Pelo direito de não ter filhos

Da série “elas mandam em mim“, em meio a pedidos de pipoca vencida de microondas, explicação para blogueiras de moda que se fotografam com os pezinhos pra dentro e outras ideias bacanas e divertidas, surgiu uma sugestão um bocado mais séria. E é ela que vou contemplar hoje, vide a quantidade de adeptas que essa sugestão amealhou.

SENHORAS E SENHORES!

BAM BAM BAM BAM BAM BAM BAM!!!

O PEDIDO DE HOJE VEM DA…. CINTIA!!!

“Oi, Mariana! Tenho uma sugestão meio séria de assunto pro blog. O dilema de ser ou não ser mãe e a mania de todo mundo meter o bedelho na nossa escolha. Acho que nos dias de hoje, muita gente (inclusive eu), tá passando por isso. Beijos pra vocês!”

E AGORA, MEU DEUS…

AGORA É SÓ FALAR O QUE TU VIVE FALANDO

A capacidade do Bento de simplificar as coisas é algo a ser estudado pela ciência.

Bom, vou começar falando muito particularmente da minha situação. Eu tenho 40 anos e não tenho o desejo de ser mãe. Aliás, nunca tive. Nunca fui uma mulher que olhou para o futuro e pensou “ah, o dia em que encontrar o pai dos meus filhos quero formar uma família”. Eu sempre quis encontrar um amor e um companheiro – e graças a Deus tive o privilégio de encontrar. Mas isso nunca veio acompanhado da vontade de procriar. Sempre procurei fazer da minha vida uma vida muito rica, muito criativa, muito cheia de desafios pessoais e profissionais e sempre fui e continuo sendo muito feliz com as minhas escolhas.

OK, MARIANA, MAS TU TEM 40 ANOS E PRECISA DECIDIR LOGO ESSA QUESTÃO!

Sim, eu tenho 40 anos, sei que o tal relógio biológico não está muito a favor de devaneios, mas quer saber? Não estou preocupada com isso. Não estou preocupada mesmo. Essa preocupação, eu percebo, é muito mais dos outros do que minha. É muito mais uma indagação externa do que minha. É muito mais uma cobrança alheia do que minha e do meu marido. Tive duas longas conversas nesse sentido, uma com minha médica e outra, claro, com meu marido. Porque acredito que esta não pode ser uma decisão individual, mas do casal. Para que ambos estejam de acordo com a vida que escolheram para viver juntos.

COMO FOI A CONVERSA COM TUA MÉDICA, MARIANA?

Bom, na conversa com minha médica, comentei com ela que andei buscando lá no fundo do meu ser o desejo de engravidar. E que não encontrei. E que estou com 40 anos e quis saber dela se teria muito tempo mais para decidir. Ela disse que realmente estou numa fase da vida de tomada desta decisão, o que não impede que eu consiga engravidar no futuro, apesar dos riscos serem maiores e tal. Mas disse também que é impressionante a quantidade de mulheres que andam optando por não ter filhos – e nem por isso são menos felizes ou completas ou têm uma vida menos plena. Pelo contrário. Estão felicíssimas em seus casamentos ou na suas solteirices, em suas vidas profissionais e pessoais e com uma liberdade que não desejam abrir mão.

E A CONVERSA COM TEU MARIDO, COMO FOI?

Não foi uma conversa apenas, mas já tivemos dois longos papos sobre o assunto. Acho importante ambos sabermos, de tempos em tempos, que estamos em sintonia. Da útima vez, há cerca de dois meses, voltamos à questão. E concluimos que não queremos ter filhos agora. Temos outras prioridades e nossa vida está ótima como está. Um filho exigiria de nós algo que, no momento, não temos condição de dar: tempo, atenção, educação. Não é uma questão de colocar um filho no mundo apenas para dizer que se colocou um filho no mundo e que se seguiu o ciclo que culturalmente a sociedade espera de nós: casar e ter filhos. É uma questão de ser responsável por aquela pessoa, de abdicar muito da nossa vida para se dedicar àquela nova vida. Também é uma questão financeira muito forte. Além de amor, cuidado, educação e carinho, filho exige dinheiro. Não é pouco e não é por um período apenas. Filho é para o resto da vida.

E A PATRULHA DOS OUTROS QUE A CINTIA FALOU?

Existe. E acho uma tremenda sacanagem. Acho uma sacanagem ainda maior quando a cobrança e a patrulha vem de amigas, conhecidas e colegas que já são mães. Porque, se eu respeito a decisão delas de terem um, dois ou três filhos, se descabelarem para cuidar das crianças, terem quase uma nulidade de tempo para si, para o casamento e para o marido, mas dizerem que o amor que se sente com a maternidade compensa tudo, também exijo o respeito quanto ao meu direito de escolha. Ah, então eu vou abrir mão de conhecer esse amor incondicional e que não existe igual? Talvez sim. E não acho que seja um amor maior do que os outros. É apenas um amor diferente. E se eu resolver passar por essa vida sem querer conhecer esse amor é um direito que eu tenho e isso não me faz uma pessoa melhor ou pior. Aliás, essa é outra questão que aparece muito: a questão de muitas mães se acharem seres humanos superiores porque procriaram. Desculpa, mas não é por aí. Aliás, esse é o tipo de sentimento que me causa pena.

TU VAI FICAR ATÉ AMANHÃ FALANDO NISSO?

Não, meu cão amado. Eu só quero concluir dizendo o seguinte à Cintia e às gurias que se identificaram com a questão da Cintia: uma sociedade leva anos, décadas, às vezes séculos para ter seus hábitos e costumes transformados. Nós somos de uma geração em que ainda espera-se de nós a procriação e a formação de uma família. Mas não podemos tomar uma decisão séria dessas por imposição. Essa é uma decisão íntima e particular de cada mulher. Somos nós que temos que saber o que queremos para nossas vidas. Mais ninguém. E tem mais: não ter vergonha de dizer “eu não tenho vontade agora de ter filhos” ou “eu não vou ter filhos” ou “eu não quero ter filhos”. Isso não é feio. Feio é não ter esse direito de escolha respeitado.

E AGORA EU PRECISO IR!!

Poderia ficar falando muito mais sobre isso, já que é uma questão muito presente na minha vida também. Mas preciso ir. Quero dizer que ontem levei esse assunto para nossa reunião de pauta da revista Donna e vamos fazer uma reportagem de capa sobre ele. Quem quiser participar pode me enviar e-mail que a Patricia Lima, repórter da revista, entra em contato.

Antes de ir, deixo o link de uma mulher que foi mãe aos 38 anos mas que escreveu um depoimento muito lúcido sobre o ter ou não ter filhos. Foi enviado pela Leticia.

ESTÁ AQUI!

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

Sem comentários ainda.
  1. Adorei a parte sobre conversar com o marido e buscar sintonia. O meu desejo de ser mãe já bateu e sumiu umas mil vezes, mas em todas que apareceu, nunca coincidiu com o do Marcelo. Agora é que a gente está começando a pensar na mesma batida. Pensar por dois é mais um componente dessa decisão.

    Beijo, Princesa Isabel!

