Quem me conhece mais de perto, sabe que minha expressão não me deixa mentir. Não sei fingir. Se está tudo bem, está tudo bem. Meus olhos são espelhos da minha alma, os primeiros a entregar tal felicidade. Mas se está tudo mais ou menos…. Daí não me peça para disfarçar. Faço essa premissa para dizer que neste terceiro dia de SPFW, com trocentos desfiles a cada hora, estou com fadiga de falar de moda. Com fadiga justo na hora de falar da moda de Ronaldo Fraga.
FAZER O QUÊ?
Assim sendo, como não sei mentir, darei um breve panorama a respeito da inspiração do estilista mineiro e, nesta tarde de quarta-feira, sintam-se à vontade para tirar suas próprias conclusões.
EU NÃO CONSIGO MAIS CONCLUIR COISA ALGUMA
Inspirado no artista Cândido Portinari, Ronaldo Fraga apresentou uma coleção de verão em formas e volumes fluidos, que se revelam em decotes amistosos e cores fortes, como os tons de laranja e azul dos céus de Portinari. Fez uma homenagem a conhecida obra “Guerra e Paz”, que retrata a guerra nas imagens dos retirantes da seca, da injustiça social, da forma e da morte.
Me façam companhia e apreciem em silêncio!
Quem usaria isso?
Eu só acho que eles exageram no conceitual na passarela! Eles estão ali para se apresentar para lojistas e clientes, tem que ter uma cara mais comercial, mostrar o produto final. Me desculpe mas desfile de moda não é exposição de arte. Por isso eu bocejo ao ver isso! Melhor ver o que ele tem para mostrar quando as roupas estiverem nas araras das lojas. E se for isso que vai para as lojas, não vou nem comentar.
Ronaldo Fraga, #sóquenão
“Meus olhos são espelhos da minha lama, os primeiros a entregar tal felicidade.”
Como diria o maravilhoso André Dahmer: minha alma anagrama de lama
(: