O que será que famílias tão diferentes têm de tão igual?

Família é uma unidade básica da sociedade, um grupo formado por pessoas com laços de sangue e/ou com laços afetivos. O modelo conservador de família no Brasil prevê pai, mãe, filhos e suas extensões por laços sanguíneos. Mas o fato é que a realidade mudou, e outras configurações de família começam a ganhar expressão, como casais homo afetivos, pais solteiros, família de amigos, casais hetero afetivos sem filhos, entre diversas outras.

Todas essas mudanças nos modelos de família são bem polêmicas, pois envolvem questões de gênero e de identidade, liberdade sexual, liberdade de papéis sociais, liberdade econômica, liberdade de educação, liberdade, liberdade, liberdade. E é aí que o bicho pega, pois liberdade tem a ver com aceitar e co-existir com as diferenças.
Mas será que, apesar das diferenças, existe algo em comum nas famílias? Existe sim! E quem nos dá essa resposta é a arte da fotografia.

índice“1000 FAMILIES”: QUATRO ANOS DE ESTRADA PARA CLICAR A DIVERSIDADE

Lá nos anos 2000, o fotógrafo alemão Uwe Ommer percorreu o mundo durante quatro anos para fazer retratos de 1000 famílias. Seu trabalho, publicado em 2006, foi conceituado como um caleidoscópio humano, pela infinitude de combinações possíveis a partir da mesma e simples matéria: a família humana. Ele procurou registrar tudo aquilo que tem em famílias, como roupas, bigodes, instrumentos musicais, cachorros e gatos, crianças, tradições, adereços para o corpo, sorrisos, doses de homossexualidade, doses de heterossexualidade, poligamia, solidão e, sobretudo, e em todas elas: o amor.

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Seu trabalho nos mostra que a diversidade de famílias sempre existiu – só estava invisível aos olhos. Mais do que isso, a diversidade é justamente a beleza da humanidade. E o que une verdadeiramente as pessoas, independentemente do formato, é um sentimento. Temos em comum o mesmo desejo: estar e fazer juntos, querer trocar, e entendemos que os laços construídos são uma forma se sentir vivo. Queremos todos estar ligados, mesmo sendo diferentes. Sorte nossa que existe a arte para abrir nossos olhos.

Confere só as fotos que estão no livro 1000 Families, editado pela Taschen!

familia 1FAMÍLIA EM KUOPIO, NA FINLÂNDIA

familia 2FAMÍLIA EM CUZCO, NO PERU

familia 3FAMÍLIA EM UDAIPUR, NA ÍNDIA

familia 4FAMÍLIA EM FABORG, NA DINAMARCA

familia 5FAMÍLIA EM IRINGA, NA TANZÂNIA

familia 6FAMÍLIA EM SANTA MÔNICA, NOS ESTADOS UNIDOS

familia 7FAMÍLIA EM SURAT THANI, NA TAILÂNDIA

familia 8FAMÍLIA EM HAMBURGO, NA ALEMANHA

familia 9FAMÍLIA EM SMUCHEVO, NA BULGÁRIA

 

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Priscilla Guimarães

Priscilla Guimarães

É analista cultural. Gosta de estudar os porquês da vida, o sentido das coisas. Se dedica a entender as formas de expressão e os significados da cultura. Hoje é sócia diretora na City - consultoria de pesquisa em comportamento humano que tem o propósito de trazer novas perspectivas sobre a sociedade para dentro das empresas. Também coordena a Clínica do Subterrâneo, workshops filosóficos organizados pela City, com o objetivo de trazer conhecimento das ciências humanas para as práticas empresariais. Ainda é sócia diretora na Comunidade Criativa, plataforma de co criação de produtos e serviços que une consumidores e marcas. É graduada em jornalismo e mestra em comunicação social. Já trabalhou com produção de TV, redação jornalística e publicitária, planejamento de comunicação e marketing. Foi professora de graduação e pós graduação. Morou em Paris. Faz psicanálise há 13 anos. Faz ballet e treinamento funcional. Pra relaxar, viaja, faz amigos e mergulho amador.

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