  2. Apoiado. Pode ser que com o tempo e com as circunstâncias eu acabe mudando de ideia, mas hoje eu penso como tu, e não tenho vontade de ter filhos, pelas mesmas justificativas que citou no texto. E é muito feio quem tenta interferir na escolha da outra, mesmo que não faça isso por mal.

    bjinhos

  3. Mariana tenho 35 anos e sou solteira. A dois anos voltei a morar com minha mãe e meu padrasto e moro em uma cidadezinha do interior do RGS.
    Minhas amigas que tem filhos sempre vem com esse papo de que eu tenho que ter filhos ainda mais por ser filha unica e tal…
    Mas não quero, adoro a minha liberdade de poder ser irresponsável comigo mesma e acho que um filho não vai resolver nada…
    Então apoio a tua vontade de não ser mae tb. bjoo

  4. Oi Mari.
    Eu sou mãe de um menino de 10 anos. Sou feliz, o amo muito. Mas se fosse hoje…sinceramente não teria filhos.
    Aproveitei muito minha vida, não deixei de fazer nada que eu quisesse e pudesse. Mas filho dá um trabalho danado! Cansa, estressa e é assim para a vida toda! Eu amo meu filho, não consigo imaginar minha vida sem ele, mas hoje em dia, criar um filho para este mundo! Bah tá louco! Não julgo e não critico que não os tem e quem não os quer colocar neste mundo! Acho isso muito corajoso, afinal de contas na sociedade que vivemos não ter filhos, não procriar é quase um pecado mortal!
    Bjsss e bj especial ao fofo e amado Bento

  5. Mariana, Marianinha agora me ganhaste de vez por todas!!!! Também tenho 40 anos, também tive a sorte de encontrar um companheirão e temos tido algumas conversas a respeito do assunto ter ou não ter filhos e decidimos até então não tê-los! Adoramos nossos sobrinhos, gostamos de cachorro quente de festa de crianças, de rir com as crias, mas como muito bem abordaste acima, daí a ter filhos é bem diferente!!!! Parabéns!!!!! Não consigo me alongar muito em meus argumentos pois neste assunto acabo descambando para além da procriação e indo para a busca da perpetuação da espécie aí perco o rumo e o prumo, rsrsrs, prefiro ficar com tua lucidez. Te agradeço por abordares tão eficazmente tema deveras dolorido. Um forte abraço, tua fã, Letícia.

  6. Gostei muito do relato acima, acho que muitas gurias como nós pensam da mesma forma. Me separei recentemente após Metrado e meu Ex estava me cobrando a questão dos filhos quando bati o pé e disse que faria o Doutorado primeiro e tudo mais. Claro que acabamos o relacionamento até porque é uma falta de respeito o companheiro achar que decide por você o momento certo de ter (quem vai carregar somos nós). E tem mais se chegar aos 40 sem um relacionamento sério, podemos congelar nossos óvulos para mais tarde.

  7. Grande Mariana!

    Que bom saber que não estou sozinha nisso, porque sempre que falo que não quero ter filhos, noto 2 reações:

    1) Como se eu tivesse dito algo realmente ofensivo, seguido da seguinte frase: “Ai que horror, não fala isso!!!”

    2) Incredulidade seguida da famosa frase “Não, isso tu diz agora, eu tenho certeza de que quando tu conhecer um homem e estiver apaixonada tu vai querer ter um filho DELE (ênfase no pronome DELE, e não COM ELE. Como se fosse nosso papel procriar pra agradar os homens).

    Agora tenho que ir pra academia que já estou atrasada, mas é que tinha que comentar, cada vez sou mais tua fã!

  8. Nossa Mariana, o caso está complicado mesmo!! Ainda não tenho filho, mais todo mundo perguntava quando iria casar, casei! Agora todo mundo pergunta se não terei filho, pois estou casada a 3 anos e muitos dos nossos amigos já tem filho e irmãs e cunhada também. Passei por um tratamento de fertilização e não tive sucesso… enfim… O que mais me enche o saco de chegar ao ponto de querer mandar todo mundo a pqp é o fato de não saber o que se passa na vida do casal. Ninguém mais respeita a vontade do ser humano …. é o direito de ir e vir, mexe com o psicológico das pessoas. Parece que temos sempre que andar conforme a música que escolhem para nós, se eu não gosto de pagode e curto pop rock, só tenho que respeitar o gosto dos outros.

    Paro por aqui, pois o Bentinho daqui a pouco me pergunta se ficarei aqui ate amanhã falando e falando e falando. kkkkkkkkkkkk

    Matéria para capa, do inicio ao fim da revista com certeza!

    Beijinhos :*

  9. Oi Mariana, confesso que nunca gostei tanto de ler algo tão interessante sobre o que EU realmente penso, você escreveu tudo que gostaria de falar e não sabia como …..
    Amei a matéria, muito realista mesmo o blog da tua amiga!
    Eu leio todo os dias teu blog …. é algo automático e muito bom, divertido é divertido, é esclarecedor enfim nós tuas leitora te amamos moça!
    Obrigada por compartilhar conosco teus pensamentos! Beijão ao Bento e a Olivia!

  10. Não esqueçam de colocar a opinião masculina na matéria.
    E, principalmente, vale lembrar que a ‘posição masculina’ pode facilmente mudar.
    Tenho um casal de amigos que subia no banquinho – e entrevista pra ZH – pra dar discurso defendendo a causa. O tempo passou, o casal se separou e o cara procriou. E está beeeeem feliz ao que parece.

  11. Muitas e muitas mulheres pensam assim, poucas, pouquíssimas querem pagar de ET, falando em alto e bom tom que não querem ser mães por simplesmente não precisarem ser.

  12. Exatamente isso!!!! Eu com 19 anos já sofro pressões da minha vó dizendo que eu vou ter que ter filhos durante a minha vida, e que se eu não tiver meu marido vai ter filhos com outra (sim, até dessas já ouvi).
    Nunca tive…. afinidade com crianças e não tenho a mínima vontade de ter filhos um dia.
    Talvez eu mude de opinião, mas quem sabe?

  13. Já tenho uma filha e posso dizer que depois da pressão pelo primeiro vem do segundo e concordo com você que ter filhos é decisão do casal e não acho feio não tê-los. Feio é ter filhos e não dar educação e carinho para eles. Devemos ser felizes com nossas escolhas seja quais forem. Nenhum, um, dois ou uma penca de filhos. Vamos torcer para que mais pessoas cheguem com a mentalidade no Séc. XXI.

  14. Esse assunto caiu como uma luva, Mariana. Tenho apenas 23 anos, mas já sinto a pressão da sociedade e da família para um casal ter filhos e acho uma total falta de respeito, especialmente aqueles comentários do tipo “se não tem filhos não é uma família”, ora bolas, claro que é!

  15. Não ter filhos pq custa caro é um argumento tão vazio e materialista, que me dá até raiva. Usar a desculpa de que toma muito tempo, é a coisa mais egoísta do mundo…. mas, respeito o direito das pessoas terem a opção de não terem filhos. Alias, para essas pessoas, é até melhor que não tenham filhos mesmo….. nenhuma criança merece uma mãe como esta.

