Vinho azul é leve, frutado e uma delícia de beber gelado. Será que a moda pega?

Você aí, bebedora de vinho convicta, já conhece o vinho azul? Sim, isso mesmo. Vinho azul! A bebida foi uma febre no verão europeu, especialmente nas praias espanholas, onde causou alvoroço na preparação de drinks ou nas degustações entre amigos e à beira do mar. Agora, às vésperas da chegada do verão, fica a dúvida: será que a moda vai pegar por aqui?

Fomos em busca de mais informações sobre este ilustre desconhecido entre nós. Descobrimos que o primeiro vinho azul foi o Gik, inventado justamente na Espanha, há mais ou menos um ano, por um grupo de jovens empreendedores, que, em parceria com um instituto de pesquisas enológicas ligado à Universidade do País Basco criou a fórmula. O Gik, na verdade, é um vinho branco, feito de algumas castas comuns na Espanha como chardonnay e albariño, que tem uma média de 11,5 graus de teor alcoólico e sabor adocicado. Ele fica azul pela combinação de dois pigmentos: um deles, a antocianina, está presente naturalmente na casca das uvas tintas, e outro, que dá o tom de anil, é um segredinho do fabricante.

Blue wine, GikGIK, O PIONEIRO DOS VINHOS AZUIS
Apesar da doçura presente no paladar, o vinho não tem adição de açúcar – somente os açúcares presentes na uva. O resultado dessa invenção é leve, frutado e ideal para ser bebido geladinho ou com pedras de gelo, na beira da praia ou na piscina.

Na carona dos guris espanhóis, algumas outras fabricantes também investiram em produtos com essas características. Um exemplo é a vinícola portuguesa Aliança, tradicional produtora de vinho verde, que lançou seu rótulo azul. É um vinho branco, feito a partir das uvas azal, arinto e fernão pires (castas típicas de Portugal, que servem de base para os vinhos verdes). Ao contrário do seu correspondente espanhol, este português é seco e não apresenta sabor adocicado. Mas é igualmente leve, frutado e ideal para ser bebido geladinho.

+MARI KALIL: Só vinho azul feito com corante de jeans pode amenizar uma reunião de condomínio

Outras vinícolas, todas europeias, também têm se aventurado na fabricação dos azuis.
O sommelier Vinícius Santiago promoveu, recentemente, uma degustação com vinhos exóticos, entre eles os azuis. Espia só algumas variedades de azuis que andaram circulando nas taças do verão europeu!

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Diz Santiago:

– Exceto pela cor, são como outros vinhos brancos. O português Casal Mendes, por exemplo, é muito semelhante ao vinho verde tradicional, muito leve, aromático e frutado, com uma discreta presença de gás, o que ocorre naturalmente neste tipo de vinho. O corante azul não interfere em nada na experiência olfativa e no paladar da bebida – revela.
Santiago dá dicas de como degustar os azuis:

vinho-azul8O PORTUGUÊS CASAL MENDES: SEMELHANTE AO VINHO VERDE

O sommelier finaliza:

– Devem ser bebidos gelados ou até com uma pedrinha de gelo e harmonizam bem com canapés, saladas e comida japonesa, como sashimi. São perfeitos para o verão.
Agora, a boa e a má notícia: uma garrafa do vinho azul custa, em média, 10 euros, precinho camarada que corresponde a mais ou menos R$ 40; os rótulos, porém, ainda não existem nas prateleiras das lojas brasileiras. É preciso comprar pela internet – o que acarreta em taxas e tempo de espera.

  • Patrícia Lima, especial para o site MK
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