Nunca fui tão feliz assistindo a uma temporada de alta-costura. Me refiro mais precisamente aos desfiles de Chanel e Dior. O que Karl Lagerfeld e Raf Simons fizeram pelo conforto das mulheres desta geração é algo que talvez nem eles tenham noção.
Olha!
TÊNIS NA PASSARELA DA DIOR!
Na verdade, um tipo de sapatênis sem cadarço e com bordados
Não é mais novidade que o tênis foi incorporado ao look urbano. Mas daí aparecer na temporada de alta-costura não pensei que veria tão cedo. Gosto dessas provocações que a moda promove – e esta é um banquete para uma análise mais profunda sobre o significado desses acessórios esportivos em uma semana de alta-costura de Paris.
Olha!
PRETINHO BÁSICO
Modelo tradicional de tênis de corrida com cadarço e sola pesada
Lembro de um texto escrito pela crítica de moda Cathy Horyn, no New York Times, há cerca de dois ou três anos. Disse ela:
– A alta-costura, ou aquilo que sobrou dela, é um frágil sistema alheio a todos os gostos e hábitos modernos, povoado por criadores ancorados no passado.
Cathy Horyn considerava que o brilhantismo dos vestidos reinava acima da funcionalidade e que esses modelos, tão próximos a obras de arte, distanciavam criadores e trajes dos tempos atuais, da vida da mulher atual.
– A maioria das mulheres não presta atenção na alta-costura e a questão não é o dinheiro, já que as roupas de alta-costura sempre foram extremamente caras – escreveu Cathy. – O problema maior é que as grifes não oferecem ao público um motivo real de desejo para que eles as consumam.
Eu não usaria tênis com vestido de alta-costura. Não tenho porte de modelo para isso e tampouco vislumbro subir numa passarela. Além dessa tentativa de proximidade com a mulher real, o que eu também entendo nessa dupla iniciativa desses dois gênios da moda é um início de sinal verde para livrar as mulheres um pouco do compromisso de “ter que” usar salto com roupa de festa.
QUEM DISSE QUE A GENTE PRECISA DISSO?
Cansei de ver mulheres muito elegantes em festas muito elegantes usando sapatilha com saia longa ou um saltinho baixinho – e estavam muito mais chiques e sofisticadas do que muitas mulheres que se empoleiram em cima de saltos e passam o tempo inteiro caminhando feito uma Valdirene, concorda, Tatá?
É claro que é preciso ter personalidade, porte, elegância e, sobretudo, segurança para levar o estilo. Mas o que eu quero dizer é que não é feio, não é proibido – e agora ainda ganhou a chancela desses dois mestres da moda.
Tem mais alguns confetes e serpentinas que quero jogar em cima do meu ídolo máximo, Karl Lagerfeld, embora ele seja uma pessoa de poucos sorrisos, já conversamos sobre isso.
Quero agradecer a outra aparição na passarela da Chanel.
Olha!
Não existe nada mais prático do que uma pochete. Eu amo pochete e nunca deixei de usar pochete e agradeço a Karl Lagerfeld por lembrar que este acessório existe e tirá-lo do ostracismo co muita beleza.
Agora, que fique claro: não estou com isso defendendo o uso de pochete para homens.
Vou torcer para que não pegue a moda da pochete,rsrsrs!Na minha opinião, um acessório que em nada acrescenta para a elegância, tanto para homens como para mulheres.
Simplesmente lindo Mariana. Concordo que tudo depende de colocar estilo e na ocasião.
Que ótima esta evolução, ao menos eu penso que é uma evolução.
E também adoro pochete, e não sou contra que os homens também usem este conforto.
A Babado Forte, aí de POA, tinha umas pochetes bem bacanas. Ainda existe?
Bjs e ótimo dia.
Acho que nunca vou entender os estilistas e suas modelos com cabelos e maquiagens bizarras. Coisas que a gente nunca usaria no dia a dia. E Acho que nem em ocasiões especiais.