Me ajoelho diante do brilhantismo de Eduardo Pombal

Que lindo, lindo, lindo! Fazia tempo, bastante tempo, que não terminava um dia de desfiles e eu pensava: “Puxa, valeu a pena”. A edição de inverno do SP Fashion Week começou nessa quinta-feira com os dois pés direitos. Sim, porque não existiu pé esquerdo nessa estreia. Animale, Tufi Duek, Cori e Osklen fizeram, cada grife a seu estilo, apresentações dignas da relevância que têm para a moda nacional. Comecemos, pois, com…

ANIMALE


A top inglesa e agora atriz Rosie Huntington-Whiteley abriu o desfile com esse vestido que chegou a me dar taquicardia. É que estamos falando da aristocracia e dos czares russos, baby, entendeu? Tudo é puuuuuroo luxo. Eu não conheço a Rússia, morro de vontade de conhecer e, depois desse desfile, estou de joelhos esquecendo até meu pânico de avião e topando mesmo um lugarzinho na asa daquele trambolho só pra sentir de perto essa atmosfera incrível que a estilista Priscilla Darolt soube trazer para o inverno da Animale.

Fiquei bastante impressionada com o trabalho de prensa realizado no veludo, dando ao tecido textura de pele de avestruz (como se viu num terninho vermelho). O veludo aliás, foi a vedete e em diferentes tipos, como o devorê, molhado e cristal.

Saias transparentes e outras peças com transparência também tiveram muito espaço no inverno da Animale. Comprimento? O mídi reinou. O que eu acho dele? Complicado de usar. Mas vou dizer: se bem usado, não tem pra ninguém. Fica muuuuito feminino e elegante. Eu amo de paixão os sapatos de todas a coleções da Animale. Ahá!! Você nunca reparou nos sapatos nas lojas da Animale? Pois sugiro que faça isso já. Há sempre um design diferente, arrojado, inovador. Não preciso dizer que amei as sandálias!

TUFI DUEK

Foi, sem sombra de dúvida, o desfile mais mais do primeiro dia. E aposto já que será uma das grandes – se não a maior – revelações deste Fashion Week. Esses dias mesmo eu estava comentando sobre a evolução do estilista Eduardo Pombal à frente da marca Tufi Duek. Ele vem se superando a cada temporada e me deu a impressão de ter chegado ao topo com este desfile. Depois dos tribais da edição passada, Pombal sugere agora uma viagem ao futuro.

Pombal usou um livro do escritor Norman Mailer sobre a viagem do homem à lua nos anos 1960 e utilizou a obra como ponto de partida para criar a coleção de astronautas sexies. Diz ele:

– As peças são futuristas, mas também têm um quê de passado. As silhuetas se assemelham às formas de foguetes, são alongadas, rígidas e secas, mas com volume nas barras das saias.

Eu achei sensacional! Tudo! O comprimento, as listras verticais alongando o corpo, os tules e lamês bordados com elástico, a textura dos tecidos que faziam alusão à superfície da Lua…. Sabe quando nada está ali por acaso, quando tudo tem um porquê? Olha, podem escrever: Pombal vai mais longe, beeeem mais longe.

CORI

A Cori fez o que sabe fazer muito bem: uma moda contemporânea, para a mulher urbana e real, e cada vez mais identificada com a gaúcha. A grife segue buscando no sportswear sua inspiração. No verão, foi o tênis; agora, o hipismo. O que apareceu bastante? saia-lápis. E gosto muito. Também apareceu bastante o trabalho das estilistas Andrea Ribeiro e Giselle Nasser com o couro, que veio laminado, envernizado e até tricotado.


A Cori tem sempre essa pegada clássica mas com um toque conteporâneo que eu acho que combina muito com a realidade das mulheres normais.

OSKLEN

E então, para fechar o primeiro dia de desfiles, veio Oskar Metsavaht com a causa do meio ambiente. Nomeado embaixador da Boa Vontade da Unesco, ele aproveitou o momento para refletir sobre a questão sustentável do planeta e apresentou peças confeccionadas com tecidos orgânicos, como a seda ecológica, e com tingimentos à base de vegetais.

A transparência, tendência presente em praticamente todas as passarelas, também surge aqui. Sobreposição, uma marca-registrada da Osklen, não deixa de ser um dos destaques do desfile. O laranja, que tanto apareceu em acessórios (e somente em acessórios no Fashion Rio), agora, no Fashion Week, colore também o guarda-roupa. A Osklen mostrou isso bem.

Bom, como eu sou extremamente sincera aqui nesse blog, não vou ficar cheia de cerimônias. Estou podre! Poderia escrever mais? Poderia. Mas ia começar a repetir palavra e falar besteira, sabe assim? Nesta sexta, tem uma página inteirinha pra ser lida na ZH e apenas o segundo dia inteiro pela frente.

Segurem a minha mão e não me deixem só! Hahaha!!


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