Na era do “Faça Você Mesmo, não é que a gente era punk e nem sabia?

De tempos em tempos, o mundo muda e passa a questionar seus rumos. Acho que estamos nessa agora, questionando o consumo, a política e tudo mais. Acontece que todo pensamento gera um movimento e, talvez, a gente esteja virando meio punk. Prova disso é o “Faça Você Mesmo”, que começou timidamente com os chefs em cozinhas gourmet preparando delícias dentro da casa do cliente em vez de o cliente pegar um carro, pagar estacionamento, entrar na fila de espera de um restaurante badalado, pagar os olhos da cara por um prato, mais 10% de serviço e ainda encarar um trânsito básico para chegar em casa.

A coisa continua com as mulheres que criaram manuais de beleza para ficarem lindas sem recorrer a profissionais, à produção de cervejas artesanais (eu conheço muitas pessoas que produzem as suas em casa), pães, arte, roupas…. (OK, a Bela Gil ensinou até a fazer desodorante, mas eu já acho demais).

bela-gil_1469423CONCENTRE-SE NAS PANELAS, BELA

Nessa fase de ir contra o sistema, tem gente que vende as roupas que não gosta mais e gente que topa comprar roupa de segunda mão porque saber dar valor ao próprio dinheiro (eu ainda não vivi esta experiência porque sempre lidei mal com dinheiro). Alguns brechós famosos ajudam muito nisso, mas eu recomendo o Enjoei e o Troca de Luxo – isso sem falar no Bom Negócio, OLX e afins. É um negócio que só cresce.

Claro que os sites e brechós ganham alguma comissão e, por isso, tem gente que vende via WhatsApp mesmo, criando um grupo de amigas e enviando fotos com descrição e preço. Também já vi amigas usarem o Instagram para promover o desapego. Seja lá como for, doe ou revenda suas roupas!

AgasalhosPASSE ADIANTE E RENOVE AS ENERGIAS

A última moda é a biblioteca de roupas, que já é sucesso na Europa e chegou agora a São Paulo. O nome é House Of Bubbles e tem o primeiro andar dedicado a um guarda-roupa compartilhado onde a cliente faz uma assinatura mensal de R$ 100 a R$ 300 e tem acesso a uma quantidade determinada de peças. O sistema pede que as roupas sejam devolvidas em 10 dias limpinhas (eles passam!). Que lindo, né? Tomara que vire a Blockbuster das roupas.

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Acredito que tenha mil caminhos que nos ajudem nesta nova consciência. Vou deixar vocês com uma história um pouco bizarra: uma alemã passou um ano inteiro sem comprar nada. Amigas, não estou falando de cortar o excesso, os gastos com sapatos, roupas ou alguma futilidade e itens repetidos. Ela passou um ano inteiro sem comprar NADAAAAAAA – e fez um livro chamado Apocalipse Now para compartilhar a história.

Deem uma lida neste link: www.hypeness.com.br/2014/07/alema-passa-um-ano-sem-comprar-e-relata-experiencia-em-livro/

E curtam a principal mensagem que a Greta Taubert deixa pra gente:

“Não é possível não consumirmos. Tudo o que fazemos está ligado à sociedade de consumo. Mas podemos lutar contra o lado perverso disto: o hiper-consumismo”.

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Camila Tavares

Camila Tavares

Camila Tavares é esposa e ma(boa)drasta. Mora no Rio de Janeiro. Formada em jornalismo e direito, pegou gosto pelos negócios digitais e hoje preenche seu coração com conteúdo e estratégia.

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