  16. Assuntinho polêmico hein?! Estás certíssima, pelo que relatas diariamente não tens perfil para a maternidade e ponto. Acho que ser mãe por pressão é péssimo.
    Agora quem quer tem que fazer acontecer … infelizmente ainda não temos total controle sobre isso… a não ser quem tem grana e saúde para inseminações e tal. A maldita da taxa de fertilidade cai de uma maneira perto dos quarenta, que é fogo..
    Quanto a ser mais feliz (e melhor) por ser mãe te digo o seguinte: eu me tornei mãe aos 31 (nunca tinha sonhado com a maternidade), mas desde então, amei a maternidade e efetivamente me sinto mil vezes melhor como pessoa. Mas concordo que isso tem a ver com realização pessoal, e a minha passava sim pela maternidade (e eu não sabia). Beijos Mariana e que todos sejam felizes com suas escolhas!!!

  17. Obrigada, Mariana! Me sinto menos esquisita agora! Li neste blog que tu indicou o comentário de uma mulher casada a 40 anos e feliz por não ter tido filhos. A dúvida é sempre se no futuro vou me arrepender amargamente. Mas acho egoísmo ter filhos pra satisfazer o “meu” desejo de fazer uma pessoa melhor que todo mundo ou de ter alguém pra me cuidar na velhice. Na reportagem do Donna podia ter depoimentos assim, de pessoas que passaram da idade de mudar de idéia. Obrigada! Beijão!

  18. O respeito pelas nossas escolhas, sejam elas quais forem, deve vir de todas as partes. Diferente de vocês (Marianas, Cíntias…), eu tenho o desejo de ser mãe antes dos 30, o isso faz de mim um verdadeiro ET na minha geração! É impressionante o quanto uma escolha destas choca as pessoas, que vêm pra cima de mim com mil argumentos: “tu é muito jovem”, “tu vai ter que abrir mão de muita coisa”, “filho custa caro”, e etc… São verdades? São! Mas ainda assim, é a minha escolha, e eu não acho que deveria ser um problema esperar que as pessoas aceitem e lidem bem com isso, não é? Enfim, tudo isso pra dizer que mesmo com escolhas opostas, a nossa situação é exatamente a mesma! :)

  19. Igor, acho que a questão não é bem essa….
    Ter ou não filhos é uma decisão do casal…os motivos que eles têm pra decidir isso não dizem respeito aos outros, ou seja, não há motivos para ter argumentos… Se todo mundo é livre pra procriar a bel prazer, eu não preciso me justificar pra ninguém ou ter que argumentar pelo motivo pelo qual eu optei por ter filhos ou por não tê-los!
    Pensa, na tua opinião, uma criança tem direito a ter uma mãe que não queria ser mãe, e que apenas cedeu aos clamores da sociedade? Por isso tem tantas crianças jogadas pelo mundo, paridas por pseudo-mães que não queriam sê-lo!
    Mari, eu ainda não decidi em qual dos times me encaixo, eu e meu marido estamos mais ou menos como a Gabi Chanas comentou, entrando em sintonia e decidindo como vamos passar o resto da vida….. Acho que é um direito nosso não ser questionado ou não ser rechaçado pelo fato de não termos filhos/não termos filhos ainda…. infelizmente isso acontece… e quem o faz, ainda acha que o comentário é bondoso com o amigo/colega/conhecido…
    Ademais, as pessoas deveriam preocupar-se mais com suas próprias vidas, na minha opinião, ninquém sabe os problemas financeiros, psicológicos, férteis e afins que podem envolver a decisão do casal….
    Acho que deveria sempre valer a máxima: cada um no seu quadrado…
    Na minha opinião, o ser humano como um todo, e dentre eles me incluo, perde muito tempo julgando os outros, quando esse tempo deveria ser empregado para desenvolver o seu EU…

  20. Mariana, gostei muito do post. É bem isso mesmo, a sociedade cobra filhos de todo mundo e parece não entender quando a pessoa não quer ter. Só achei um pouco pessimista demais da tua parte quando falas que enxergas as mães se descabelarem para cuidar das crianças, terem quase uma nulidade de tempo para si, para o casamento e para o marido. Acho que o nosso tempo reduz bastante, claro, mas nulidade já é demais…. Rs, rs… Tenho o Davi, de 4 anos. Quando a Pati Lima (que é minha super amiga desde sempre) me fala que as mães nunca mais dormem, te garanto que aqui em casa é mentira. Eu durmo SIM e muito… kkkkk. Mas graças a um marido e um pai parceirão. Parabéns pelo artigo, tirando esta parte da nulidade, concordo em número, gênero e grau. :-)

  21. Ai, ai… Igor. Nem vou perder meu tempo devolvendo essa tua raiva gratuita – até porque tua capacidade de compreensão passou bem longe do meu texto. MK

  22. A resposta do Igor, respeitada, já denota o que é a situação de decidir “eu não quero ter filhos” . E porque ? Ah, ficaria dias descrevendo ou discutindo sobre o assunto. Mas, para simplificar, porque existe o livre arbítrio e esse me possibilita que eu decida por mim, pelo meu ser, pelo meu corpo, antes de pensar em um terceiro. É egoísta ? Para muitos é, para mim, é apenas SÃO. Ou seja, eu, simplesmente EU, decido se quero ter o filho, ao qual terei responsabilidade para o resto de minha vida. Filho se cria para o mundo. Claro, não vou deixar debaixo da minha asa para o resto da vida. Mas eu tenho que ter responsabilidade em criá-lo numa excelente condição de saúde, educação, lazer. E isso, custa caro (sim, dinheiro é extremamente importante) e também custa responsabilidade. Nunca tive sonhos e pensamentos de quando eu seria mãe, aliás, nunca pensei um dia em engravidar, parir, criar um filho. Se eu sou incompleta ? JAMAIS. De forma alguma. Filho é agregador? É. Mas há outras coisas que nos agregam, resta saber quais são os teus objetivos, projetos, premissas de vida. Os meus são tantos, e o filho não se encaixou nelas. SE já fui cobrada ?? Ahh, milhares de vezes ! A minha resposta? Não vou te-los. Porque ? Porque eu sou responsável por mim, por minhas atitudes, certas ou erradas. Não sei se serei responsável por um ser que eu coloquei no mundo e tudo dependerá de mim. Já ouvi desaforos, críticas, apoios. O que importa é minha cabeça e meu coração estarem em paz sobre este assunto. E a cada dia, eu penso. Desde os 16 anos, estou muito em paz com minha decisão. Aos que me condenam, bom o mundo está para se ouvir críticas e apoios, resta saber se tu os encara. Eu já encarei há tempos.

