Descobri como fazer a pipoca perfeita!

Passadas 48 horas encerrada no bunker e escrevendo sem parar, achei que merecia uma pequena porção de pipoca para me distrair. Fui até a cozinha, enchi meia xícara de milho, coloquei um pouco de azeite no fundo da panela, esperei esquentar, despejei o milho, mexi para que se misturasse com o azeite, tampei a panela e esperei que começassem os estouros. Poc, poc, poc! Fazer pipoca é sempre uma caixinha de surpresas. Não sei se isso acontece com vocês, mas eu nunca tenho certeza se o milho todo vai estourar ou se metade vai ficar queimada no fundo da panela.

scared-womanÉ SEMPRE UM MOMENTO DE ANSIEDADE

Antigamente, eu fazia pipoca da mesma forma e estourava tudinho. Ando desconfiada que os milhos não são mais os mesmos. O que aconteceu foi que metade estourou e outra metade não estourou – e eu só soube disso quando esperei que terminassem os poc, poc, pocs e despejei toda a panela no prato fundo e…. Decepção total. Levei aquele decepcionante prato para o bunker e, enquanto relia o que havia escrito, comia um pipoquinha, relia, comia… Obviamente, não olhava para o que estava comendo, obviamente estava fazendo duas coisas as mesmo tempo – o que qualquer manual de pessoas com noção manda não fazer. E o que aconteceu então? O quê? O quê?

bento1ELA SOLTOU UM BERRO E ME ACORDOU

Coloquei um milho não estourado na boca. Mordi com força aquele milho. Ouvi um barulho forte seguido de uma dor aguda lá no fundo da boca.

mulher-doidissima1QUEBREI UM DENTE

bento1ELA CONSEGUIU QUEBRAR UM DENTE COMENDO PIPOCA

Cuspi aquele pedaço de dente na palma da mão e fiquei olhando para ele sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Eu, Mariana, 42 anos, casada, jornalista, eu que preciso fazer render cada minuto dos meus dias em prol da escrita de um livro, havia acabado de conseguir quebrar um dente com um maldito milho de pipoca não estourado. Conclusão? Passarei a manhã desta quinta-feira na cadeira da dentista.

mulher-doidissima1PROGRAMÃO

Para que isso não volte a acontecer de uma vez por todas e para que, das próximas vezes que eu fizer pipoca, todos os malditos milhos amarelos se transformem em esplendorosas pipocas branquinhas e rechonchudas, fui pesquisar como otimizar melhor os milhos na hora de fazer pipoca. Encontrei uma dica que parece óbvia, mas nunca tinha me ocorrido.

professoraPRESTEM ATENÇÃO

Até a parte de colocar óleo ou azeite de oliva no fundo da panela eu fiz certo. Então vem o truque: a dica é colocar três grãos de milho e esperar estourar. Apenas três. Quando o terceiro grão tiver estourado, é hora de retirar a panela do fogo e só então colocar o restante do milho. Daí, espera-se 30 segundos com todo o milho na panela e fora do fogo para só então levar a panela de volta para o fogão, mexendo um pouco e deixando a tampa um pouquinho aberta. Começam então os poc, poc, pocs.

:Na linha de chegada havia uma Original

Qual é a moral da história desse truque? O tempo que a panela fica fora do fogo permite que todos os grãos atinjam a mesma temperatura. Desta forma, todos passam a estourar ao mesmo tempo. Outro recado bem importante: não entupa a panela de milho. A quantidade de grãos vai depender do tamanho da panela. O ideal é que todos os grãos fiquem no fundo sem se sobrepor uns aos outros.

httpwpclicrbscombrporaifiles201211sacougifCAPTARAM?

mulher-com-celular-na-boca1AGORA ESTOU INDO CONSERTAR MEU DENTE

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

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