– NÉ, BENTINHO?
– ME SOLTA!
– OLHA ALI PRO CHICO!
– ME SOLTA AGORA!
É incrível como eu imagino a voz do Bentinho reclamando de fome e resmungando nas fotos! Meus pais tem uma York maluca de 11 anos que faz as mesmas coisas que ele: espirra pra pedir as coisas, pressiona pra passear, pede comida… então quando vou visitá-los, sempre faço a voz da Mel. Claro que a dela é mais fininha que a voz que imagino pro Bento, pois ela é uma menina, hehehe.
Ah, essa semana passei pelo bairro Moinhos e finalmente vi um dos dispensadores de saquinhos com a foto do senhor Bento, mas infelizmente eu tava no ônibus e não pude fotografar, mas fiquei rindo sozinha…mto fofo! Esse moço resmunguento pode não ser muito bom em “xerifiar” o blog, mas certamente ele é muito muito muso e divo!
Bah, o Bento, que só tem a ocupação de ficar de pelotas, não deve mesmo saber a diferença entre dia útil, feriados e final de semana. Aliás, tinha um outro Lhasa perto dele no piquenique. Imagino o que deve ter sido a interação entre os dois…
Como já disse em outro comentário, tenho 2 criaturinhas iguais ao Bento, o Barney de 7 e a Meg de 4 anos, me identifiquei com o comentário de dividir a refeição irmamente principalmente o trecho que fala dos espirros, imagino cada situação e concordo em gênero, número e grau.
Chegamos a atribuir falas à eles e discutir com as criaturinhas, como diz meu marido: “Levar um papo cabeça com eles!”
Mas falando do artigo: babei pelo prato, se acompanhado de um vinho, lareira e um ótimo filme depois, …hummmm
Mariana que amor lindo que carregamos no peito por esses nossos filhos peludos neh!? Dividimos nossa vida, imagina uma milanesa.
Estou louca para saber como foi o almoço da sexta, se o SudDog é o melhor cachorro quente do mundo? Imagino que sim, e chego a salivar pensando em provar uma das delícias da Roberta Sudbrack.
Beijos em você e muitas lambidas no Bento!