Papaqui, uma declaração de amor para minha adorada filha adotiva

Papaqui completou nove meses aqui em casa. Parece que são nove anos. Parece uma vida inteira. Parece que viemos ao mundo uma para cuidar da outra. Para quem não acompanhou a história desde o início, volto um bocado no tempo: estava aqui, em setembro do ano passado, neste mesmo lugar em que me encontro agora, sentada trabalhando no meu bunker-escritório, quando uma mensagem apitou no meu celular. Era a doutora Rosana Pacheco, veterinária do Bento. Ela estava agoniada. Voluntária da SEDA (Secretaria Municipal de Direitos dos Animais), acabava de receber uma cachorrinha Lhasa Apso abandonada.

– Mari, não sabe de alguma amiga que queira uma lhasa de dois anos? Castrada e vacinada. Foi recolhida da rua, mas quem achou não quer ficar com ela e irá largar na rua novamente. É super faceira. Tive dó de entregar de volta depois que tratei dela, pois voltará ao abandono e aqui não podemos abrigá-la. Te mando fotos!

papaqui sedaA PRIMEIRA VEZ QUE VI PAPAQUI

papaqui seda 1SENDO TRATADA NA SEDA

– Jesus! Não entrega de volta! – respondi. – Segura aí. Vamos dar um jeito.
– Estava vagando na rua, pobrezinha, com bicheira na carinha. Tive que tosar todo o rosto – Rosana respondeu. – Vou levar ao Hospital Veterinário para um banho. Tu não quer ir lá conhecer? – ela perguntou.
– Quando? – eu quis saber.
– Levo quinta à noite, damos banho na sexta de manhã e tu passa lá, que tal?
– Combinado.
– Está judiada, tadinha. Mas vai ficar boa e uma princesa. Ela é muito amável.

papaqui seda2E UM BOCADO TRISTE TAMBÉM
Papaqui tinha um olhar de abandono de destroçar o coração

Muitas trocas de mensagens sucederam-se depois disso, mas, resumindo a história, na sexta-feira, 18 de setembro, convidei o Bento para ir ao Hospital Veterinário conhecer a Papaqui. Não tinha certeza como seria a reação dele. Bento tem 15 anos e sempre foi filho único. É o xerife, o comendador, o reizinho mimadinho da casa. Estava certa de que teria problemas. O que mais me deixava apreensiva era pensar que ele poderia imaginar que eu o estava substituindo por ser um cão idoso. Como explicar que não, jamais? Isso me partia o coração.

bento1123SOU DOS INSUBSTITUÍVEIS

Então, antes de partirmos até lá, li bastante sobre comportamento animal, sobre a chegada de um novo bichinho em casa e concluí que estava certa: o melhor a fazer era levar o animal antigo para conhecer o novo fora do seu habitat. Em um lugar neutro. Para que ele não pense que está tendo sua casa invadida por um estranho.

Chegamos ao hospital e Papaqui estava lá, cheirosa, mas horrorosa, tadinha. Toda tosada para se recuperar das doenças que pegou vagando na rua não sei por quanto tempo. Bento ficou acuado em um canto. Passado alguns minutos, veio para junto das minhas pernas. Não queria papo com ela. Ela estava serelepe, corria e fazia xixi por toda a sala. Conversei com a doutora Neusa Pacheco, mãe da Rosana e também veterinária do animal. Ela me deu algumas dicas, me alcançou a carteirinha de vacinação da Papaqui, me passou o tratamento médico que deveria fazer e viemos os três para casa.

bento1123NOS ENTENDEMOS NO CARRO

O comportamento do Bento foi inimaginável. Já no carro, tratou de ficar lambendo ela. Chegamos em casa e os dois já eram os melhores amigos. Eu quase caí para trás – e aprendi que não devemos subestimar a lucidez afetiva dos animais. Eu, que pensava que meu cachorro mimado e ranzinza de 15 anos menosprezaria aquela nova companheira, tomei uma aula de inteligência emocional.

