Sábado de manhã é o dia que tiro sempre para dar uma olhada com mais carinho para as plantas de casa, a horta incluída. Pois há umas duas semanas, eis que levanto, faço meu café, leio os jornais e vou para a varanda colocar a cabo minha faceta jardineira. É quando de repente, não mais que de repente….
MAS O QUE É ISSO?
FORMIGAS
Formigas, não. Formiguinhas. Daquelas desgraçadas e beeeem pequenininhas. Milhões, milhares delas se refestelando na minha sálvia, no meu manjericão, no meu coentro, em todas folhas e caules da minha horta. Fui acometida por um acesso de fúria instantânea. Sou daquelas pessoas que não consegue matar nenhum inseto de tanta pena. Sabe aquelas formigas saúva? Saio desviando na rua. Mas há duas espécies malditas que mato com prazer de assassina em potencial. Gosto de ver agonizando, sabe assim? São eles mosquitos e as tais formiguinhas.
Corri para o Google pedindo ajuda, pois não queria colocar veneno ou inseticida na horta. Digitei “como matar formiguinhas na horta”. Veio uma sorte de teorias e dicas. Gostei muito da técnica do limão (até porque tinha me excedido um pouco na compra de limões e andava precisando dar um segunda utilidade a eles). Indicava passar suco de limão nos caules e folhas. Tomei um banho de limão espremendo limão. E achei que ainda não era suficiente.
ELA NÃO PARAVA DE FALAR SOZINHA
Também resolvi seguir a dica da borra de café que havia sobrado na cafeteira. Espalhei borra de café pela horta inteira. Ficou uma lambança de suco de limão com borra de café. Continuei não achando o suficiente. Apelei para talco. Tinha ganhado de presente um talco ultra fedorento e ele estava lá, abandonado, sem saber a que dedicar sua vida. Pois arranjei um objetivo para o talco fedorento. Borrifei o tal do talco ao redor do caule das plantas. Para acabar de vez com aquela festa de formigueiro às minhas custas, enchi um borrifador com água e vinagre dei um banho de água com vinagre em toda a horta.
ELA CONTINUAVA FALANDO SOZINHA
Então, achei que estava de bom tamanho. Me aproximei e vi todas aquelas desgraçadas agonizado, umas de barriga para baixo, outras tentando escapulir por qualquer lado. Corri até a cozinha e peguei mais um limão para esfregar bem esfregado numa turma que achou que tinha escapado. Parti o limão ao meio, espremi em cima delas e depois fiquei esfregando aquele bagaço de limão naquelas malditas. Não sobrou uma para contar a história. Em seguida, chamei o Bento. Cumprida a missão, era hora, enfim, de passear. Onde estava o animal? Enfiado debaixo das calças do Chico dentro do closet. Só se via os dois olhos esbugalhados de fora.
ESTAVA COM MEDO DE SER A PRÓXIMA VÍTIMA