  23. Polliana,
    Não me entenda mal, eu respeito e até lutaria pelo direito de cada pessoa ter o livre arbítrio de fazer o que bem entender de sua vida. Mas tb tenho direito a ter minha opinião, sem que essa soe como julgamento a terceiros, mesmo que isso seja uma linha muito tênue.
    Mas enfim, na minha opinião, as pessoas atualmente são muito consumistas, e se preocupam muito com seu próprio prazer, seu próprio benefício, é sempre EU, EU, EU….. E quando vejo pessoas dizendo que adoram suas vidas da maneira que está, que estão se divertindo a beça, e acumulando bens materiais para seu próprio prazer, e que um filho poderia atrapalhar essa diversão toda…fico imaginando que algo está errado. Acho que as pessoas tem direito SIM a não terem filhos, mas não é um caminho que eu seguiria, alias, já me separei de uma pessoa por esse motivo.
    A vida é uma dádiva, gastar a vida toda preocupado só consigo, acho um pouco de egoísmo. Óbvio que existem pessoas que não tem condições e tudo mais, mas acredito que esse não seja o caso da grande maioria que esta comentando aqui.
    Obrigado.

  24. Texto muito claro e sincero, porque não deve ser uma obrigação ter filhos.
    O que deve sempre prevalecer é o desejo do casal de ter ou não filhos, e caso não os tenham, é porque estão felizes e isso é o que importa!
    Clap, clap, clap!! Mari, eu sou sua fã!! :D

  25. Olá , Mariana!!
    Adoro ler suas publicações no no Donna ZH, e adorei o assunto abordado, pois estou casada a 10 anos e este tema “ter ou não ter filhos” é ótimo para ser publicado no Jornal… O mundo está tão ruim, e a sociedade impondo procriações é uma discrepância!! Como ser otimista assim para se criar um filho??? Por isso, até hoje não tive..

  26. Falou muito bem!

    A única razão suficientemente forte para se ter filhos é o desejo de ser mãe. Não tem vontade? Não seja. Simples assim.

    Eu acho que quem se incomoda com a patrulha alheia é porque não tem certeza absoluta. Normal não ter certeza, só que daí o problema não são os outros, é você mesma.

    Uma sugestão da matéria: por favor, não coloquem mulheres que não tem filhos e dizem que é por causa da vida profissional, ou que já tem sobrinhos que cumprem a função. Passa a ideia de que as que decidem ser mães não tem vida profissional e que ser mãe equivale a ser tia. Para mim sempre parece que elas não querem assumir que não querem ser mães (e tem todo direito de não querer). Acho que o foco deveria ser que a vida é feita de escolhas e cada escolha tem os seus lados positivos e negativos.

  27. Acho que a opção de ser mãe ou não realmente deve vir de dentro do coração. Acho tão primata alguém ter fixa a ideia de que pra ser mãe é necessário gerar uma criança. Tantas geram e não são mães, não amam e não educam essas crianças geradas. Mãe é toda e qualquer mulher que ama de forma incondicional, as vezes uma criança as vezes até um bichinho. Tenho 25 anos e particularmente tenho muita vontade de ter um filho, mas já considero meu relacionamento sendo uma família, temos um lar e nos amamos, aliás acredito que isso seja o primeiro passo para planejar um filho.

  28. Igor
    Se não concordou, seja educado na exposição dos fatos.
    Do jeito que você colocou as coisas apenas perdeu a razão.
    Sou filha e te digo: é preciso SIM de dinheiro para criar filhos. Ninguém vive de amor, meu querido. E isso não quer dizer que eu seja uma capitalista maluca, tá?
    E, sinceramente, a Mari seria uma excelente mãe, se assim o quisesse. Porque é uma pessoa educada, amável e respeitosa, diferente do que você transpareceu no comentário.
    É uma pena que pessoas como você, que se acham no direito de deixar um comentário desses no blog pessoal dela, procrie. Imagina como irá educar uma criança.
    Da próxima vez que não concordar, pegue seu banquinho e saia de mansinho.

  29. Mari, super concordo com você. Tenho também 40 anos, recém-completados, e se teve uma coisa na minha vida super resolvida é que não teria filhos. Nunca tive vontade quando mais nova e conforme fui envelhecendo a vontade não veio.
    A melhor coisa que fiz foi tornar conhecido para minha família e amigos minha posição: que eu não seria mãe, que não sentia vontade e pronto.
    Tenho três sobrinhos lindos que amo de paixão e tem mais um chegando em setembro que já é tão amado quanto os outros.

    Adorei seu post e curto muito seu blog. O Bento é demais!! Mande um beijo para ele!!

    Bjokas,

    Val.

  30. Mari,
    Ao contrário de ti, tenho muito desejo de ter filhos, uma penca aliás… Adoro famílias cheias, briguinhas de criança, barulho de criança, brincadeira de criança… Mas criança cresce… E com o crescimento chegam problemas muito maiores… E minha maior preocupação é poder dar tempo, educação e carinho…
    E acho incrível as pessoas que conseguem chegar a essa decisão pois mostram um amadurecimento e consciência, além de responsabilidade.
    Se todos tivessem essa mentalidade, aborto (o que eu sou totalmente contra) não seria necessário.
    Um beijão

  31. Oi, Mariana!

    Teu texto é simplesmente perfeito e concordo com cada palavra escrita. Ter filhos na minha opinião é uma decisão séria demais, especialmente num mundo como o que vivemos atualmente. Como disse aquela personagem do filme Comer, Rezar, Amar, ter filhos é fazer uma tatuagem na cara. Há de se ter muita certeza de todos os sabores e dissabores dessa escolha eterna.
    Me sinto um ser de outro planeta quando digo pras pessoas que não quero ter filhos e sinto que o respeito delas por mim por conta disso é inferior ao que sentem por mulheres que já são mães. Acho lindo ser mãe e respeito todas as que são, então assim como tu, exijo o mesmo quando digo que não quero ser uma delas. Sinto como se nós, que optamos por não ter um bebê, tivéssemos que provar o tempo todo pra sociedade que mesmo assim somos capazes de ser felizes, de ter responsabilidades, de assumir compromissos.
    Minha mãe morre de preocupação quando digo que não quero filhos porque ela não entende como eu irei envelhecer sem uma prole ao lado pra me cuidar. Como se um filho tivesse que assumir o papel de uma enfermeira ou fosse garantia de uma velhice plena. Temos aí um monte de filhos que jogam e esquecem seus pais em asilos pra provar que não são garantia de nada.
    Tô à disposição pra contar a minha história pra minha amiga e ex colega de faculdade Pati Lima pra reportagem do Donna.
    Beijo

  32. Mariana, gostei muito do teu post e acho completamente normal a tua escolha.
    Temos, em todas as possibilidades da vida, opções de sim e não, vai ou racha, dá ou desce! Não precisa casar e ter filho! Pode ter filho sem casar, pode casar e não ter filhos… Podemos tudo!
    Sou, entretanto, o contraponto do post de hoje.
    Sou mãe de um filho de 17 anos e agora, aos 40 anos, estou grávida de 5 meses. Sempre trabalhei muito, estudei a graduação e as pós que julguei valiosas para a carreira, namorei e ainda namoro muito o meu marido, viajo muito e sou uma mãe presente e participativa na vida do meu filho – que é um lindo. Tudo com grande prazer e amor.
    Não me acho superior por ter parido, mas amo muito tudo isso!
    Não me anulei e não me descabelei…
    Fiz como fazemos todos nós: usei a rotina da forma que pude!
    Tem gente que só vive para trabalhar e se descabela.
    Tem gente que vive seus papéis conforme pode e é feliz. Tem gente que nunca será feliz.
    O legal é não julgar, mas respeitar as escolhas e o modo como cada um consegue dar conta da vida que escolheu, se a própria pessoa consegue viver com a conta de suas renúncias. Eu vivo com as minhas escolhas e renúncias.

