Economias podem ser feitas com pequenas coisas. Pequeníssimas, ressalte-se. Resolvi colocar na ponta do lápis onde raios vão parar mensalmente meus preciosos reais, pois parece que se esvaem com o vento.
Calculei todos os gastos: pilates, consultas médicas, exames que o plano não cobre, alimentação, roupas, gasolina, estacionamento, farmácia, loja de produtos naturais, assinaturas de jornais e revistas, pet shop etc. Percebi, então, como sou (somos, né?) estimulada a consumir os chamados superalimentos – a maioria com preços bem pouco em conta. A goji berry, por exemplo.
Essa frutinha vinda da Ásia é 50 vezes mais rica em vitamina C do que a laranja. Só que cem gramas de goji berry desidratada custam R$ 20. Foi então que saí a pesquisar se não haveria algum subsituto nacional com benefícios semelhantes ao da goji berry. Encontrei duas soluções muito mais em conta.
O açaí reúne as melhores qualidades da goji berry com algumas vantagens: além de rico em antioxidantes, é fonte de cálcio e gorduras boas, que ajudam a proteger o coração. A acerola é outra ótima opção neste caso, pois concentra quase 80 vezes mais vitamina C do que a laranja.
QUAL É A ECONOMIA DESSA TROCA, MARIANA??
Trezentas gramas de goji berry desidratada custam 10 vezes mais do que a mesma quantidade de polpa de açaí – e 30 vezes mais do que polpa de acerola. Tenho outro exemplo de boa economia: substituir a quinua pelo feijão branco.
Originária da Bolívia, Colômbia, Chile e Peru, a quinua cresceu em popularidade porque é uma boa fonte de proteínas e ótima pedida para quem quer ganhar massa magra. Só que o custo de 500 gramas de quinua é seis vezes maior do 500 gramas de feijão branco.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO FEIJÃO BRANCO?!
Feijões em geral também são ricos em proteínas, além de conter ferro e reduzir a ação do hormônio estrógeno, ajudando na prevenção do câncer de mama. O branco, em especial, ainda contém faseolamina, proteína que diminui a absorção de carboidratos e gordura pelo organismo. Minha pesquisa chegou a uma terceira possibilidade de economia sem perder em qualidade de alimentação.
Amaranto e arroz integral. Pelo preço de um quilo de amaranto orgânico dá para comprar de 10 a 12 quilos de arroz integral. O arroz integral, além de apresentar as mesmas características do amaranto (fonte de proteínas e rico em fibras e cálcio), quando combinado ao feijão forma uma composição ideal em termos nutricionais, que substitui com tranquilidade o consumo do grão andino.
COMPRA FILÉ MIGON COM TUAS ECONOMIAS?
A proposta do Bento ao final não é tão ruim. Se economizar onde é possível, por que não se dar ao luxo de comprar coisas (comidas ou não) para se dar um agradinho de vez em quando?