Hoje tive mais uma sessão com meu coach de saúde Fernando Rebello.
Tenho um coach de saúde. Estou me achando muuuito fina. Fernando e Flora são dois anjos que caíram do céu em minha vida. Fernando me dá aulas mestras sobre alimentação e medicina ayurvédica e chinesa; Flora é minha professora de pilates. Ambos trabalham juntos, em sintonia, para fazer da Mariana um ser humano cada vez melhor.
COMENDO BOLACHA OREO
Foi o Fernando que me ensinou a preparar aquele magnífico smoothie de batata doce.
Lembram do smoothie que é vida?
Pois hoje nós três tivemos uma conversa muito elucidativa. Eu estava lá reclamando da minha digestão e tal – sempre achei minha digestão meio lerda e lenta -, quando ele, entre tantas outras coisas, me perguntou:
– Você engole rápido os alimentos?
– Nããããoooo – respondi. – Eu como beeeem devagar.
– Não perguntei se você come devagar, mas se você engole rápido.
Tirei a prova na hora do almoço. Nunca tinha me dado conta, mas pareço uma troglodita engolindo. Sim, eu engulo MUITO rápido. Muito mais rápido do que eu poderia imaginar. Sim, é possível uma pessoa comer devagar e engolir rápido
Obviamente, esta descoberta na quinta-feira 20 de março tornou-se um divisor de águas na minha vida. Porque hoje almocei como alguém que pisa em ovos, sabe assim? Mastigando e engolindo com muuuita calma. O que aconteceu então? Não consegui terminar o que tinha colocado no prato – que normalmente consigo comer. Louco, né?
Aprendi outra coisa incrível com o Fernando. Falávamos sobre peixes em geral. Tudo começou porque manifestei minha paixão por sardinha e atum – frescos ou em lata. Disse, então, que não suportava salmão.
– É que o salmão que a gente come não é salmão – disse o Fernando. – Ele não tem a coloração laranja. Esse salmão de cativeiro que nós comemos é colorido artificialmente. Talvez venha daí o teu desgosto.
Eu já tinha ouvido falar dessa história de que esses salmões cultivados em cativeiro não são salmões de verdade. Mas fiquei particularmente comovida com a história que ouvi sobre a jornada de vida do salmão.
A missão da vida do salmão é reproduzir, largar as ovas em sua nascente. Ele habita as águas geladas dos mares do Norte e nada valentemente rio acima contra o fluxo das velozes corredeiras das montanhas para alcançar a nascente do rio, pulando cachoeiras de cinco metros.
Quando alcançam as piscinas no topo da montanha, eles acasalam-se e, então, morrem. Morrem depois de cumprir a missão. Morrem de envenenamento. O estresse do salmão para alcançar as piscinas e acasalar, ou seja, para cumprir sua missão de vida é tão, mas tão grande que ele desenvolve uma super secreção de enormes quantidades de cortisol. Esse estresse é o responsável, inclusive, por dar ao salmão sua cor alaranjada.
E tem gente que reclama da vida…
Autópsias em salmões mostraram glândulas supra-renais tremendamente inchadas, com seu equilíbrio endócrino totalmente desregulado, com órgãos internos ulcerados e repletos de infecções devido ao sistema imunológico enfraquecido devido ao estresse.
Cientistas fizeram uma pesquisa com esse tema e ficou provado que todos os salmões que foram capturados pelos zoólogos e tiveram rapidamente uma parte de suas glândulas supra-renais removidas, de modo a diminuir a secreção de cortisol, sobreviveram. Ou seja: evitou-se, assim, o envenenamento.
Fique muito compadecida do salmão. Nunca mais vou conseguir olhar para uma posta de salmão sem pensar no estresse do coitado.
Oi Mari!!!
Hoje passei numa livraria e vi uns livros do(a) haruki murakami e lembrei que você falou deles no blog!
Qual você aconselha ler primeiro? Assim pra gostar de cara, hehehe?
Norwegian Wood, Nina! Foi o primeiro que li e que me levou a todos os outros. Bjo. MK
Como assim engolir devagar? Engolir não eh uma coisa meio involuntária, automática? OMG o.O
Mari, tu é demais!
Brigada Mari!!!!!!!!