bento1123SOU DOS SENSÍVEIS

Papaqui foi medicada e aos poucos acostumando-se com o ambiente. Só que fazia xixi pela casa inteira, a qualquer hora. Bebia água, fazia xixi, não bebia água, fazia xixi. Teve um dia que a repreendi seriamente e nunca vou esquecer da expressão dela olhando para mim como quem diz “eu sei que está errado, mas não estou conseguindo segurar”. Ali, no ato, vi que havia algum problema, que ela sabia que não podia fazer xixi, mas que aquele desejo era incontrolável. Levei-a até o hospital. Foi diagnosticada com cistite severa e aguda. Medicada e recuperada, nunca mais fez nada dentro de casa.

bento1123ELA É DAS INTELIGENTES

Bento quis chamá-la de Mana. Na verdade, queria que eu a batizasse de Mina, já que o Mano é ele. Mas Mina, convenhamos, não dá. Então, ficou Mana. Foi então que, um belo dia, Chico olhou para ela e disse:
– Sabe com o que essa cachorra parece?
– Com o quê? – perguntei.
– Com aquelas alpaquinhas com quem tu tirou foto no Peru.
Eu tive um ataque de riso. Era a mais pura verdade.

Olha!

papaqui peruNÃO RESISTI AO REGISTRO PARA A POSTERIDADE QUANDO AVISTEI ESSE QUARTETO

mana-818309470711_736403564_n-499x499CARA DE UMA, FOCINHO DE OUTRA, VAI DIZER?

gargalhada21A MAIS PURA VERDADE

Chico não teve dúvida:
– O nome dela tem que ser Alpaca. Os deuses incas mandaram ela para ti.
Tiro e queda, não havia como discordar: ficou Alpaca.
De Alpaca, passamos a chamá-la de Alpaquinha, apelidamos de Papaqui e assim ficou. Quando me perguntam na rua o nome da Paqui, eu fico alguns minutos pensando, pensando… Daí respondo “Papaqui”.
– Papaqui? – a maioria das pessoas me responde.
Para algumas, eu conto a história. Quando quero abreviar o papo, digo apenas que é Paqui.

bento1123ELA ATENDE POR TODOS

Papaqui foi o melhor presente que eu ganhei nos últimos anos. Tornou-se minha melhor amiga. Um presente divino dos deuses incas, acredito cada vez mais. Ela é grudada em mim. Vigilante. Amiga. Companheira. Fiel. Se saio de perto, vai atrás. Se estou no sofá, deita do lado. De manhã, me acorda para subir na cama e dar “bom dia”. Na rua, se prendo em algum lugar para entrar na farmácia, por exemplo, ela fica vidrada acompanhando cada passo meu. Passeia sozinha, não faz xixi nem cocô dentro de casa. Acorda apertada e pára estaqueada na frente da porta para descer e ir ao banheiro. É feliz, muito feliz.

bento1123QUE NEM EU

Papaqui está ficando cada dia mais bonitinha. Está curada de todos os males que arrecadou na rua. O pelo está crescendo, parece um bichinho de pelúcia. Chamamos ela de várias coisas: cocadinha, sundae de caramelo, pacotinho de dulce de leche…

bento1123DE GORDA TAMBÉM

Ela abana, abana, abana aquele rabo como ninguém. Basta falar o nome dela para abanar o rabo. Chamamos de Gorda também porque ela é toda robusta e gulosa. Diferentemente do Bento, não gosta de snacks e guloseimas. Gosta de comida mesmo, “sustância”. Gosta de comer na hora certa, de manhã e à tardinha. Dia desses, estávamos na cozinha, eu havia servido o prato dela e notei que ela seguia sempre o mesmo ritual: ficava parada diante do prato, refletindo antes de cair de boca. Ri por dentro e pensei: “Papaqui reza antes de comer”.

bento1123EU NÃO

Está aprendendo algumas sem-vergonhices e má criações com o animal, claro. Até porque ele faz questão de ensinar. Já me fez alguns desaforos e tal, mas jamais chegará aos pés da falta de noção do atrevido Xerife.

