Não foi fácil esta manhã de segunda-feira. Sabe quando a gente não está com vontade de ver ninguém, de falar com ninguém, de interagir com ninguém? Sabe quando a vontade é ficar quietinha trancada em algum lugar, meditando e olhando para dentro de nós? Essa era toda a vontade que eu tinha nesta segunda-feira de manhã. Mas a vida urge e os afazeres demandam iniciativa e objetividade. O que estava a meu alcance fazer para ficar mais comigo mesma eu fiz. Não me orgulho do que fiz, mas fiz: cancelei minha aula de Pilates. Não queria mais um momento de “ter que” alguma coisa, sabe assim?
TEM QUE, TEM QUE, TEM QUE, TEM QUE…
SÓ DEVERES, SÓ DEVERES, SÓ DEVERES, SÓ DEVERES….
Bento, Papaque e eu passeamos, voltamos para casa, dei o café da manhã da madame e do xerife e fiquei trabalhando até o momento de levá-los para o banho, ao meio-dia. Quando faltavam 15 minutos para o horário, tive a maior pena de arrancá-los do sono profundo e arrastei os dois para dentro do carro – e do carro para dentro da pet. Este é sempre um momento de batalha campal.
NENHUM DOS DOIS QUER ENTRAR NA PET
NÃO PODE TER COISA PIOR NO MUNDO
ELA MANDOU CORTAR MEUS BIGODES
Bento estava parecendo um Schnauzer. Não tenho nada contra Schnauzer, mas a questão é que o cara é um Lhasa Apso – e, ou é uma coisa, ou é outra. Fora que tomava água e saía pingando esses bigodes pela casa. Enquanto tomavam banho, lembrei que precisava ir ao super. Rosa havia anotado a falta de Pinho Sol, álcool e alguma outra coisa lá que agora não lembro. Eu havia notado a falta de Red Bull (sim, ando numa fase terrível de energético na veia), café, filtro de café (percebam que é só cafeína até agora…), sabonete, escova de dentes, sobrecoxas, chicória (Chico me pediu para comprar chicória – essa folha horrível e amarga), banana, tomate…
NÃO PRECISA FALAR TODA A LISTA
Mas eu estou a fim, qual é o problema?
TU PODE POUPAR CERTAS INTIMIDADES
Mas qual é a intimidade de uma lista de supermercado? Vocês estão loucos? Ou melhor: resolveram se unir. Eu sabia que isso aconteceria. Eu já vinha notando uma certa mudança de comportamento. Eu já vinha percebendo que Papaque andava seguindo a cartilha do Xerife. Agora tenho dois para me criticar. A única diferença que noto é que Papaque ainda é um pouco mais delicada em suas observações. Talvez por ser menina.
Na minha lista de supermercado também havia água de coco, água sem gás e Perfex. Mas não é sobre a lista em si que eu quero falar. Quero falar sobre o novo Zaffari da Cabral. Conhecem? Pois trata-se de um empreendimento em sociedade da Melnick + Grendene + Zaffari. A ideia é cobrir esse nicho de edifícios residenciais e oferecer um supermercado no térreo. Como tinha ouvido falar bem e tal – e como a pet dos dois era praticamente na esquina, fui aproveitar o tempo de espera do banho para adiantar meu lado dona de casa. E qual não foi a surpresa?
A ida ao Zaffari da Cabral me fez feliz. Dá para acreditar que a pessoa, no caso eu, entrei cabisbaixa no supermercado e saí de lá feliz? Nem eu acreditei. Desde quando uma pessoa em sã consciência sai feliz e em paz do supermercado? Supermercados hoje em dia mais parecem um campo de guerra. Carrinhos parados no meio dos corredores, gente que dá cotovelada para pegar tomate, atendimento péssimo…. De uns tempos para cá, vinha sentindo que o atendimento nos supermercados havia degringolado. E agora foi como se tivesse voltado aos bons e velhos tempos.
O QUE TEM DE ESPECIAL, MARIANA?
Nada. E tudo. Primeiro, o ambiente: tranquilo. Pelo menos assim estava o meio-dia. Depois, o alto-falante com volume na medida tocando bossa nova, que transmitia uma sensação de paz e serenidade para escolher cada um dos itens da lista. Sem empurra-empurra, com tudo em seu devido lugar. Sem nada de bagunça.
Depois, o atendimento. Fazia anos que não se ofereciam para tirar as compras do meu carrinho. Não que eu seja uma dondoca que não tira compras do carrinho, bem longe disso. Mas era uma atenção querida com o cliente que havia se perdido. Pois reencontrei. Outro ponto a favor desse novo Zaffari: a cordialidade dos funcionários. Ô, como faz falta um sorriso e um “obrigada”. Como faz falta a boa educação, vai dizer?
Me senti no dever, como cidadã que prega sempre que “gentileza gera gentileza”, vir a público elogiar esse belo atendimento. Que continue assim. Que as influências externas não dominem a aura de tranquilidade e bem-estar que senti nessa loja. O mundo precisa de mais paz, amor, empatia. As pessoas precisam voltar a se olhar nos olhos, a dar as mãos e viver em prol de algo e não umas contra as outras. Sim, eu estou romântica e poética e meio deprê e me sentindo estranha. Na verdade, constatei que estou vivendo meu inferno astral, se é que ainda não perceberam.
AINDA TEMOS QUASE UM MÊS PELA FRENTE
Realmente, este Zaffari da Cabral surpreendeu. O único detalhe que neste, como nos demais da rede, continua pecando, é não atender a solicitação do cliente na Fiambreria. Porque os supermercados do Sul deixaram de fatiar or frios na hora??? Todos os frios já estão cortados, em fatias absurdamente largas. Por isso, frios só em poucos lugares de Porto Alegre, onde posso solicitar na hora e, bem fininhos, quase invisíveis. Outro gosto.
Porque as redes de supermercado não imitam o que acontece nos mercados de SP?
Fica dica…
Tinha que fazer as mesmas coisas que tu esta manhã. O Eros no Pet para banho e começa tremer como uma vara verde e super BB ipiranga. Ótimo, vagas mil pra estacionar e sem fila nos caixas. Obs: adoro chicória refogada (sai o amargo).
Mari, que bom que o Zaffari da Canral ficou bacana e com bom stendimento. O Zaffari da Bordini, que é um pulo squi de casa, tem bom atendimento, todo mundo se conhece. Mas falta tudo! Esses dias, nāo tinha limpol! Daqui a pouco vai faltar água mineral e bom bril, tamanho o miserê. (Tu elogiou e eu só malhei, né? Mas a gente previsa de bons serviços!)
O Zaffari da Bordini sempre foi o meu Zaffari de toda a vida. Cresci lá dentro. Mas ultimamente anda numa pindaíba de dar dó.. Me mudei para o da Cabral e espero que siga dando exemplo… Bjo!!!! MK