    Agora uma coisa eu sei… amor por um filho é incondicional. Tu escolheria morrer no lugar da pessoa sem jamais pensar se ela faria o mesmo por ti, pois não interessa se é recíproco. Se ama além, e fim!

    Bjosssss

  33. A opção por ter filhos hoje em dia soa, na maior parte das vezes (com pequenas exceções) artificial, tal como o modelo de sociedade que vivemos. Ou seja, essa conversa de deixar um legado, dar sentido a vida, me parece extremamente egoísta (o sujeito está achando que resolverá o mundo dele começando do zero um ‘plano’ de vida que ele terá controle). Fala-se em instinto materno, amor superior e incondicional e inigualável. Que conversa é essa? Num mundo completamente materialista, consumista, auto-centrado, fala-se em amor superior. Não é contraditório? O indivíduo não é capaz de atender a mãe/pai, ouvir o irmão, respeitar idosos pelo valor intrínseco da experiencia de vida, mas diz que sente um amor superior pelo próprio filho. Sociedade ocidental: para e pense! Se você quer contribuir culturalmente e socialmente para a espécie humana, use seus instintos para amar incondicionalmente seus pais, pessoas incríveis que já estão aí no mundo; ame seus irmãos, ame seus vizinhos, ame sobretudo a tolerância a pessoas que você não poderá mudar. Isso fará muito mais a diferença do que procriar indiscriminadamente achando que produzirá um indivíduo melhor. O incrível é que as pessoas que mais ‘pregam’ a necessidade de ter filhos, são visivelmente mais egoístas do que aquelas que amam incondicionalmente quem já está aí no mundo, e não optaram por tê-los. Somamos quase 8 bilhões. Não seria possível reciclar tal amor incondicional?

  34. Sensacional MK! E digo mais: A maioria dos “sábios seres humanos” que nos julgam egoístas por ainda não termos optado pela maternidade, são os mesmos que transferem para os seus pais ou avós, a responsabilidade de criarem os seus filhos. Acreditam, que o fato de levarem as crianças para se entupirem de fast food aos finais de semana e depois comprarem um super ultra tecnológico brinquedo da moda, suprirá a falta de tempo e dedicação tão importantes no dia-a-dia. Não tenho mais paciência com estas pessoas. bjs!

  35. Olha o Igor indo pro lado errado…é, nao entendeu…não entendeu…Igor, amigao…abre a cabeça e lê de novo! sério! sempre é mais fácil criticar o autor e nao o texto. Vai lá, na boa, começa de novo!

    Parabens, Mariana. Texto muito bom. Concordar ou não, é foro pessoal.

  36. Concordo em número, gênero e grau!
    E mais uma coisa, a minha decisão acerca de ter filhos ou não, pelo menos por determinado período, tomei desde muito cedo tendo em vista que sempre quis ter certa liberdade de decisões em minha vida. Hoje tenho 29 anos e ainda não despertou em mim a tal voltade louca de ter um filho, até porque, parte desse desejo realizei quando ganhei meu afilhado (diga-se, bageense por domicílio).
    Porém, quando minha mãe adoeceu eu perguntei a ela se ela gostaria de ser avó (por ela eu teria um filho, sei o quanto custa, o quanto toma de tempo e responsabilidade, não tenho medo disso, tenho mais medo de não conseguir ser tudo que um filho precisa), a resposta da minha mãe me comove até hoje quando me recordo: “Minha filha, eu sempre quis ser mãe, e me realizei em ti, nunca almejei ser avó, acho linda tua atitude de me perguntar isso, mas não precisa fazer isso por mim, faça por ti e pelo teu companheiro se vocês tiverem vontade, até porque filhos são NOSSOS e não dos outros.”
    Respeito pelas escolhas é bom, e todo mundo gosta.
    Hoje, passados anos, e em relacionamento estável, já conversamos várias vezes sobre isso, e por enquanto a decisão é a mesma: ainda não chegou a hora, ou ainda não é o momento NOSSO.
    Agora, se é o momento dos amigos, familiares, colegas e etc e tal, ótimo: tenham os seus filhos, e se quiserem me colocar nessa, me convidem para ser madrinha, por ora é esse amor incondicional que eu posso oferecer!

    Ahhhhh, em tempo, gostaria muito, mas muito mesmo de poder colaborar com a matéria do Donna, até para poder explicar melhor essa relação de respeito que tive com minha mãe sobre esse tema tão complexo da maternidade… Para onde envio o email??

    Grande beijo!!!

  37. Belo texto Mariana. As pessoas acham coisas demais da vida da gente, mas isso é fácil de fazer, né? Tenho 48 anos, separada há 16, há 8 com um relacionamento lindo, deliciosamente transformado em união estável de surpresa em 12/12/12….e cada um no seu espaço! Estamos sempre juntos, trabalhamos juntos, mas temos nossos refúgios individuais. Nunca tive vontade de gerar um filho, de me envolver com um. Mas, acabei encontrando nesse relacionamento 22 filhos: 02 dele e 20 de uma ONG com a qual se envolveu ainda no sonho de fundá-la. E sou beeeem feliz assim!!!

  38. Oi Mariana! Sou casada, tenho 28 anos e ainda não tenho filhos. Aliás, acho um saco quando as pessoas começam com o tal interrogatório sobre o tema… Mas adorei especificamente a parte do teu texto em que tu falas sobre as mulheres que acham que são seres humanos melhores e mais evoluídos pelo fato de serem mães. Tenho tanto medo de ficar alienada desta forma se um dia tiver filhos… hahaha
    Super beijo. Eu <3 seu blog!

  39. Viva Mariana, disse tudo! Quando não se é mãe em meio a tantas mães o discurso é sempre o mesmo: nós somos pessoas melhores. E o que fica implícito é que você que não tem filhos é uma coitada e pior ainda se você estiver casada, porque afinal de contas não está utilizando adequadamente as ferramentas que tem (como se estivesse rasgando dinheiro). No caso das solteiras, só resta a pena(nem dinheiro tem e ainda são egoístas). Obrigada mesmo Mariana! Pela sinceridade! E… Igor… você não entendeu nada!

  40. Boa tarde Mariana e claro boa tarde Bento.

    Lendo esse texto me chamou a atenção a seguinte parte ” Aliás, essa é outra questão que aparece muito: a questão de muitas mães se acharem seres humanos superiores porque procriaram. Desculpa, mas não é por aí. Aliás, esse é o tipo de sentimento que me causa pena.”

    Quero ter filhos, mais penso igual a você nesse pedacinho do seu texto. Namoro a 1 ano, e meu atual namorado tem um filho, um menino de dois anos. A ex-namorada dele, mãe da criança diz a seguinte frase pra mim: VOCÊ NÃO ENTENDE PORQUE VOCÊ NÃO É MÃE !

    É exatamente o teu sentimento que eu sinto por ela: PENA.