bento1123SOU DOS INTRANSIGENTES

Agradeço todos os dias aquela mensagem no Whats App da doutora Rosana. Agradeço todos os dias a chegada da Papaqui em nossas vidas. Bento remoçou com ela, ganhou uma amiga de verdade. Eu e Chico ganhamos um novo amor. E ela ganhou um lar. Tem um respeito profundo pela gente e pelo Bento. Jamais deita no tapete dele sem pedir permissão. Jamais bebe água antes dele quando voltamos do passeio. Ela sabe que chegou depois e que ele é o xerife da casa.

bento1123EU ENSINEI

Nunca tinha adotado um cachorro e este episódio me fez aprender o quão gratificante pode ser. Dar uma casa, comida, carinho e afeto a um animal abandonado é uma das maiores satisfações que a alma de um ser humano pode experimentar em vida. E a gratidão que esses animais nutrem pela gente… Isso não há palavras capazes de traduzir. Por isso, porque acredito que uma imagem vale mais do que mil palavras, separei uma galeria de fotos nossas, de momentos registrados, de felicidade mútua.

Obrigada, Papaqui. Eu estava te devendo esta declaração de amor. Tu é um anjo que transformou a nossa a vida para muito, muito melhor!

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

44 Comentários
  1. Oi Mariana.Eu já conhecia a história da Papaqui, mas me emocionei de novo. Tenho seis cães. O Cacau tem 12 anos e é ranzinza e exigente como o Bento. Foi o primeiro a chegar. Depois vieram o Cachorrão, o Zé, a Lola, o Giggio, todos adotados, com histórico de abandono, doenças, fome, frio, todos com alga marca da maldade humana. E por último chegou a Vick, esta no mais alto grau de sarna demodecica. Hoje são felizes, saudáveis, brincalhões. E quando as pessoas me dizem que eles tiveram sorte de me encontrar, digo que a sortuda sou eu, de tê-los na minha vida. Depressão? O que é isso para quem tem animais de estimação. Bjos e parabéns por este lindo gesto.

  2. Mari, que lindo, maravilhoso. Também tenho um Lhasa de seis anos. Ano passado adotei uma maninha pra ele. Ela estava bem mais judiada e triste que a Paqui. Demorou pra que pegasse confiança em nós. Hoje é extremamente amada, feliz e mimada. O Marvin e ela são manos mesmo. A sensação de adotar é inexplicável. É um amor e gratidão por ambas as partes que só aumenta a cada dia que passa. Não sei se eu quem adotei ou se fui adotada por ela. Parabéns por ter filhos tão maravilhosos e pela baita atitude de adotar a Mana. Que tu seja eternamente abençoada pela linda alma que tens.

  3. Mariana! Chorei lendo sua declaração de amor.

    Adotei um cachorrinho yorkshire abandonado 7 anos atrás, muito desnutrido e acreditamos que tinha uma média de 5 anos. Após ele, adotamos mais um cachorrinho abandonado e nossa vida, minha e do meu esposo ficou completa, eramos pais com seus dois filhos. A história ficou muito triste em setembro do ano passado, dia 17 de setembro de 2015 , o nosso primeiro amor nos deixou, era a hora dele, e como não sabíamos exatamente a idade dele, o veterinário calculava que ele estava com mais ou menos 12/13 anos. Mas ele abriu uma porta em nosso coração para a adoção, estamos agora adotando outro cachorrinho abandonado, mas sem esquecer jamais do Bono, nosso primeiro amor. Então essa é minha declaração de amor para o Bono, o Chico que está super feliz e saudável com nós, a mãe ama vocês e não importa se estamos juntos ou não, você Bono sempre estará dentro desse coração enquanto ele bater.

    Beijos Mariana, você com certeza faz o mundo ser melhor, dando tanto amor a esses animais que tanto precisam.

  4. Lindo texto Mariana! Ano passado também recebi um presente(o melhor) da minha vida. A Belinha, ela também é lhasa. Eu a amo muito muito! Ela é muito parecida com a Papaqui.
    Que vocês sejam muito felizes. Um beijo!

  5. Já estava chorando quando li o título. Quando terminei, então…
    Também adotamos um cachorro há alguns meses. Em agosto, para ser mais precisa. Ele é uma lindeza, meigo, tranquilo, difícil acreditar que foi abandonado. Tanto é que, quando o adotamos, reviramos por tudo quanto era lugar para ver se ele não tinha se perdido, fugido, sido roubado, qualquer coisa, mas não achamos nada.
    Veio aqui pra casa virado num bichinho do mato, todo acuado, cheio de pulgas, vermes e tudo mais. Nem por brinquedos ele se interessava. Ele tem muita energia e uma carinha de guri, mas fazendo exames descobrimos que ele tem problemas cardíacos e é mais velhinho. Há controvérsias entre veterinários, mas a idade dele gira entre 8 e 12 anos. Ele nos conquistou. Eu sempre fui cachorreira, de dormir com cachorro na cama e tudo mais, mas meu noivo sempre teve cachorro no pátio, sem uma relação mais próxima. Logo após a chegada do Bóris, ele comentou comigo “Por que não adotamos um cachorro antes?”.
    Passados seis meses, ele tá muito diferente. Desverminado, gordinho, castrado (ele tinha um tumor no testículo), mas a mudança mais gratificante é no comportamento dele. Recentemente, ele ganhou uma irmãzinha (uma lulu da pomerânia, que eu comprei porque era algo que eu sempre quis, sempre fui apaixonada pela raça, mas reconheço que isso não é o ideal, tanto que desejo que meus outros cães do futuro sejam adotados), que, como todo filhote, tem muita energia, brinca muito, tem as tralhinhas dela e tal. Ele está adorando. Ela puxa as orelhas dele, eles comem a ração um do outro (!), ele chega a andar em três patas porque ela está pendurada na outra e, finalmente, ele passou a se interessar pelos brinquedos. Toma tudo dela e leva para o sofá, lugar que, até pouco tempo atrás, ela não alcançava. É emocionante, virou uma criança. Estamos cada vez mais felizes com nossos filhos caninos. A vida é muito melhor com eles <3

  6. Chorei! Que lindo! Já passei pelas duas situações, já comprei um cachorro e 15 anos depois adotei dois gatos de rua, acho que vamos amadurecendo com o tempo, ficando mais conscientes dos nossos atos. Essa semana a Gisele Bundchen postou a foto de uma cadelinha que acabou de adotar também, muito lindo ver isso se propagando… Entendo que pessoas tenham o desejo de ter TAL raça, e respeito, também acho Golden Retrivers lindos e apaixonantes e não julgo quem resolve comprar um bichinho, apenas peço para que REALMENTE procurem conhecer a realidade do canil, do criador, das “matrizes” para que a pessoa não esteja patrocinando um explorador de “matrizes” sem coração. Mas de qualquer forma, sonho no dia que as pessoas vão querer ter o bichinho de estimação simplesmente pelo amor, não pela aparência dele. Parabéns pelo teu ato, muito lindo, tomara que inspire alguém que esteja na dúvida de adotar…

  7. Complementando meu comentário, esses dias eu vi no Facebook uma pessoa falando do seu cachorro adotado “Eu lhe dei um teto e comida, mas ele me deu uma vida”. Achei perfeito. É bem assim que eu me sinto. Parece que só com eles nossa vida ficou completa 🙂

  8. Mariana!! Que coisa maravilhosa! Me fizeste chorar.
    Adorei quando adotaste, e acompanho o desenvolvimento dela. Ela é linda.
    Que Deus sempre abençoe vocês, que os 4 sejam muito felizes e vivam em harmonia.
    bjs

  9. Nossa Mari, me emocionei muto com teu texto! Tô no meio do shopping, chorando! Que lindo! Eu tenho duas gatas adotadas e sei o quão profundo é o amor e o sentimento de gratidão que eles tem por nós… E nós por eles, claro!
    Realmente é lindo de ver a evolução da Papaqui, desde quando ela chegou na tua casa até agora.
    Mais lindo ainda ver que o Bentinho amado, que poderia ser totalmente contra essa adoção, tb adotou a maninha com muito amor! Beijos meus e lambeijos das minhas gordinhas!

