Senhoras e senhores, adivinhem onde começou nosso primeiro dia de férias? Onde será? No Parcão, obviamente. Hoje de manhã, abri um dos olhos e pensei: “Que dia é hoje? Quinta…. Não preciso levantar para abrir a porta para a Rosa…. O que tenho hoje de manhã? Quinta…. Quinta…”. Foi quando dei um salto da cama e quase me pendurei no lustre quando lembrei.

ESTOU DE FÉRIAS!

SAIU SALTITANTE E SURTADA PELA CASA

Bento sempre exagera. Obviamente, ao ouvir a frase “estou de férias”, o animal começou a chantagem pelo passeio no parque sem hora para acabar. Mas tínhamos um compromisso, sim. Aliás, três. O primeiro era ir até o Sexton cortar a franja. Sim, para desespero da minha mãe que suplica para que eu deixe a franja crescer (ainda vou entender qual é a birra dela com a minha indefesa franja), fui lá, sentei na cadeira, Bento ficou à espera embaixo do banco e cortei de novo.

Olha!

NÃO BRIGA COMIGO, MAMINHA!

Edson, que corta a minha franja, deu uma boa ideia: “Mari, se quiser deixar crescer, deixa no verão, que é mais fácil, que a testa fica mais suada e tu pode prender e tal. Agora, curte a franja”. Sim, vou curtir a franja (de férias com a mãe…). Saímos do Sexton e voltamos caminhando até o parque. Bento, como de praxe, parou ao lado do carrinho de água de coco. Dividimos um copinho médio, entramos no carro e deixei o animal para tomar banho e pegar o atestado para viajar.

Para quem tem animal de pequeno porte e deseja levar consigo no avião: a TAM é a única companhia aérea nacional que aceita até três cachorros na cabine, junto com a gente. Tem que pegar com a companhia as medidas exatas da casinha, para que eles não compliquem dizendo que é muito grande na hora do embarque. Também é preciso, no ato da reserva ou da compra da nossa passagem, reservar lugar para o animal. A confirmação leva em torno de 48 horas porque a companhia precisa checar se já existem outros cachorros ou gatos na cabine. Detalhe: se já existe um gato reservado, cachorros são proibidos – e vice-versa. Para viajar, basta pedir ao veterinário um atestado de saúde, que deve ser apresentado no balcão da TAM junto com a carteirinha de vacinação em dia.

Eu não gosto de despachar o Bento. Por isso, só viajo de TAM. Fico nervosa e sei que ele fica também. Na cabine, não preciso dar nenhum tipo de remédio, pois ele acostumou desde muito cedo a ficar quietinho na casinha perto de mim. Hoje, como já tem 13 anos, nem me passa pela cabeça mandá-lo no porão. Quando era mais novinho, e eu não tinha alternativa, cheguei a despachar. Mas dei por encerrado quando chegou tremendo feito vara verde ao saguão da Gol depois de uma viagem ao Rio.

TENHO MILHAS DA TAM

Daqui a pouco, às 14h, busco o animal no banho e vamos direto fazer o exame cardiológico para ver esse coraçãozinho dilatado. Espero que não seja nada demais. Então, será a hora fatídica de arrumar a mala. Existem destinos que pedem malas diferenciadas. O que quero dizer é que a mala que levo para São Paulo não é a mesma que levo para o Rio nem para Punta del Este, por exemplo. O Rio requer mais sapatilhas, rasteirinhas, shortinhos, camisetinhas e alguns casquinhos.

E BIQUÍNI

Como pode, uma pessoa como eu, que não gosta de praia, gostar de usar biquíni? Quem gosta de praia já tem suas ressalvas em relação a biquíni, que dirá quem não tem a menor vontade de ir à praia? Não existe dinheiro mais desperdiçado para mim do que ter que comprar biquíni. Imagina ter que comprar uma coisa que você detesta usar para ir a um lugar onde você não faz a menor questão de ir? Por essas e por outras meus biquínis datam de 2005.

Sim, em 2005, nos meus idos tempos de carioca da gema, quando curtia uma praia (sim, um dia eu gostei de praia), comprei uma leva de bons biquínis. Comprei bons biquínis de propósito, para que durassem 20 anos e eu não precisasse, por um bom tempo, entrar num provador no inverno para experimentar biquíni branca feito um bicho de pêssego. São esses biquínis de 2005 que colocarei por baixo da roupa para fazer de conta que vou à praia.

