Era para ter começado esta semana, mas ambas tiveram, cada uma, um imprevisto. Me refiro a mim e a Jamile, minha nova professora de ioga. Outra das minhas resoluções de 2015 foi recomeçar as aulas de ioga. Eu andava praticando sozinha em casa desde que voltei a morar em Porto Alegre, mas o ano de 2014 foi um fiasco nesse sentido. Não tive a disciplina necessária para parar, me encerrar no meu quartinho e dedicar ao menos 40 minutos para flexibilizar corpo e mente, o que me gerou uma frustração tremenda.
Passei 2014 inteiro me cobrando nesse sentido. Me chicoteando, me punindo. Até que me dei conta de que não merecia tanta crueldade. Simplesmente estava passando por um momento profissional muito intenso em que essa disciplina estava difícil de ser mantida, mas eu tinha créditos comigo mesma. Era esperar a tormenta passar e reavaliar a situação. Tem vezes que a gente se cobra demais, vai dizer? Basta compreender que simplesmente não é o momento de algumas coisas acontecerem. Ponto. Mas a gente fica ali insistindo, insistindo, se estressando, se punindo.
EU ME ODEIO
Um belo dia das nossas férias em Punta, Chico, Bento e eu sentamos na praia, durante uma caminhada com o animal, e ficamos ali, os três em silêncio, olhando para o mar. Refletimos sobre o ano que passou e este que se iniciava e conversando sobre o que gostaríamos de fazer diferente. Foi quando manifestei, entre outras coisas, a necessidade de ter a ioga novamente com frequência na minha vida.
BONS TEMPOS EM QUE PRATICAVA ATÉ NO CAIR DO SOL DA CROÁCIA
De volta a Porto Alegre, fui atrás da grade de horários das aulas da BIJAN YOGA. No ano passado, já havia feito uma aula experimental com a Tainá. Pesquisei sobre as aulas no site da escola e achei a modalidade Elements bastante semelhante com a Vinyasa, que eu praticava com meu guru Upendra, em Barcelona. No site, ela é assim apresentada:
“Essa aula é uma agradável exploração do seu corpo através de uma série de posturas baseadas no Ashtanga Vinyasa. Com elementos do método tradicional porém explorando e experimentando diferentes posturas das séries, você irá desenvolver a força, a coordenação do movimento através da respiração, integração corporal e flexibilidade. Essa prática também oportuniza uma integração corpo e mente despertando autoconsciência. Seja você um iniciante ou um praticante mais experiente, essa prática pode ser perfeita para você. Não é necessário experiência anterior”.
DESDE QUANDO TU GOSTA DE ASHTANGA, MARIANA?
Elements não é Ashtanga, ignorante. A sequência de posturas é a mesma, mas tudo é feito de forma muito mais suave e fluída, menos estressante para o corpo. Eu fiz ashtanga durante algum tempo e parei porque fui sentindo que estava machucando meu corpo. Sei de muitas pessoas que amam e outras que odeiam. Ashtanga é bem isso: ame ou odeie. Eu não odeio, apenas não é a minha prática.
Amei a aula experimental de Elements, mas nunca mais consegui repetir em função dos horários que não casavam com os meus. Resolvi, então, me dar de presente de vida aulas particulares. Liguei para a Bijan e falei com a Jamile (já tinha ouvido falar muito bem da Jamile). Acertamos os ponteiros. Combinamos de praticar às quartas e sextas. Semana que vem começamos.
ESTOU MUITO FELIZ
Quando o Carnaval chegar, já terei retomado minha prática de posturas, sobretudo de três posturas propícias para a época de folia. Explico: apesar de praticar ioga, não sou uma pessoa abstêmia de álcool. Isso significa que bebo minhas caipirinhas durante o Carnaval – independentemente de estar participando da festa ou não. Carnaval é Carnaval, sabe assim? Pois há três posturas que contribuem para melhorar a ressaca, sabia?
Olha!
UTTANASANA
Pernas esticadas e flexão do corpo para frente. Caso não consiga tocar o chão, pode flexionar os joelhos até alcançar. Relaxe completamente o pescoço, deixe ele cair bem soltinho e vá sentindo como a respiração ajuda a ir relaxando o corpo mais e mais em direção ao chão, descongestionando a cabeça. Esta postura estimula as funções metabólicas do fígado e dos rins, alivia a dor de cabeça e a insônia e reduz a fadiga e a ansiedade
PRASARITA PADOTTANASANA
Divida o peso do corpo em ambos os pés. Se conseguir tocar a cabeça no chão, melhor. Caso contrário, deixe o pescoço bem frouxo, como na postura anterior. Se a cabeça tocar no chão, tenha cuidado para não depositar peso sobre ela. A cabeça é só um ponto de contato com o solo. É permitido colocar uma manta ou uma almofadinha, se ficar mais confortável. Essa postura contribui para revitalizar a mente, fortalece as pernas e a coluna e é de grande ajuda para suportar o fatídico dia seguinte.
MATSYASANA
Também conhecida como a postura do peixe, promove uma abertura do peito e da garganta. Como na postura anterior, a cabeça é só ponto de contato, não jogue peso sobre ela. Todo o peso fica apoiado nos cotovelos e antebraços atrás das costas. Alivia muito maxilares, tira a tensão do pescoço.
QUE HORAS TU VEM PRA CASA?
VAI COMEÇAR…
QUERO CONVERSAR SOBRE O MEU PRESENTE
Adivinhem há quantos dias o animal pede para conversar sobre o presente? Há uma semana! O animal está de aniversário neste domingo, 1 de fevereiro, e combinamos de fazer um cordeirinho em casa para celebrar o aniversário dele e o do Chico juntos (sim, eles fazem aniversário com apenas três dias de diferença. Sim, ambos são aquarianos. Sim, o aniversário do Chico foi ontem. Obrigada, eu transmito as felicitações). Achamos que um cordeirinho em casa já seria mais do que um belíssimo presente para o animal, mas é claro que ele quer mais.
EU MEREÇO
É claro que ele merece, mas poderia simplesmente me dizer o que deseja a mais de uma vez por todas e não ficar atormentando meus ouvidos com trocentas mil ideias esdrúxulas cada vez que me enxerga. Já falou em um carrinho de água de coco para ter em casa (delirou), falou também de mais dois modelos de COLAR DE MANO (fora de cogitação) e de um revólver (pode?) para poder se defender, já que alega ser um xerife sem arma – e xerife sem arma não é xerife.
NÃO ME RESPEITAM
Eu já expliquei que a falta de respeito não é porque ele não ostenta um revólver na cintura, mas porque simplesmente não se dá o respeito. Eu nunca vi um xerife que passa o dia inteiro dormindo de pelotas. Não tem como ser respeitado.
QUE HORAS TU VEM PRA CASA?
ANHÃÃÃÃÃÃÃÃ