Luiz Felipe Pondé quer manter o desejo em pauta. Em Guia Politicamente Incorreto do Sexo (LeYa), seu novo livro, a maior preocupação está na importância de falar sobre o relacionamento, o desejo entre duas pessoas, sem que haja a interferência de qualquer patrulha. Para ele, o que acontece entre quatro paredes não pode ser regido pela correção política – essa “forma de censura do pensamento, dos gestos e da linguagem”.
Na visão de Pondé, o terreno da vida sexual é onde o politicamente correto faz maior estrago. Trata-se de uma praga que “destrói, no campo do sexo e do afeto”. A obra é constituída pelo que ele chama de “aforismos imorais”, habitados por nomes como Marquês de Sade, Nietzsche, Freud, Karl Kraus, Nelson Rodrigues e, de outro lado, os “chatinhos e chatinhas” que seguem a cartilha do politicamente correto.
O narrador é um homem que, mais do que gostar de mulher, gosta de falar de mulher e sabe que tudo nela pode ser objeto de desejo. “A estupidez é assumir que essa frase exclui a alma ou qualquer coisa além do corpo. Tudo nela pode ser objeto de desejo”, escreve.
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Guia Politicamente Incorreto do Sexo é uma obra original e irreverente que tem, acima de tudo, a intenção de provocar e combater a caretice – como tudo o que Pondé fala e escreve.
PONDÉ PARTICIPA SEMANALMENTE DA BANCADA DO JORNAL DA CULTURA
Luiz Felipe Pondé é filósofo, escritor e ensaísta. Doutor pela Universidade de São Paulo e Université de Paris VIII, é também autor dos livros (Crítica e Profecia 2013), Contra um Mundo Melhor (2010), Guia Politicamente Incorreto da Filosofia (2012) e Filosofia da Adúltera (2013), todos publicados pela LeYa. Escreve semanalmente para a Folha de S.Paulo.
Guia Politicamente Incorreto do Sexo
Autor: Luiz Felipe Pondé
LeYa
228 páginas
R$ 39,90