Eu ando meio assoberbada. Aliás, meio não. Eu ando bastante assoberbada. Aliás, eu acho que nunca estive tão assoberbada na minha vida. Ontem, por exemplo. Ontem, eu perdi meus óculos de grau dentro de casa. Estava muito bem trabalhando com ele, levantei para servir o almoço do animal, que não parava de berrar de fome nos meus ouvidos, e, quando voltei… Cadê os óculos que eu tinha deixado aqui? Cadê?

Voltei até a cozinha, fiz um zilhão de vezes o mesmo trajeto, fui até o quarto, pensei que pudesse estar alucinando e que talvez estivesse trabalhando sem óculos até então – e que ele poderia ter ficado na mesinha de cabeceira. E nada e nada e nada. Absolutamente nada dos óculos. Resolvi me acalmar, sentar no sofá da sala e pensar. Refazer mentalmente todos meus movimentos. Apoiei os dois cotovelos nas duas pernas, as duas mãos no rosto e fiquei olhando para o chão, com cara de desolação, tentando compreender que raios havia, afinal, acontecido com meus óculos.

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Foi quando o Chico apareceu na sala.
– O que aconteceu? – perguntou.
– Estou fazendo uma retrospectiva da minha manhã – respondi.
– Por quê? – ele quis saber.
– Porque perdi meus óculos, já procurei por tudo e não consigo saber onde deixei – respondi.
– Teus óculos de sol? – ele quis saber.
– Não, meus óculos de grau – respondi.
– Este na tua cabeça?

HEIN??!!

Fui tateando devagarinho o topo da minha cabeça, meio com medo de constatar a verdade. Mas era verdade.

ESTAVA NA MINHA CABEÇA!

ELA É MUITO CAÓTICA

Eu não sou muito caótica. Eu ando meio caótica. O episódio dos óculos foi educativo. Serviu para que eu percebesse como ando suscetível a estímulos externos, sobretudo vindos das redes sociais. Não sou da geração high tech. Não nasci com os dedinhos no iPad, portanto, não é natural para mim viver e existir simultaneamente em um mundo real e virtual.

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Os apitos e avisos e notificações de Facebook, Instagram, Snapchat, WhatsApp, tudo ao mesmo tempo aqui e agora no meu celular e no meu computador, aliados às demandas da casa, do trabalho, do marido, dos cachorros, da família e da vida aqui do lado de fora acaba tumultuando minha mente de tal forma que acabo perdendo os óculos na minha cabeça, a chave de casa dentro da bolsa, o controle da garagem dentro do carro – só para ficar em três exemplos.

ELA É MUITO CAÓTICA

Refletia sobre a instalação do caos no meu espírito quando recebi um email da Carina Borges, minha nutricionista querida e amiga da Turma da Mari. Eu acredito em sintonia de energias – e Carina e eu temos uma sintonia muito boa. Ela dizia no email que gostaria de me apresentar um tratamento que achava que eu adoraria, que era a minha cara: Drenodetox.

PRECISO AGORA!!!

Nunca tinha ouvido falar, mas eu tinha certeza que era a minha cara e que me faria muito bem. Se a Carina, que me conhece há mais de ano, tinha dito que era a minha cara, então era a minha cara. Ponto. Fui pesquisar a respeito. Trata-se de uma massagem redutora (adoro!) que ajuda a desintoxicar o organismo (adoro!). Às 18h30min em ponto, lá estava eu, feito cachorro com a língua de fora hipnotizado na frente daqueles fornos de frango assado de padaria, entusiasmadíssima com a expectativa da experiência.

MAIS OU MENOS ASSIM

Fui recepcionada pela Vanessa, que me esperava com uma maca aquecida com lençol térmico (não pode existir coisa melhor, vai dizer?!). Ela explicou que a Drenodetox é uma massagem que ajuda o organismo a eliminar o excesso de líquidos que acumulamos em várias partes do corpo, como pernas, braços e abdômen. Achei a teoria semelhante à da drenagem linfática e quis saber qual era a diferença. Entendi logo no primeiro toque de Vanesa.

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Enquanto a drenagem linfática é mais lenta e suave (o que me incomoda um pouco), a Drenodetox é mais dinâmica – e também dedica-se a estimular o sistema linfático para que as toxinas sejam eliminadas. Não chega a ter a agitação da massagem modeladora (sim, já fiz todas…), mas o efeito final é bastante semelhante: sensação de corpo mais enxuto, sem aquelas gordurinhas saltando para os lados, sabe assim?

 ESSA DESGRAÇA AQUI, Ó

O que também me conquistou na Drenodetox (sim, fui conquistada) é a possibilidade de relaxamento que ela proporciona. Entrei na sala da Vanessa com a sensação de óculos perdido na cabeça e saí de lá, uma hora e tanto depois, com a sensação de ter colocado quatro Rivotril embaixo da língua.

ELA É MUITO HIPOCONDRÍACA

Cheguei em casa à noite em outro ritmo. Jantei, sentei no sofá em frente à TV e fui pesquisar mais sobre a Drenodetox. Li que se trata de uma descoberta recente de algumas globais, como Bruna Marquezine e Fernanda Sousa – e que a técnica foi criada pela esteticista paulista Nany Mota (Vanessa já tinha me comentado a respeito, inclusive, fez o curso com ela). O objetivo inicial de Nany não era inventar uma técnica para fins estéticos.

– Era pra ser uma coisa relaxante mesmo, inspirada na massagem clássica e na Ayurvédica, mas conforme eu fui fazendo nas minhas clientes, elas começaram a me relatar resultados incríveis – contou Nany ao site Pure People.

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Outra coisa que gostei: a gente não sai melecada da sessão, uma vez que o produto utilizado é gel e em pouca quantidade. Foi Nany que apresentou a massagem à Fernanda Sousa poucos dias antes do casamento da atriz com o cantor Thiaguinho. (Sim, este é o momento revista Caras do post).

– Fernanda veio fazer uma limpeza de pele comigo e, após o procedimento, eu perguntei se poderia fazer uma massagem pra ela conhecer. Ela topou e ficou encantada com o resultado. Na semana do casamento, ela quis fazer todos os dias – contou Nany ao site.

Olha!

NESTA FOTO POSTADA PELA ATRIZ, ELA MOSTRA A DIFERENÇA DA PERNA ESQUERDA (QUE RECEBEU A MASSAGEM) PARA A DIREITA

MOSTRA A TUA FOTO

Eu também fiz fotos do antes e depois e também percebi diferença. Não tão acentuada como a da Fernanda Sousa, mas tem diferença, sim. Só que não vou mostrar.

POR QUÊ?

Porque não. Porque é algo íntimo, só meu, para meu controle e que eu não preciso ficar compartilhando com ninguém.

POR ISSO QUE TU NUNCA VAI SER FAMOSA