São tantas novidades e emoções que nem sei por onde começar. Deveria começar pelo passeio pelo Vale dos Vinhedos. Já vai fazer um mês que estivemos por lá e eu ainda não tive a dignidade de copiar as fotos para o computador, cortar, redimensionar, postar e escrever.
Além de loser, sou uma pessoa que não cumpre promessas, uma vez que prometi para as gurias e para a Ana Luisa que neste fim de semana eu faria o post e não fiz.
Como também sou bastante cara de pau, em cima da promessa antiga faço outra promessa: até o fim da semana, de preferência até o feriado de quinta-feira, este post estará pronto. Agora, como estou na correria da segunda-feira, vou falar sobre a nova e primeira cevicheria de Porto Alegre.
Senhoras e senhores, com vocês…
Descobri a cevicheria por meio de meu marido que, como querido marido que é, vive ligado em novidades para me passar para que eu possa abastecer este querido blog. Estávamos passeando com o Bento no Parcão, no sábado, quando ele comentou que tinha ouvido no rádio sobre a Japesca começar a servir ceviches. Como abriu uma temakeria Japesca recentemente ali no Parcão, fomos lá perguntar se estavam servindo ceviches.
– Ceviche? – perguntou um atendente.
– Sim, ceviche – insistimos.
– Não é aqui, não – ele falou.
– Mas eu ouvi no rádio – insistiu o Chico.
– Mas não é aqui não.
CALMA, QUERIDO, TU NÃO ESTÁ OUVINDO COISAS
– Não é possível! – ficou o Chico com aquela pulga atrás da orelha. – Tenho certeza que ouvi sobre ceviches na Japesca.
– Deve ser na matriz do Centro e ainda não replicaram o atendimento para as filiais – respondi.
– É, faz sentido.
Continuamos nossa caminhada, fomos fazer esporte, aproximava-se das 5h da tarde e ainda não tínhamos almoçado. Como o programa era jantar em algum lugar com o Georginho e a Paulinha, queríamos apenas dar uma enganada na fome.
– Quem sabe damos mais uma volta com o cara e comemos um temaki ali na Japesca do Parcão? – sugeri.
– Acho uma boa ideia – disse o Chico.
Assim, nos dirigimos ao Japesca do Parcão. Fui informada que o atum tinha acabado, fiquei meio borocochô, mas pedi um temaki de shimeji. Mais uma cerveja. Mais um saquê. Chico foi de temaki de salmão. Não satisfeito com a resposta de que não havia ceviche nenhum, resolveu dar outra insistida, agora com a gerente.
Sim, tinha inaugurado havia três semanas a Japesca Cevicheria, voltada exclusivamente para a culinária peruana. Fica ali na Nilo Peçanha, passando o postinho do McDonald’, no posto seguinte, o BR.
Eram seis e meia da tarde, a cevicheria abria das 19h às 23h.
– Dá tempo antes de irmos jantar! Vamos, vamos! – falei.
– Vamos.
Eu estava maravilhada da vida. Há milênios venho rogando aos céus pela abertura de uma cevicheria em Porto Alegre. Me senti chegando ao paraíso.
– Queremos um Pisco e uma porção de Tequeños Japesca – pedi.
– O que é isso? – quis saber o Chico, que insiste em não levar os óculos para os restaurantes e, por conseguinte, não consegue ler o cardápio.
– São pasteizinhos recheados com ceviche.
Olha!
Olha o Pisco!
OOOOHHHHH!!!!
Sensacional!
Mudei todo meu conceito equivocado sobre Pisco!
– Vamos pedir o couvert – falei.
– O que tem no couvert? – quis saber o Chico cego.
– São aqueles chips peruanos feitos de mandioca que comemos no La Mar,
Garçom, pode trazer o couvert!!
OOOOOOHHHH!!!!!
Essas bolotas são milho peruano.
CORC CROC CROC
– Precisamos ligar pro Georginho e pra Paulinha virem pra cá – falei.
Chico ligou. Em meia hora eles chegaram.
O cardápio apresenta quatro tipos de Ceviche: Clássico (marinado no limão), Criollo (versão mais picante do clássico), Thai (marinado no limão com leite de coco tailandês) e Japesca (marinado no limão com maracujá). O quarteto fantástico resolver dar de valente e pediu quatro ceviches Criollo.
Olha!
OOOOOOHHHHHHH!!!!
Estão vendo esse monte de pontinhos vermelhos?
PIMENTA!!
Se é apimentado? Puuuuuffff. Paulinha sentiu pegar fogo em todo o rosto. Eu fui ao banheiro e estava virada numa cebola rocha, com as bochecas absurdamente coradas e a ponta do nariz ardendo em chamas. É muuuuito apimentado. Mas é bom. Mas eu não pediria de novo. Da próxima, vou de clássico.
ESTÁ APROVADA A CEVICHERIA, MARIANA?
Siiiiim!! Só tenho elogios à culinária da Japesca Cevicheria. Não foi por acaso que uma turma de cozinheiros peruanos esteve internada durantes alguns meses aqui em Porto Alegre treinando o pessoal.
Oi Mariana,
Devo te confessar que estou com um pouco de inveja dessas pessoas na tua sessão de autógrafos! Eu não estava na cidade e qdo soube que tu estavas em Caxias, quase hiperventilei!
Li teu livro e terminei em lágrimas. Meu marido, ao meu lado na cama, um pouco nervoso ao ouvir o meu pranto, perguntou se tinha sido o livro e eu respondi que sim, ele imediatamente me disse, um tanto louco,: – me daqui isso!!! Ele leu as últimas duas páginas e chorou comigo!!! Acho que pela noção simples de felicidade e de gratidão pela vida!!
Amei!!
Um bjo
Juliana