Passei a tarde da segunda-feira no Teatro do Bourbon Country. Foi lá que aconteceu durante todo o dia o Congresso de Estratégia Criativa: Pensando Marcas em um Ambiente Mutante. Só o nome já fez com que eu me sentisse mais inteligente. Estava muito curiosa para assistir à palestra de Abigail Posner, a cabeçona de planejamento estratégico do Google e responsável por repensar os produtos da marca pelo ponto de vista do consumidor. Abigail é formada em Antropologia Social em Harvard – o que me gerou ainda mais curiosidade. Adoro ouvir a antropólogos, filósofos, sociólogos.
MUITO PRAZER, SOU ABIGAIL POSNER
Abigail falou muito sobre o aprender a se perguntar o porquê das coisas. Por que isso acontece? Por que a humanidade age assim? Por que estou pensando assado? Por que, por que, por quê? A partir desses porquês acionamos mecanismos que nos fazem pensar em estratégias e soluções criativas. Logo lembrei de crianças que logo aprendem a conjugar frases e vivem perguntando o porquê de tudo, vai dizer? Os porques mais improváveis.
– Mãe, por que a bola é amarela?
– Porque o tio só tinha essa cor de tinta pra pintar a bola, querido.
– Mas por que ele só tinha essa cor de tinta?
– Porque a cartela de canetas dele não funcionava, apenas a caneta amarela, amor da mãe.
– Mas por que a cartela de canetas dele parou de funcionar?
– Porque ele não cuidou direito das canetinhas, mimoso.
– Mas por que ele não cuidou direito das canetinhas?
ANHÃÃÃÃÃ!!!!
Posso estar sendo bastante simplista na minha conclusão sobre a palestra da Abigail Posner, mas foi com essa imagem que saí de lá. E acredite: vou começar a exercitar mais a me perguntar o porquê das coisas. Quero dizer, mais ainda do que já me pergunto, o que não é pouco.
ESTOU DOS TENSOS
O animal está com medo que eu comece a me perguntar sobre quais as vantagens de ter um lhasa, por que eu quero um lhasa que só reclama da vida, por que sustento um lhasa que vive me jogando na cara que veio ao mundo a passeio, por que me submeto aos caprichos dessa criatura etc. etc. de porquês. Não precisa se preocupar, querido. Já me fiz todas essas perguntas e continuo achando que tua companhia vale a pena.
ESTOU DOS SALVOS
Salva fiquei eu ao chegar em casa cheia de porquês na cabeça e ter à mão o telefone da TelePizza Flor de Maçã. Amo a FLOR DE MAÇÃ. A Flor de Maçã me dá a sensação de estar nutrindo minha alma e meu espírito com pizza. Pode uma coisa dessas? Pode. Como o Chico vai passar a semana inteira fora, não preciso conciliar interesses de sabores de pizzas, visto que o animal só come a borda croc croc croc mesmo. Então, resolvi variar. Pedi um sabor sem queijo e outro vegetariano.
Olha!
MUITO PRAZER, SOU A VEGANESA
Estou situada na parte direita da foto e sou feita de molho pesto, alho, tofu, gengibre em pó, champignon, tomate em rodelas, cebola em rodelas, pimentão em cubos e orégano. Mariana provou e me achou levinha, uma ótima pedida para a noite com uma saladinha (não todas as noites, claro, final sou uma pizza). Mariana diz também que você não tente fazer seu marido me comer porque ele seguramente vai me achar insossa!
MUITO PRAZER, SOU A BERINJELA À ITALIANA
Estou sitada no lado esquerdo da foto e sou feita de molho de tomate, mussarela, parmesão, berinjela, cebola, pimentão, alho, azeitonas verdes e pretas, alcaparras e orégano. Sou bem mais saborosa que a minha companheira, segundo a Mariana. Mas mais trash também.
Devorei uma fatia de cada com salada verde. Sabia que salada verde com pizza ajuda na digestão? Como acompanhamento de pizzas veganas e sem queijo então, nem se fala. Mas por que estou contando toda essa história? Por que mesmo?
PERGUNTA PRA ABIGAIL