Estamos com problemas de ideias para as refeições. Tenho trocentos livros de receitas na cozinha, um Google à disposição e não consigo pensar em nada porque tudo se resume a trabalho e trabalho e trabalho. Então, a noite cai eu esqueci de pedir para a Rosa deixar pronto algum prato, exceto peito de frango, e fico rodopiando no meio da sala pensando em outra possibilidade que não sopa sete dias na semana. Aconteceu ontem a mesmíssima coisa. Com o agravante de que nem sopa eu tinha na geladeira.
Considero casamento, além de amor, amizade, respeito, companheirismo e fidelidade, também uma troca de gentilezas entre marido e esposa. Visto que meu respectivo marido tinha despertado às 5h da matina para pegar o carro e andar quase 400 quilômetros até Pinheiro Machado e depois voltar no mesmo dia, achei uma sacanagem recebê-lo cansado, com fome, depois de percorrer quase 800 quilômetros com nada para oferecer.
PELO MENOS ADQUIRIU UM POUCO DE NOÇÃO
Abri a geladeira e só enxerguei um pacote de rúcula suja, um fio de resto de sopa de legumes e um feijão meio congelado. “Vou ao Pastifício Italiano”, pensei! Saí porta afora faltando meia hora para que a loja fechasse. Descobri o Pastifício Italiano logo que comecei a escrever neste blog, lá pelos idos de 2011, e quando ele era apenas um blog. Como fazia sempre o mesmo trajeto do trabalho para casa, passava diariamente pela frente do estabelecimento – até o dia em que resolvi descer. E um mundo maravilhoso de oportunidades gastronômicas da cozinha italiana se abriu aos olhos de Mariana.
Para quem não conhece, trata-se de uma empresa que produz massas artesanalmente para a gente preparar rapidinho em casa. É muito barbada. Eu adoro o manifesto dos fundadores do pastifício, o Ivan e a Dulce, escrito lá nos idos de 2005, quando a casa foi fundada.
“Nós acreditamos que é possível produzir alimentos sem aditivos químicos, e que as nossas famílias merecem este esforço. Nós acreditamos que podemos fazer massas frescas artesanalmente, imprimir nossos próprios rótulos e promover nossas próprias ideias.
Nós acreditamos em fornecedores ecológicos e nos produtos que comercializamos. Nós acreditamos no direito de cometer erros, perder tudo e começar de novo.
Nós acreditamos em almoçar em casa com a família, nos jantares românticos à luz de velas, e no gnocchi do dia 29. Nós acreditamos em ter um preço justo para nossos produtos. Nós acreditamos que as palavras fresco, artesanal e saudável têm um significado verdadeiro e que vão além de estratégias de marketing”.
Massas de fios, massas recheadas, molhos vermelhos e brancos, lasanhas, tortinhas, gnocchi… O céu não é o limite no pastifício. O que eu costumo fazer sempre em momentos de aperto como o que vivi esta semana e também para receber em casa: comprar bandejas de sorrentinos ou raviolis recheados de manjericão e mussarela de búfala. Então, compro também o molho Piemontese, que é vermelho com funghi, e um saquinho de queijo parmesão fresquinho.
Olha!
NHAM NHAM!
As massas recheadas vêm assim, numa bandeja com 15 unidades (sorrentino é o redondinho). Dá perfeitamente para duas pessoas. Tem também de massa verde e inúmeros recheios!
Então, basta dispor em uma travessa que possa ir ao forno, jogar o molho por cima, salpicar de queijo ralado e levar para cozinhar por 25 minutos.
Olha!
MEU PRATO DE SORRENTINO INDO PARA O FORNO!
Comprei de massa verde (há também esta opção). É uma delícia!
Teve uma vez em que recebemos amigos em casa, e o Chico preparou filés para acompanhar. Vou dizer que nem em restaurantes bam-bam-bam italianos eu comi tão bem. Com uma taça de vinho tinto, então, está feito o jantar que não dá trabalho algum. E o melhor: a gente não precisa ficar enfiada na cozinha. Coloca no forno, conta 20 minutos, retira, serve e pronto.
CHICO ADOROU O JANTAR
Sim, ganhei váááááários pontos no quesito esposa dedicada.
Te sugiro um dia experimentar as massas do sabor de luna, fica na freire alemão, entre a fabricio pilae e a eudoro berlink…
São maravilhosas tbm, arrisco dizer que são tão boas quanto as do pastificio ou melhores.