Tem um frase que li em certa ocasião, acho até que estava tentando me distrair dentro de um maldito avião, que nunca mais esqueci, que já compactuava e que, depois daquele dia, passei a nunca mais deixar de aplicar: “Cabelo preso é sinal de educação e consideração para com a anfitriã da festa”.
Sempre achei mulheres que optam pelo cabelo preso em festas de gala muito mais elegantes do que aquelas que, por mais lindo que seja o cabelo, preferem ir ao evento com ele completamente solto. Separei algumas imagens para ilustrar minha teoria.
Olha!
DIANE KRUGER
Tente fazer o exercício de imaginá-la com o cabelo solto. O brinco lindo com certeza não apareceria – e o cabelo ficaria tumultuando essa parte tão linda do decote que traz uma manga caída e outra sobre o ombro
E agora, olhando esse lindo vestido da Diane Kruger, lembrei de um vestido que eu tenho, que amo de paixão, que usei em um casamento e também na sessão de autógrafos do meu primeiro livro Peregrina de Araque, na Livraria da Travessa, no Rio (escolhi a cor do vestido por ter o tom parecido com o da capa do livro).
Olha!
NA MESA DE AUTÓGRAFOS DA TRAVESSA
Que saudade! Acho tão linda esta foto… E a cor do vestido combinando com a capa do livro, que tal? E o meu cabelo preso? Sim, eu já tinha lido aquela frase no avião
E como agora lembrei da minha peregrinação na Travessa, também lembrei de um dos dias mais emblemáticos da minha vida e preciso recordar outra vez.
A DANUZA LEÃO NA MINHA FILA!
Olha!
BEST FRIENDS!
Sobre cabelos presos, vamos continuar com a musa Diane Kruger.
Olha!
Com outro coque, desta vez mais bailarina. Eu, particularmente, prefiro coques um pouco mais frouxinhos. Mas eu não sou Diane Kruger, que fica bem de qualquer jeito. Aqui, façamos de novo aquele exercício de imaginar o cabelo solto com este modelo de vestido. Muita informação, vai dizer?
Quando falo em cabelo solto em noite de festa, lembro logo de Angelina Jolie. Angelina Jolie tem todos os recursos do mundo (cabelo, corpo, boca, olhos) para arrasar em um red carpet. E muitas vezes sinto que ela deixa a desejar. Então, me fixei em algumas imagens da atriz para tentar entender como havia chegado a esta percepção. Conclusão: o cabelo! Por mais lindo que seja o vestido, o sapato, a bolsa, sinto que Angelina preocupa-se pouco com o penteado. Tenho exemplos do que estou falando.
Olha!
Me digam se Angelina Jolie precisa usar um vestido sem decote com cabelo solto? Ficaria muito mais elegante com um coque, uma trança, um rabo de cavalo. Quando usamos uma blusa ou vestido fechado até o pescoço, logo temos que pensar em tirar o volume do rosto – e isso conseguimos prendendo o cabelo.
Vamos fazer mais um exercício: um rabo de cavalo alto ou mesmo um coque podrinho e um belo brinco de diamante negro, que agora está na ultimíssima moda: não ficaria muito mais sofisticado?
Me dei ao trabalho até de procurar alguns exemplos ilustrativos para convencer Angelina de que ela precisa dar mais atenção para o cabelo que escolhe exibir nas festas black tie. Angie, por favor, olha só o exemplo da Cate Blanchett.
Cabelo preso e o brinco que eu queria que tu usasse com o teu vestido, Angie! Não fica muito mais elegante? Claro que fica!
Ok, mas eu comecei a falar tudo isso e na verdade não era sobre isso que eu queria falar. Muito menos dar lição de estilo para Angelina Jolie. São apenas dicas! Queria mesmo falar sobre um livro que acho muito interessante e instrutivo de ter em casa e mesmo de presentear. Chama-se Vestida para a Noite e foi escrito por Kate Young, personal stylist que tem entre suas clientes Natalie Portman e Michelle Williams. No livro, Kate analisou os figurinos de cinema para chegar a cinco tipos de vestidos considerados universais.
Vamos a eles?
PRETO BÁSICO
Preza pela sutileza e elegância e tem efeito curinga. Diz Kate: “Você pode usá-lo em qualquer época, em qualquer idade e em quase todas as ocasiões. É essencial no guarda-roupa de toda mulher”. Um dos trunfos do pretinho básico é que ele alonga qualquer silhueta. O outro trunfo é que o preço pode ter sido bem camarada, mas ninguém nunca saberá quanto custou e, na maioria das vezes, ele pode parecer muito mais caro do que realmente é. Dificilmente, isso acontece com outras cores como o vermelho, exemplifica a autora.
VESTIDO COQUETEL
Uma frase de Kate resume bem este vestido: “É relaxado a ponto de você não ter que se lembrar a cada minuto que está com algo excepcional e chique o bastante para poder lançar mão de acessórios poderosos, saltos vertiginosos e batons de cores fortes”. O modelo popularizou-se com Audrey Hepburn no filme Bonequinha de Luxo. “Ela é uma perfeita cocktail girl. Está sempre bem vestida, usa lindos sapatos e adora uma joia”, conclui Kate Young
BLACK-TIE
Adorei a seguinte comparação: “a discrição está para o pretinho básico como fogos de artifício estão para o black-tie”. Kate Young diz que não há exemplo mais clássico de um black-tie do que o tomara que caia usado por Grace Kelly no filme Ladrão de Casaca. São noites especialíssimas, como um baile ou um casamento, em que modelos volumosos, tecidos nobres, sapatos brilhantes, pedrarias, bordados e fascinators saem do closet. “Nessas ocasiões, todas as mulheres gravitam ao redor de alguns clássicos, como os vestidos com corpete e saia ou longos”, observa Kate
LOOK SEXY
O quarto clássico da lista de Kate Young é o modelo sexy: “A parte exposta é tão importante quanto a coberta”, ela diz – e eu concordo piamente. Para a autora, o momento mais sexy do cinema foi protagonizado por Sharon Stone em Instinto Selvagem, na cena do interrogatório. Sem calcinha e a bordo de um micro vestido justo e branco, ela cruza e descruza as pernas. Apesar disso, com exceção das pernas, o corpo da atriz está coberto por mangas longas e gola alta. É exatamente para isso que a autora alerta: para este jogo de esconde-e-revela. “Para ter equilíbrio, apenas uma parte do corpo deve estar à mostra por vez. Se as costas estão expostas, a parte da frente tem que estar fechada”, ensina a stylist
TIPO FASHION
O quinto modelo eleito por Kate é indicado para quem gosta de correr riscos. Ela lembra a escolha da cliente Michelle Williams para o Oscar 2006. O longo amarelo da estilista Vera Wang recebeu críticas e elogios de mesma proporção. Kate ensina: “Quando eu e uma atriz decidimos que seu look será fashion, aconselho-a a fingir que está desempenhando um papel”, diz.