    Então quer dizer porque eu não tenho filhos eu não entendo as coisas e não tenho amor ? Acho que quem fala isso, é gente, mulheres que precisam se amar primeiro para depois dar amor a alguém, até mesmo ao um filho. E deixando bem claro, que não tenho pena dela, por ela ser uma mãe solteira. E sim por ela, pensar dessa forma !

    Beijos a você e ao Bento !

  41. Oi Mariana. Sou casada, tenho 28 anos e ainda não tenho filhos. Aliás, acho um saco quando as pessoas começam com o tal interrogatório sobre o tema… Mas adorei especificamente a parte do teu texto em que tu falas sobre as mulheres que acham que são seres humanos melhores e mais evoluídos pelo fato de serem mães. Tenho tanto medo de ficar alienada desta forma se um dia tiver filhos… =)
    Super beijo. Eu <3 seu blog!

  42. Mari se me permite gostaria de deixar a minha humilde opinião, de quem também não sabe se quer ter filho….Acho muito engraçado a sociedade em que vivemos, se a pessoa quer ter filho mais nova é um absurdo uma guria nessa idade com filho,se tem mais idade, com essa idade tá grávida vai dar leite em pó para a criança( uma frase que já me falaram) :/….E se a mulher não quer ter filho é julgada também!!!! Agora me fala onde está o direito de cada um de fazer a própria escolha?? Qual direito as pessoas acham que tem em se envolver assim na vida dos outros?? Sim me indigno com isso….hehehhe Beijão não começo meu dia antes de ler teu blog

  43. BRAAAAVOOOOOOOOOOOOO!!!! Comentário perfeito e completo! As pessoas tem mania de rotular filhos a felicidades, que sem eles não há felicidade completa…
    Com relação ao Igor, nem vale a pena responder, pois não pegou em nada o espírito da conversa!
    Bjoooooo

  44. Mari,
    É por isso que sou teu fã.

    Sim, as opiniões masculinas contam e muito. E a questão financeira conta e muito, muito mesmo. Uma coisa é eu empurrar uma conta com a barriga ali, estourar o cartão aqui, conversar com o gerente acolá. Tive uma infância pobre, mas como se diz “muito decente” (eu sei, o termo é cafona e antiquado). Meus pais me deram uma casa confortável para eu crescer, com um enorme jardim, pomar, horta, variados animais, amor, educação, comida, saúde (e tanto eu quanto minha irmã fomos crianças doentes…), tivemos o básico e o essencial. E umas poucas mordomias. Vi claramente como meus pais se desdobravam para nos criar da melhor forma possível. Ser pai (ou mãe, no caso) é renunciar a muitas, muitas, mas muitas coisas mesmo. As páginas dos jornais e a internet estão cheias de casos de crianças e jovens que simplesmente foram colocados no mundo, sem uma preocupação mínima, planejamento nenhum, se a “coisa” não complicaria mais à frente. E isso para mim tb demonstra DESAMOR para com estes filhos. Na Idade Média nem havia o conceito de infância, de um ser frágil que precisa ser protegido. Os filhos eram a garantia de sustento para os pais quando idosos. O mundo evolui, mas parece que tem gente que acha que ter filhos é só se ter vontade de tê-los, fazê-los e depois ver no que dá. Que tristeza! Não consigo nem remotamente imaginar tendo um filho e não conseguindo dar-lhe o necessário e, também, algo mais que o necessário. Eu jamais me perdoaria de não dar o melhor possível aos meus filhos.

    É péssimo como a sociedade costuma patrulhar a vida individual das pessoas e casais. Vou generalizar, que fique bem claro, mas quem viveu na Europa sabe que as sociedades de lá estão preocupadas em que os cidadãos sejam “bons” cidadãos, não importando se são casais sem filhos, com filhos, gente solteira, etc. A sociedade brasileira (estou generalizando) vive ainda muito de aparências. Ter filhos porque simplesmente “está na hora”? Ah, por favor! As pessoas só faltam dizer que se vc não produz rebentos não pode ser feliz, completo, por inteiro. Mas depois estas mesmas pessoas, que agora apontam o dedo, não vão estar lá quando o filho estiver doente, precisando de cuidados extremos, por exemplo, com contas se avolumando, os pais se desesperando, sofrendo. E, principalmente, o filho sofrendo. Todos sofrendo: pais e filhos. E aí a tal sociedade não vai oferecer nem um copo d’água, não é? É, é bem assim. Todos sabemos.

    Tu não comentaste no teu texto, mas me dou o direito de acrescentar: uma coisa é a gente, os adultos, nos virarmos neste mundo cada vez mais complicado em que vivemos. Outra coisa é a gente colocar um ser tão indefeso quanto um “filhote” de ser humano a andar por aí. Eu acho que eu seria um pai tão super-protetor que acabaria por sufocar meus filhos.

    Para corroborar o que digo, lembro da tragédia da Boate Kiss. Sei de pais que quase enfartam quando os filhos dizem que vão dar “uma volta” à noite. Hj, ser mãe e ser pai é estar em vigilância 24h, mesmo quando os filhos já estão grandinhos. O mundo é muito menos inocente do que na época em que eu cresci (tenho 41). Cada (potencial) pai e cada (potencial) mãe devem se perguntar antes de tudo: tenho estofo para esta missão? Porque é uma missão. Não é como comprar um carro ou fazer um corte de cabelo diferente (que podem dar errado). Para se ter filhos, TEM QUE DAR CERTO. Para todos.

    Ter filhos é uma decisão complexa. Ao contrário do que disse um determinado leitor, eu tenho pena mesmo é de crianças que nascem de casais que os colocaram no mundo e não pesaram todas as alegrias e imensas dificuldades que isso pode representar, não apenas a eles, mas, principalmente a quem interessa toda esta discussão: os filhos.

    Parabéns pelo post!

  45. Que texto ótimo, Mariana! Ainda sou jovem, tenho 28 anos mas já penso muito nisso e concordo contigo em tudo. Acredito que muitas mulheres tem filhos apenas por pressão de terceiros e depois não se sentem felizes, afinal é uma escolha muito íntima de cada mulher, cada casal e ninguém tem o direito de olhar atravessado só porque tem opinião diferente. Sou do interior, onde as pessoas acham que só é feliz a mulher que casa e tem filhos, de preferência dois ou mais, e muitos sentem “pena” das solteiras ou dos casais sem filhos. Essas pessoas não pensam que, na verdade, muitos assim são por opção, e nem por isso são menos realizados.

  46. Concordo com a Luciana Zonta, tenho 29 anos, um filho de 5 anos e estou grávida de 4 meses, MAS eu optei por ter filho cedo, apesar de ouvir de muitas pessoas que eu estava maluca e perdendo minha liberdade. O que muda são as prioriedade, antes era balada agora é show infantil, desenho animado, etc. isso não quer dizer que não tenho tempo pra mim ou meu marido. O mais importante de tudo isso é escolhermos, não condeno quem não quer ter filhos e acho que Mariana (que por sinal será o nome da minha próxima filha) está certíssima na sua escolha, se isso a deixa feliz. Aproveitando: Amo teu blog, teu estilo de escrever e amo o Bento tbm.