  10. Fiquei emocionado lendo teus texto, maravilhoso, consegui sentir e ver todas as situações, parabéns pela tua atitude e como vc disse eles nos ensinam MUITO mais do que nós a eles. Tenho 2 cachorrinhos, a segunda peguei 1 ano depois do primeiro e é bem assim ela o respeita muito, ele come e bebe primeiro. Entre eles existe esse pacto silencioso. Continue escrevendo sobre eles adorei demais.

  11. Nossa Mari, ler essa declaração de amor para a Papaqui me fez chorar de emoção. Fico muito feliz, lisonjeda e com a sensação de dever cumprido ao saber que a Papaqui fez tão bem para vcs três, e vcs a ela. Não podia ter pensado em um dono melhor para esta princesa, confesso que antiga plebéia tadinha rsrsrs…
    Saiba que serei eternamente grata a Ti, Chico e Bento 😉
    Lembro até hoje…vamos fazer um teste Rô, pode ficar aqui como lar temporário pois acredito que o Chico e o Bento não irão gostar muito da ideia. Ainda bem que amaram 🙂

  12. Mari, tu é mesmo uma querida…muita linda tua declaração pra Paqui, chorei lendo.
    Sou mãe de dois peludos também e um deles foi resgatado da rua, realmente é uma honra dividir a vida com eles que são puro amor e respeito.
    Te desejo muita saúde e alegria, para que possa continuar nos encantando com seus post.
    Abração!

  13. Coisa linda esse post <3 Tenho dois adotados, o Woody Allen e a Madalena. Madá também veio depois, nas mesmas condições da Papaqui, li teu depoimento e nos vizualizei em tudo! A única diferença é que Madá é mais velha do que o Woody (adotei ela idosa) mas até fisicamente eles são muito parecidos. É amor sem medida, recomendo em doses cavalares 🙂

  14. Mariana,
    Linda declaração de amor! A Papaqui é uma fofura e o Bento uma figura!
    Que maravilha que através da história da Papaqui estás falando da adoção de animais abandonados que se encontram em situação de risco e privação de “tudo”… Tenho esperança que outros animais adoráveis (caes e gatos)tenham a mesma chance!
    um forte abraço a todos!

  15. Mariana que post emocionante, muito lindo. Parabéns pela iniciativa de adotar essa fofura. Ela demonstra felicidade no olhar e um amor muito grande por vocês. Jeanete

  16. Mariana, linda declaração de amor, linda história e lindas fotos!
    Teus cães são peludos adoráveis! Parabéns por divulgar a história de adoção da Papaqui, quem sabe com teu prestígio estimule outras pessoas a fazerem o mesmo, adotar um caõzinho (ou gatinho) que se encontra em situação de abandono e grave risco! Boa sorte com os peludos, um abraço Silvane

  17. Então, chorei chorei lendo.Também adotei faz poucos meses.Encontrei ele na rua.Decidiu ficar na frente do predio que meus pais moram com mais dois dogs e só saia dali se fosse atrás de nós.Fugi, sim fugi algumas vezes do Lobinho.Descia a rua por meio condomínio e ele atras de mim.Ficava com medo q fosse atropelado e mandava ele voltar.Cada portao d condominio pedia p o segurança nao deixar ele passar.Eu chorava e ele me seguia.Mais tarde ligava pra mae pra saber se tinha voltado “pra casa”.Passamos feriado na praia.Os vizinhos ja conheciam e tbm alimentavam ele.Lembro voltar com minha irmã e a gente torcendo que dpois de três dias ele tivesse se decepcionado com a gente e tivesse se mandado…Estacionamos carro na calçada e quem aparece de rabinho abanando e choramingando?Aí o nome dele já era Lobinho.Daí para frente não resisti mais.O resgate foi uma saga a parte.Ele era muitooo assustado.A primeira noite ja levei para meu apartamento.A ideia era no outro dia levar para a Pet que os outros dogs vao, tratar,castrar e colocar para adoção. Temos mais dois cachorros. Um linguiça,o xerife e uma doce SRD adotada.Eles haviam adoecido muitas vezes (saga 2,3,4,5…) sofremos muito e decidimos nunca mais ter um cachorro.rsrsrsrs.Lobinho foi para pet.Ficou 6 semanas tratando a sarninha.Eu ficava com pena e toda semana ia visita-lo.Queria que ele soubesse que nao o tinha abandonado. Pois bem…as gurias da Pet me diziam coisas maravilhosas dele.Resolvi começar leva-lo nos findis ( enquanto ele ainda estava em tratamento)para ver reaçao do xerife.Xerife Abel é um linguiça que nao tem medo de tamanho.Embora ja esteja com quase dez anos, enfrenta qq ser que caminhe com 4 patas.Da para dizer que foi tranquilo a aproximaçao.Resumindo.Lobinho mora comigo desde Outubro.Me mudei para ele ficar perto da Pet.Trabalho o dia todo.De manha fica em casa sozinho.Meio dia uma amiga busca ele para creche e dpois traz para casa.Volto pra casa correndo.Ele tem cerca de 5 anos.Nao sei como,mas nunca fez suas necessidades dentro de casa,e na mudança rasgou sonente um pedaço da caixa de papelão. O cara é demais.To aqui escrevendo e chorando de saudade dele,pois o cusco é tão amado que tá na casa da praia da vó com os “primos”.Muito obrigada pela tua história e pela chance de agora contar um pouco da vida do meu vira lata amado.

