Uma noite para recordar na querida Santa Maria

De volta a Porto Alegre, trago outra vez Santa Maria no coração. É sempre muito gratificante chegar a um lugar e perceber que pessoas saíram de casa, ou mesmo nem voltaram pra casa, para estarem ali, sentadinhas na praça Saldanha Marinho, às 8h da noite de uma quarta-feira fria para ouvir o que a Mariana tem a dizer. Eu adorei as duas horas de bate-papo e espero que todos também tenham gostado. Bento ficou. Conversamos e chegamos à conclusão DE que era muita estrada para pouco divertimento. Do alto de seus 14 anos, o animal já tem suas manias e algumas artrites e artroses – e, sendo assim, certos programas não combinam com seu atual lifestyle.

bento1FIQUEI COM A CASA DE BANDA

Ele fala isso porque saí na quarta-feira às 12h para Santa Maria e Chico estava em Santo Augusto. Assim sendo, pedi para a Rosa que chegasse mais tarde, passeasse com ele à tardinha, desse comida e fosse embora depois. Entre as 6h da tarde e as 2h da madrugada, quando Chico enfim chegou, a casa ficou de banda. O que o animal fez com a casa de banda nessas horas ninguém sabe e nem nunca saberá. Fato é que ele está se achando.

bento1FIQUEI COM A CASA DE BANDA

mulher-arrancando-os-cabelosNÃO PARA DE REPETIR ESSA MALDITA FRASE

A querida Débora Lemos, uma leitora fiel de Santa Maria, que acabei conhecendo em Punta del Este em janeiro junto com toda a família, fez a queridice de tirar as fotos do evento de ontem para mim. Não tenho palavras para agradecer. Ficaram lindas, Débora. Muito, muito obrigada! Mas antes de chegar às lindas fotos da Débora, vou contar a história do começo. Cheguei a Santa Maria e fui acompanhada da Michele, minha companheira de palco na Feira do Livro e jornalista do Diário de Santa Maria, conhecer o jornal. Fizemos um city tour pelo Diário e rumei para o hotel Continental.

Aviso importante!

utilidade-publica11O Hotel Continental é uma ótima hospedagem em Santa Maria. Eu recomendo. Já o Morotin do Centro…. O Morotin do Centro… O que dizer do Morotin do Centro, meu Deus? Melhor nada dizer a não ser “fuja feito o diabo da cruz!”

Devidamente acomodada no quarto 211 do hotel Continental, achei que eu merecia uma Heineken do frigobar. Splash! Abri a latinha, abri as cortinas do hotel e fiquei bebericando e observando o lindo fim de tarde de Santa Maria, aquele típico de outono, de céu azul que vai ficando laranja, sabe assim? Tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e meditei por alguns minutos – até o despertador avisar que era hora de começar a me arrumar para a Feira. Se não tivesse o despertador, teria mamãe. Porque o Whats App do grupo da família apitou bem na hora do despertador. Era mamãe.

– Mari, onde estás?
Não resisti e tirei uma foto com cara de viagem.

IMG_4476“COMEÇANDO A ME ARRUMAR, MAMINHA!”, RESPONDI

Mães nunca se contentam com uma resposta. Depois da primeira resposta, vem sempre a segunda pergunta:
– Manda a foto arrumada?
– Sim – respondi. – Manda bons fluídos?
– Muitos, muitos bons fluídos, minha filha!
– O que está acontecendo na vida da Mariana?? – se atravessou meu adorado e delicado irmão (dá de tudo no Whats App da família).
– Evento em Santa Maria – se atravessou minha irmãzinha Lulu.
– Capricha, Mariana – ordenou meu irmão.
Eu mereço, pensei.

Comecei a tentar caprichar já na hora de me vestir. Peguei minha calça jeans skinny de cintura alta da TOK (a TOK fez uma coleção de jeans há uns anos atrás muuuito legal. A minha é dessa época), minha botinha mezzo country/mezzo boho da Carmim (adoro sempre os sapatos e botas da Carmim), meu blusão vermelho melancia da Coven, que só uso em ocasiões especiais, e meu casaco da Magma, a loja mais linda de todas as lojas mais lindas de Punta del Este (O casaco é da Magma, viram gurias? Muitas queriam saber!).

Fui para a frente do espelho e tirei uma foto (sem foco, detalhe) para mamãe.

IMG_4480“CORPO INTEIRO, MAMINHA! TÁ BEM ASSIM?”, PERGUNTEI
Detalhe: prendi o cabelo por causa dela. Porque eu tinha certeza que ela diria: “Prende o cabelo, minha filha! Fica tão bonita com o cabelo puxado…”

Fiquei esperando a resposta e nada. E nada. E nada. Típico de mamãe. Resolvi fazer uma foto de macaquice para ver se ela se manifestava.

santa maria“CLOSE, MAMÃE! QUE TAL?”
Nenhuma resposta.
Foi minha debochada irmãzinha, então, que se manifestou:
“Aprendeu a se maquiar!! Parabéns, maninha!”.
“Eu mereço”, pensei.

Parti para a praça e para o evento – e então vem as fotos profissionais da Débora que guardarei para sempre de lembrança.
Olha!

DSC_0060(1)A MANIA DE PRENDER O PÉ NA CADEIRA SEMPRE ME ACOMPANHA
Começamos falando dos livros, do processo de criação de “Vida Peregrina” e de “Peregrina de Araque”. Contei como foi que toda essa história de escrever livros começou, de como a partir de Peregrina de Araque eu comecei a escrever no blog e ele começou a ganhar forma…

DSC_0067O bate-papo começou meia hora mais cedo, as pessoas iam chegando e se acomodando, algumas preferiam ficar em pé lá atrás e, como a imagem não deixa mentir, devo ter dado a impressão que poderia a qualquer momento levantar do palco e me avançar a dentadas em alguém na primeira fila. Hahaha! Brincadeira. Eu também não gosto de sentar na primeira fila!

DSC_0083Momento ternura ouvindo a pergunta de alguém!

DSC_0080Momento alguém falou algo engraçado!
Momento pé permanece preso na cadeira.
Da próxima vez, alguém pode me avisar para liberar o pobre do pé da cadeira, por favor?

DSC_0082Autógrafo para minha xará, essa pequerrucha Mariana, que, segundo a Anne Caldas (mãe dela) me contou hoje por mensagem via FB, já começou a ler o Peregrina de Araque. Depois me conta se gostou, viu, xará?

DSC_0090Autógrafo dos dois livros para a querida Andrea Reginatto, que levou os alunos de Letras da Unifra para o bate-papo

DSC_0095Foto para a posteridade com a querida Cintia Lemos, a mãe da Débora, a super fotógrafa, que mandou uma mensagem pelo FB quando eu ainda estava no hotel perguntando se precisava de alguma coisa, se estava com fome, se ela podia me ajudar em algo… É muito carinho e generosidade, viu, Cintia? Muito, muito obrigada sempre!

Há muitos outros registros, mas uma hora este post tem que ter fim. E eu termino dizendo que sou a pessoa mais feliz do mundo escrevendo, sobretudo quando quem está aí do outro lado, seja em Santa Maria, em Porto Alegre, em outras cidades do RS, em Floripa, São Paulo, Curitiba, Salvador, Rio, EUA, Portugal… (só para citar lugares que sempre aparecem nos registros de acessos do blog) mostram que possuem esse coração do tamanho do mundo. #tamojunto!

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

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