Se existe algo que me assusta é assistir a essas mulheres insanas fazendo tratamentos estéticos malucos por conta própria ou nas mãos de pessoas que se dizem médicos mas que não passam de mercenários da beleza. O exemplo mais radical que se tem notícias nos últimos tempos é o de Andressa Urach, aquela moça doente por fama e dinheiro que terminou à beira da morte após injetar nas pernas substâncias proibidas pela Anvisa.
ME ABSTENHO DE MAIORES COMENTÁRIOS
(Para quem tiver estômago, tem imagens fortíssimas na internet do estado que ficou as pernas desta senhora)
Semana passada, estava lá eu em uma das consultas semanais com a Carina Borges, que cuida com carinho e afinco (e um bocado de paciência, admito….) da minha alimentação e bem-estar quando ela me comentou de uma prática maluca que anda acontecendo em algumas clínicas pelo Brasil afora. Diz respeito ao Dermaroller. Já ouviram falar do Dermaroller?
MUITO PRAZER, SOU O DERMAROLLER
UM CLOSE EM MIM
Como se vê, o Dermaroller é um equipamento composto de um pequeno cilindro incrustado por centenas de minúsculas agulhas cuja finalidade é provocar micro-lesões na pele para que sirvam de aporte à regeneração da lesão provocada. Cada cilindro pode ter de 250 a 540 micro-agulhas. Essas agulhinhas medem de 0,5mm até 2,5mm de comprimento e, por meio das lesões que provocam, acabam promovendo a formação de colágeno e elastina, além de originar uma intensa renovação celular.
Tem indicação para quem busca rejuvenescimento facial, melhorias nas cicatrizes de acne, de estrias e suavização de cicatrizes maiores. Tomei conhecimento da existência do Dermaroller quando a dermatologista Glades Thomasi indicou como uma boa alternativa para suavizar a enorme cicatriz que tenho no ombro, resultado da retirada de um melanoma. Nunca me submeti a ele.
TENHO UM POUCO DE AFLIÇÃO
Obviamente, usa-se um anestésico tópico na região a ser tratada. Então, o roller passa para frente e para trás inúmeras vezes provocando microfissuras e perfurações na pele – e é aí que entra a minha conversa com a Carina. Me diga uma coisa, cara leitora: você compraria um aparelho desses e faria este procedimento em casa? Acho que não, né? Pois tem gente fazendo isso. E mais: há clínicas que se dizem profissionais reutilizando o aparelho.
HÃ?
Também fiz essa cara. Sim, é verdade. Tem clínicas reutilizando o aparelho que, ao final de uma sessão, está contaminado com sangue e tecidos da pele da paciente. Serviço de utilidade pública: o aparelho de Dermaroller é des-car-tá-vel. Não pode ser reutilizado. Depois da sessão vai para o li-xo. Outro alerta: o procedimento não deve ser feito em casa. As agulhas furam mesmo a pele e é preciso garantir que não haverá contaminação. É um procedimento que san-gra. Se você, querida leitora, ouvir o conto de que seu aparelhinho ficará guardado na clínica para próximas sessões, fuja. Saia correndo.
ENTENDEU?