  18. Mariana!
    Te admiro muito, este é um depoimento emocionante. Pode ter certeza que os deuses colocaram vocês no mesmo caminho. Parabéns.

  19. Linda a tua historia com a Papaqui, realmente existem coisas que só podem ser obra do Universo! Sejam felizes! Adoro tuas crônicas da ZH.
    Bj. Tania

  20. Mariana eu não canso de ouvir a história da Papaqui.
    Tenho muita consideração por ti, pelo amor que tens por eles.
    Amo bichinho.Adoro os dois. Ela está a coisa mais linda.
    Bjos

  21. Mari!A Papaqui alegra e acalma minha filha de 1 ano !Ela é pela Papaqui e pelo Bento !Aquele vídeo do instagram em que tu vai pegá-los na pet, já foi visto 100873 de vezes aqui em casa!!!Tu tens noção que quando ela me vê no celular, pede a “Papaqui”?E aos domingos ela acompanha-os pela Zero Hora. É muito amor…E agora que conheci a história dela, me emociono mais ainda!Coisa linda.Beijocasss

  22. Mari querida!!!!
    Que linda declaração de amor!!!
    Também adotei um adorável cachorro, há dois anos e a alegria de sua presença não tem preço!!!
    Eu já tinha minha salsicha vovó e ele veio se juntar a nós, bem assim como a Papaqui….uma amiga postou no face!!
    A vida da gente muda para muito melhor!!!
    Beijo grande para ti e os lindos!!!!

  23. Mari que historia linda!!!!!!! Como sempre, amei sua historia,ainda mais falando do serzinho com o sentimento mais sincero que existe no mundo.Sou apaixonada por qualquer bicho, principalmente cachorro.
    É triste saber de historias de abandono de animais,se pudesse pegava todos pra mim.
    Te admiro ainda mais depois de ler a historia da gorda.
    Parabéns por ter adotado a “gorda” ela é linda

  24. Mari, que texto mais lindoooooo
    Eu sou louca por cachorros.Tive uma poodle que se chamava Laura e era o meu amor maior, me surria de vez em qdo,me olhava com profundo amor e carinho.
    Ela teve 4 filhotes e ficamos com a clara que era mais arteira mas muito esperta e querida,porém nosso vinculo nunca foi igual.Ela já partiu fazem 11 anos.
    Qdo Laura partiu minhas filhas quiseram trocar a raça e compramos a Mel, uma lhasa apso que é outro amor meu, agarrada,carinhosa e muito medrosa tbm.
    Já está com 12anos e apresentando aos poucos alguns probleminhas,mas não imagino minha vida sem ela e penso sempre que não vou querer mais ter outros,mas não sei.
    Su texto deste finde me tocou muito ,talvez adote algum!!!!
    Obrigado por estes relatos tão cheios de amor, beijos
    Cristina Jaeger

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