Já sapatilhas me encantam – e agora cheguei na parte do post que eu queria: minha investida na Território do Sapato, ali na Benjamin Constant, no sábado passado. Eu queria muito comprar um scarpin preto de salto baixo. Pensei onde poderia ir além de um shopping center. Lembrei que nunca havia estado na Território do Sapato e achei que valia a pena conhecer.

EU FUI JUNTO

Bento foi junto, mas como era proibida a entrada de animais, ficou me esperando na porta.

ELA NÃO SAÍA MAIS DE LÁ DE DENTRO

De cara, encontrei o scarpin que havia imaginado. Salto médio, superconfortável, pretinho, bico fino. Sabe quando a gente imagina uma coisa e ela se materializa perfeitamente na nossa frente? Foi o que aconteceu. Separei o scarpin e vi que havia scarpins de outros modelinhos – com salto anabela e com salto quadrado. Então, me deu um nó na cabeça. Deveria levar o scarpin dos meus sonhos e mais um? Por via das dúvidas, deixei os três separados.

SAÍ CAMINHANDO E PENSANDO PELO CORREDOR…

Caminhando e pensando, entrei no segundo corredor de sapatos de número 37. A coisa piorou. Porque daí encontrei uma sapatilha rasteirinha que era tudo que eu precisava para ser feliz. Estou num momento sapatilhas de bico fino e scarpins de bico fino porque percebi que ajudam a alongar a perna e, consequentemente, a silhueta. A sapatilha que eu vi era tudo o que eu podia querer para trabalhar e sair de férias. Coloquei no pé. Ficou perfeita. Só que existiam mais duas cores diferentes.

FIQUEI MUITO CONFUSA

Tirava uma, colocava a outra, tirava a outra, colocava a outra, espiava o Bento na porta, voltava para os scarpins, tirava um, colocava o outro…. Até que chegou um momento em que já não me entendia mais. Resolvi fazer conta. Para piorar, os preços da etiqueta estavam ótimos. Tudo aquilo valia muito a pena.

Foi então que de repente, não mais que de repente… O vendedor se aproximou.
– A senhora está sabendo da nossa promoção?
– Sim, é o preço da etiqueta, né?
– Não, além da promoção da etiqueta, tem mais descontos. Esta sapatilha que a senhora está no pé, por exemplo, está com a etiqueta vermelha. Se a senhora levar três modelos de etiqueta vermelha, a senhora paga R$ 99,90 pelos três.

O QUÊ???!!!!

Mas não precisou falar duas vezes. Na mesma hora não tive mais dúvida nenhuma. Coloquei minhas três adoradas sapatilhas de bico fino e etiqueta vermelha na sacola. Parti para o momento scarpins. Àquela altura, eu já tinha separado dois pretos, um burgundy e um azul marinho. Pior é que tudo valia a pena. Mas era demais. Então, resolvi pegar o scarpin dos meus sonhos e mais o modelinho de salto quadrado azul – e saí me despencando para o caixa sem olhar para trás. Cálculo final da compra: R$ 250 por 5 pares de sapatos.

MOSTRA AS FOTOS

Sim, sim, sim. Tirei fotos no sábado mesmo aqui em casa.
Olha!

JÁ PASSEI 10 MINUTOS TENTANTO VIRAR A MALDITA DA FOTO E NÃO CONSEGUI….
Esta é uma das três sapatilhas iguais. Ainda que virada, dá pra ter uma ideia, né?

OBRIGADA, SENHOR, UFA, ESTA SAIU DIREITO!
A mesma sapatilha, mas de outra cor (olha ali a famosa etiqueta vermelha!). Achei boa para usar com blusinha preta, cinza, branca… A azul de cima já usei na ida para entrevistar a Juliana Paes e ficou linda com jeans!

CONSEGUI VIRAR A FOTO!!
Este é o scarpin sonhado; aquele ali ao fundo é o Bento lambendo as patinhas

ESTE É O SALTINHO SO SCARPIN
PER-FEI-TO!

A FOTO ESTÁ VIRADA, MAS NO FIM FICOU MELHOR PRA VER O SALTO!
Este é o scarpin azul, que quero usar com calças com a barra dobrada. O salto aqui é quadrado!

Fico devendo a terceira cor da sapatilha, mas acho que deletei sem querer e agora estou com preguiça de ir lá no quarto e fazer a foto de novo. Mas ela é crua, meio gelo, sabe assim? Uma coisa meio cobra. Sobre quantos sapatos eu pretendo colocar na mala para o Rio de Janeiro?

NÃO ME FAÇAM PERGUNTAS DIFÍCEIS