  47. Adorei esse tema Mariana. Bom, moro no interior do estado em uma cidade de quase quarenta mil habitantes, aqui as mulheres ainda casam e têm filhos cedo, falo isso em relação a cidades maiores. Eu casei quando tinha 21 anos, hoje estou com 27 quase 28, não tenho filhos e nem desejo tê-los tão cedo, se é que um dia terei, muitas amigas minhas já são mães, as vezes até tenho vontade, é bonitinho e deve ser uma experiência única, mas é importante pensarmos também no todo, ter filhos não é tão simples como muitos apregoam por aí, junto com eles vem uma série de mudanças e sendo bem sincera não sei se estou a fim de passar por elas, posso até estar sendo egoísta pensando assim, mas colocar uma criança no mundo envolve muito mais que um desejo, ainda tenho tempo para pensar nisso, mas no momento filhos nem pensar… Bjs

  48. Adorei teu texto e achei emocionante. Eu, ao contrário de ti, sempre sonhei em ser mãe. No ano passado nasceu meu filho e com ele uma vida nova. Um novo casamento, um novo marido, uma nova mulher.Mas o que quero dizer é que, embora a maternidade seja linda e o amor que sentimos pelos filhos incondicional, ela traz mudanças radicais para as nossas vidas. Também sou jornalista e trabalhava em um ritmo frenético. Quando o Vicente estava prestes a completar os 4 meses e eu voltar ao trabalho, pirei. Pedi demissão… Profissionalmente falando, dei uns 10 passos para trás, mas tive que optar: ou cuidar do meu filho ou deixar para alguém cuidar. Agora, que ele acabou de fazer um aninho, estou voltando ao trabalho, mas toda vez que tenho que sair de casa tenho um aperto no coração que chega a me dar dor de barriga. Por isso, Mariana, respeito muito as mulheres que não têm vontade de ser mães. A maternidade exige muito de nós e não são todas as pessoas que estão dispostas a abrir mão de quase tudo, porque a gente abre mão de muita coisa mesmo. Se me perguntares se estou feliz, direi que estou muiiiiito feliz e que toda vez que vejo meu filho penso que vou explodir de felicidade, mas às vezes eu choro também por ter deixado meu trabalho de lado, uma coisa que amo tanto. Quando as pessoas cobram filhos de quem não tem, eu acho tão egoísta e deselegante, porque ser mãe exige muito mais do que vontade. Um beijão e parabéns pelo blog!

  49. Mari..parabéns pelo artigo, assunto interessante e polêmico.
    Concordo com a Ana ali de cima que o problema é que falta respeito pelas nossas escolhas, independente de quais sejam sempre vai ter alguém querendo dar pitaco contrário.
    No meu caso bem pelo contrário vivo num meio onde a maioria não tem filhos, não quer ter, ou nem parou pra pensar sobre. Já eu tenho 31 e uma filha de 13 anos…estou planejando o segundo, e muita gente me olha com ar de desaprovação, como se eu fosse uma completa louca…mas enfim…a sociedade pressiona, mas a gente tem que viver a nossa vida e ser feliz do jeito que for.
    Bj pra ti e pro Bento (álias o Bento ta montando um harém ou o que?? hahahahah)

  50. Oi Mari :)
    Sou bem novinha (tenho 20 anos) mas sempre pensei sobre essa questão e, desde pequena, sempre disse que não iria casar nem ter filhos (muito por rebeldia), mas hoje penso mais seriamente nisso. Enfim. Gostei do teu texto e acho que a decisão dos outros não deveria caber a opinião pública. Da minha vida cuido eu.
    Queria te falar que existe um filme/livro sobre isso, “Precisamos falar sobre Kevin”. É bem punk, e, claro, uma situação extrema, mas que desencadeia dessa situação: pressão social e, principalmente, vontade do marido da personagem principal de ter um filho. Em certo ponto ela cede à pressão e sofre com as consequencias de uma decisão que não foi dela.
    É uma estória bem forte, mas bastante plausível para relatar um novo ponto de vista.
    Bjs!

  51. Como é difícil para as pessoas respeitarem as escolhas dos outros quando não sao iguais as suas!
    Mariana, teu texto está maravilhoso, disse tudo o que as mulheres nessa faixa etária e nessa situação pensam! Costumo dizer que a natureza não foi nada bondosa com as mulheres, pois poderiamos ter uma pouco mais de tempo pra ter filhos com tranquilidade tendo em vista a expectativa de vida; não que eu ache normal ter filhos com 50 anos, mas poderia ser até os 42 pro aí sem os riscos da maternidade tardia. Porém tem mulheres de 40, 41 que tem gravidez maravilhosas e filhos muito saudáveis.
    Quanto as mulheres que são mães e se acham seres humanos superiores porque procriaram, é um absurdo mesmo, me irrita ouvir, principalmente em situaçoes que envolvem emoções “só quem é mãe sabe” como se quem nao tem filhos fosse desprovida de sentimentos!

  52. Gostei de ver o contraponto da Ana que sofre tb, mas ao contrario porque QUER ter filhos e antes dos 30. O que me leva a crer que na verdade a questão pela qual as pessoas dão opinião não tem a ver com ter ou não filhos e porque gostam mesmo de meter o bedelho na vida alheia.
    Concordo com a Ana Paula que a pressão existe para tudo, namorar, casa, ter filhos, ter segundo filho, sempre a mesma historinha.
    Tenho uma amiga que decidiu ter o 3º filho e virou um ET porque hoje em dia ninguem tem mais que 2(é o que ela ouve). Cada um sabe de si, isso é certo.

  53. Nossa… muito bom esse assunto!
    Eu também nunca quis ter filhos e sempre sou condenada e é muito bom saber que existem muitas pessoas que compartilham da mesma opinião.
    Excelente o teu texto e vou esperar ansiosamente pela reportagem no jornal.

  54. Oi Mari! Muito bom esse teu post! Eu por muito tempo não quis ser mãe e me mantive firme nisso. Até que um dia eu e meu excelentíssimo, depois de 15 anos juntos, decidimos que era a hora. E não nos arrependemos! Hoje temos o bebê mais lindo do mundo!
    Apóio todas as mulheres que não querem ser mãe. Não é fácil. Tem seu lado bom, mas também mudamos radicalmente nossa vida. Não é uma decisão fácil pra quem tem consciência. Se tu não quer ter filhos, o problema é teu e de mais ninguém. Ninguém sabe da tua vida e ninguém tem que se meter.
    Bj pra ti e pro Bento!

  55. Aliás, faltou dizer que as mães não dormem mesmo, tomam banho de porta aberta, não tem tempo para nada. Isso tudo é verdade. É um exagero? Não, lá em casa é assim. Mas parece que depois a gente esquece dessa parte (deve ser os hormônios agindo). É outra vida, é deixar de ser o protagonista da sua própria história (alguém já disse isso). É uma viagem, sem volta, que vai te transformar em outra pessoa mesmo que você não queira, e isso é muito assustador, mas também é uma fonte de muita alegria.

    E outra, quem se preocupa com o custo financeiro não é egoísta, é responsável.

