Os segredos do Bier Keller

Tenho um programinha bem bom para este sábado. Fiquei sabendo dele pelo meu marido.

– Vamos a um bar onde só entra quem é convidado ou indicado pelo dono? – ele perguntou.

– Como assim? – respondi, já adorando esses programas exclusivos e secretos.

Ao que ele me deu este cartão.


Chama-se Bier Keller e só entra no Bier Keller quem recebe indicação de alguém que já esteve lá, ou que conhece o dono, pelo que entendi. Daí fui fazer uma pesquisa prévia no Google. Olhem um trecho de um depoimento que encontrei no blog brejas.com.br:

“Não há qualquer senha útil para um “forasteiro” ingressar no pequeno principado de Vittorio Lewandowski. Quem não é frequentador assíduo precisa bater na porta, ao que ele abre uma portinhola e espia pra ver quem é. Se conhecer o vivente – e nele confiar -, entra. Do contrário, ele simplesmente diz que aquilo ali é casa de família e pronto, manda passear mesmo, sem remorso. “Aqui é só pra quem conhece e respeita a cultura da cerveja”, avisa. Porém, caso você seja admitido como “sócio” do clube do Vittorio — privilégio dificílimo de se obter — o acesso é direto. Basta botar o polegar na fechadura biométrica da velha porta — sim, é verdade, eu vi! -, que sua digital será reconhecida pelo sistema eletrônico e ela se abrirá por encanto, revelando lá dentro um mundo particular, misterioso, soturno, silencioso e feérico a um só tempo. Maravilhoso.”

Já tive alguns chiliques do tipo “quero ir agora!”. Fiquei curiosíssima e segui lendo o depoimento:

“Tudo no Bierkeller é feito para impressionar. Vittorio levou anos para conseguir deixar o bar-clube do jeito que está. Cada item foi conseguido a duras custas, e o ambiente se parece bastante com um museu. Não há canto do Bierkeller onde o olhar não se detenha. Não há detalhe que não possua uma história. No imóvel centenário, o novo visitante tem dificuldade de concentrar-se nas cervejas, de tanto que há pra ver, tocar, experimentar. No velho balcão de madeira, por entre pães e acepipes à disposição do visitante, se ergue a caixa registradora, antiquíssima, a manivela. Vem daí a chance de assinalar outra marca do Bierkeller: Não há garçons, não há serviço e não há contas a pagar. Quer beber? Vá você mesmo até a geladeira, faça sua escolha entre as centenas de brejas — nacionais, importadas e muitas artesanais gaúchas que você só vai achar por lá — e sirva-se. Fome? Encha o seu prato com as porções de queijos e demais frios no balcão — cada pratinho de “picado” sai a R$ 10. Quer ir embora? Faça você mesmo, mentalmente, a sua conta, vá até a caixa registradora, abra-a e faça o seu próprio troco. Não há fiscalização. Há a consciência e o respeito dos “sócios” e frequentadores do lugar”.

Sensacional, vai dizer? Vou no sábado e conto depois se é verdade tudo isso mesmo.

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

Sem comentários ainda.
  1. Eu fui, anos atrás, levada por uma amiga ! É muito bom mesmo, cervejas artesanais e antepastos caprichados…mas não fiquei amiga do dono, e não quis voltar sozinha pra não correr risco de levar porta na cara…

  2. Eu fui, anos atrás, levada por uma amiga ! É muito bom mesmo, cervejas artesanais e antepastos caprichados…mas não fiquei amiga do dono, e não quis voltar sozinha pra não correr risco de levar porta na cara…

  3. Eu fui em agosto de 2011 e só não voltei lá porque moro fora de Porto Alegre.
    recomendo o bar a todos.
    Ambiente acolhedor e diferente.

    Nota DEZ!

  4. Eu fui em agosto de 2011 e só não voltei lá porque moro fora de Porto Alegre.
    recomendo o bar a todos.
    Ambiente acolhedor e diferente.

    Nota DEZ!

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