Estudei balé durante 10 anos. Na minha época, aqui em Porto Alegre, havia duas grandes escolas: a Maria Cristina Flores Fragoso e a Maria Cristina Futuro. Eu era aluna da primeira. Era uma boa aluna, mas longe de ser brilhante. Como boa aluna, nas apresentações de fim de ano, eu até era colocada à frente do palco nas coreografias, mas jamais me deram um solo para fazer. Como cheguei em idade precoce à etapa de fazer a ponta, a professora me mandou voltar dois anos, sob pena de comprometer meus pés no futuro. Aí eu me desmotivei, achei que já estava de bom tamanho a experiência com o balé. Fui jogar vôlei no Farroupilha.
Não sei se é daquela época aparentemente lúdica que guardo uma certa paixão por sapatilhas. Eu amo essas flats com todas as minhas forças. Por mim, viveria de sapatilhas. E pode apostar: o dia em que não estou usando uma sapatilha é porque me obriguei a colocar outra coisa no pé. Não por acaso, vivo bisbilhotando sobre novas grifes de sapatilhas – o que já deve ter ficado um pouco óbvio no Por Aí do Donna. Vira e mexe, tasco uma nota sobre ballerinas.
Neste domingo, no jornal, falo sobre a graça da Pretty Ballerinas, marca espanhola que contabiliza 90 anos de história e é a paixão da top inglesa Kate Moss.
Também adorei conhecer a Anna Baiguera, marca criada pela ex-bailarina Anna Baiguera, que cria sapatilhas com pele de cordeiro curtida em castanhas e tanino, o que garante risco zero de alergia. Sem falar nas palmilhas, desenvolvidas para facilitar a transpiração dos pés. O site é lindo, e tem um modelo mais incrível do que o outro.
Repara na graça da embalagem, com fitas que imitam as sapatilhas de balé. As fitas sempre combinam com a cor da sapatilha
Outra grife que gosto demais é a da designer Tatiana Loureiro, com bicos redondos, quadrados, pontudos; lisas ou com aplicações. Tatiana entende da coisa, é uma ex-bailarina. Possui vários pontos de venda no país. Todas podem ser customizadas.