Sexta-feira passada, fiz mais um dos meus exames de rotina, realizados a cada seis meses. Este chama-se Dermatoscopia Digital e trata-se de uma microscopia de superfície, que permite avaliar pintas no corpo com uma lente que aumenta de 20 a 70 vezes o tamanho dos sinais.
Desde que um melanoma me pegou absolutamente de surpresa, em fevereiro de 2013, me vi obrigada a inserir exames periódicos na minha vida, que vão de exames de imagem a exames de sangue Na dermatoscopia digital, graças à ampliação de cada sinal, é possível visualizar a estrutura da pinta. A partir disso, o médico pode definir que tipo de tratamento será realizado.
Nesta minha última consulta, ao comparar todas as pintas de seis meses atrás com o estado em que se encontram hoje, a médica chegou à conclusão que uma delas, nas costas, está ativa demais, mudando de forma e de tamanho, e é preciso que seja removida.
SERÁ MINHA DÉCIMA SEGUNDA CICATRIZ
É a dermatoscopia digital que define, entre todas as pintas, quais correm o risco de se tornarem um câncer – e se devem ser extraídas ou apenas acompanhadas com o passar dos anos. Costumo falar bastante sobre isso porque acho importante essa conscientização, sobretudo agora que o verão está chegando – e o sol vem com tudo. Na minha opinião, os meios de comunicação em geral não dão a devida importância à gravidade do diagnóstico do melanoma cutâneo, uma vez que é o câncer que mata mais rápido quando não diagnosticado a tempo.
A vantagem (se é que se pode falar em “vantagem”) de um melanoma em relação a tumores em outros orgãos internos é que ele é visível – se formos minimamente observadores do nosso corpo, conseguimos perceber no início algum sinalzinho que aumentou de tamanho, ou que coçou, ou que não existia e simplesmente apareceu do nada. A partir daí buscar a ajuda médica necessária para removê-lo é imperativo.
As pintas são genéticas, mas a sua transformação em um câncer está bastante relacionada com a exposição à radiação solar ultravioleta – que é cumulativa – durante toda a vida. Como o verão está batendo na nossa porta, acho muito importante fazer este alerta. Setenta por cento dos melanomas nascem em áreas do corpo com muita exposição ao sol, e 30% provém de pintas já existentes. Muitas pessoas encontram uma pinta no corpo e não se preocupam, acham que é apenas um sinal sem importância. E se não for?
Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e no mundo e corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 4% deste tipo de câncer. Apesar disto, é o mais grave, devido a sua alta possibilidade de metástase. Daí o porquê de matar tão rapidamente caso não seja feito o diagnóstico precoce.
TODO MUNDO DE OLHO NAS SUAS PINTAS E NO SOL, OK?
Ótimo, então. Me sinto no dever de fazer minha parte e alertar. Pois bem, na sexta-feira passada, ao sair da dermatoscopia digital ali na CliniOnco, na Rua Dona Laura, caminhava em direção ao Brig’s para comprar uma caixa de brigadeiros para trazer para a redação e topei com o Brig’s fechado.
UUUPS… E AGORA, PENSEI?
Imediatamente lembrei que havia alguma outra loja especializada em brigadeiros ali pela volta – e foi quando fui apresentada ao mundo maravilhoso da Saint Chocolat Brigadeiro Gourmet.
Olha!
NÃO PARECE UMA CASINHA DE BONECA?
É um amor de lugar. Uma casinha pequenininha e azul, que dá a impressão de estarmos entrando em um conto de fadas
Sentei numa mesinha e esta era a vista que eu tinha da Rua Dona Laura, enquanto esperava meu brigadeiro de chocolate amargo e a encomenda de 50 brigadeiros tradicionais. Por sorte, havia estoque. A funcionária me disse que o melhor é não arriscar e fazer encomenda por telefone. Mas como eu não sabia…. Acabei dando sorte!
NHAM NHAM!
Meu brigadeiro de chocolate amargo!
A vitrine tentadora com alguns dos muitos sabores: ao leite, banana, branquinho, cacao, mélange, nibs, noir, tradicional, cereja, laranjinha, limão siciliano, manjericão, maracujá, melão, morango… E por aí vai!
Quadrinho na parede com a #ficaadica do dia
Foi uma experiência maravilhosa aqueles minutinhos que passei ali. Parecia que havia sido transportada para outro mundo, silencioso e com aroma do melhor chocolate. A funcionária perguntou se eu gostaria de escolher os sabores dos 50 brigadeiros, mas eu optei por comprar os 50 brigadeiros todos de sabor tradicional. Não me arrependi. Apesar de tradicionais, são feitos com chocolate belga, ela disse.
As gurias amaram e a aprovação foi unânime. Como fui a única a provar o amargo e o tradicional, venho por meio desta afirmar que o tradicional é melhor. A funcionária que me atendeu também disse que é o seu favorito. E assim, nesta manhã chuvosa de terça-feira, com um animal azedo de odor e de espírito pelo passeio que ainda não aconteceu por motivos óbvios, me despeço para fazer algo necessário a alguém que descobriu o mundo maravilhoso da Saint Chocolat.