  56. Parabéns pelo texto Mariana, concordo totalmente contigo. São muitos os casais que estão decidindo por uma vida sem filhos, e creio que não haja nada de errado nisso. É uma escolha que deve ser respeitada e apoiada.

  57. Enviei um post e ele não entrou, sendo que tenho o print da tela com ele sendo “analisado pelo moderador”.
    Foi pq discordei de alguns clichês?

  58. Mari, sua linda!!!!!!Falaste tudo o que fico tentando explicar para as pessoas e elas não entendem. Tenho 30 anos e sou muito bem casada, obrigada! Mas, um filho não cabe na minha vida agora e, sério, já pensamos muitas vezes que talvez não tenhamos filhos. Já cheguei a dizer para uma colega que não parava de me incomodar que eu era estéril e que ela estava me deixando muito constrangida.
    Bem, só sei que vou imprimir te post e, toda vez que alguém vier me “pentelhear” vou entregar para a pessoa ler.
    Adoro vc. Bjs ao Bento

  59. Como homem, já fui pressionado a ter filhos. Mas acho que tudo tem sua hora, cada pessoa/casal sabe o que é melhor para si. Parabéns Mariana, ótimo o comentário, muito bom para reflexões, concordo com tudo que você abordou.

  60. Esse Igor aí deve ser aqueles chatos de uma religião que nem vou citar, para não fazer propaganda gratuita, mas que vemos aos montes por aí, principalmente em lugares menos favorecidos, que impõe a todo custo que se lotem de filhos o país para, no futuro, ter mais eleitores e dízimos para a respectiva congregação. Vai procurar tua turma, Igor!

  61. do texto e dos comentários que li, me chamou muito a atenção o da Camila Dilélio, assim como ela tenho uma filha e abri mão da profissão por 1 ano e 2 meses…( e de muitassss outras coisas) mas, quando olho para ela tenho a mesma sensação de felicidade que a Camila descreveu, mas também, as vezes choro, me sinto angustiada! Mas o que garante que quem opta por não ter filhos hoje e está feliz, amanhã não irá chorar e se sentir angustiada? Por fim, ser mãe exige muito mais que vontade, exige coragem e responsabilidade! Mas como mãe só posso dizer que é M A R A V I L H O S O! abraço

  62. Oi Mariana,
    Tenho 43 anos, sou casada, não tenho filhos e nunca tive vontade de tê-los. Porém nunca liguei para comentários alheios e para aquela cara meio estranha que vem depois da resposta que eu sempre dei. Até agora este desejo de ser mãe não surgiu e acho que também não virá. Cada um deve cuidar da sua vida e procurar a sua felicidade da forma que achar melhor. Concordo quando você diz que a sociedade leva tempo para se adaptar a mudanças. Mas é até engraçado perceber que outros tipos de mudanças estão acontecendo de forma galopante através de campanhas maciças. Então vamos começar uma campanha das mulheres (e homens) sem filhos. Quem sabe um protesto também. Vai que a opinião alheia mude mais rápido!

  63. Parabéns por ter abordado este assunto, eu tenho 37 anos, não sou casada como manda o figurino, tipo no civil, igreja, mas tenho um companheiro a 10 anos e somos muito felizes sem filhos, adoramos crianças e como vc mencionou, respeitamos o direito de cada um querer ter ou não ter filhos, mas também queremos ser respeitados pela nossa opção de não ter, assim como vc eu também conversei com o meu companheiro algumas vezes sobre o assunto e chegamos a conclusão que filhos não cabem na nossa vida, não é por egoísmo e sim um estilo de vida. Claro que convencer a família não foi e não é fácil, hoje em dia ainda nos olham com cara de preconceito, do tipo, esses dois são doidos e o pior de tudo, nos perguntam quem vai cuidar de nós o dia que formos idosos, como se a função de um filho é ser “cuidador de idosos” , eu respondo que estou economizando para ter direito a ir para um lar de idosos com todas com as mordomias que eu mereço. Adoro o seu blog, sou sua fã de carteirinha, sempre leio, me divirto e me identifico muito com o que você escreve….. um grande abraço para vc e para o Bento. Se bem que eu acho que você deveria arranjar um gato para fazer companhia a ele, tipo Odie e Garfield …….. o que você acha ??

  64. Quando li o título do texto já sabia que teríamos debates aqui nos comentários! Minha mãe falava uma coisa que só ela dizia quando era um assunto assim: cadum cadum, ou seja, cada um sabe onde aperta o sapato. Cabe ao casal, quando houver um, ou a mulher decidir se quer ter filhos ou não! Eu, desde criança, quando me perguntavam o que eu queria ser, respondia que queria ser mãe. Realizei meu desejo,das duas formas possíveis, tenho dois filhos lindos adotados e uma filha linda biológica! Em função deles, decidi me dedicar a minha família, largando meus diplomas de advogada e professora na gaveta! OOOOOOOOOOOOOOOOOOOH, sim..sou mãetorista em tempo integral, mãe, esposa, professora, pedagoga, consultora sentimental e não me arrependo disso! Mas como dizia a D.Loiva…cadum cadum!

  65. Ai ai, depois de tantos depoimentos e opiniões legais o que dizer?!
    Já me disseram quando eu digo que penso em não ter filhos (e não foi apenas uma vez), que Deus pode me castigar nascendo uma criança com algum tipo de deficiência ou que não sobreviva, aí “irei me arrepender” da minha decisão. Mas tenho tanto amor em meu coração, existem tantas crianças jogadas por aí como se fossem descartáveis e preciso escutar que Deus vai me castigar…
    Pude constatar o q as pesquisas vem mostrando faz algum tempo, q as mulheres estão mais seguras em escolher não ter filhos! Hoje tenho 26 anos, mas na minha adolescência tinha verdadeiro pavor de pensar engravidar, pois os estudos estavam em primeiro lugar, hoje com a faculdade trancada tbm não quero, preciso dar um rumo profissional para minha vida, simplesmente ainda não me decidi. Mas não consigo me imaginar amamentando, trocando fraldas, ou até mesmo dando à luz (tenho verdadeiro horror em pensar em parto normal, mesmo sendo mais saudável). Não digo que dessa água não beberei, mas a verdade é q não me faz falta nenhuma. Me surpreendi com a quantidade de pessoas que passam pela mesma situação, é sinal de que os tempos mudaram, “pena que a cabecinha” de algumas pessoas não evolui tbm! bj Mariana bj Bento e a Cintia acertou em cheio com essa pauta (não diminuindo a minha brilhante ideia das pipocas de micro heheh)

  66. Julia, desde quando a Mari reclama de ter que dar atenção ao Bento?
    Você está equivocada querida, aliás leia mais o blog da Mari e entenderás a relação de amor dela com o Bento e das leitoras com ela e o Bento. Aprenda a não julgar, é tão fácil e te faz tão bem. Tanta amargura…

  67. Clap, clap, clap! Já passei por tudo isso, cobranças de adoção, pedidos de explicação do porque não tenho filhos, e a resposta sendo por que não quis logo vem a outra pergunta, mas porque não quis? Já passei pela fase de me sentir menor porque a santidade da maternidade enaltece a mulher que se escabela por sua prole e agora estoupassando pela fase que me olham com cara de coitadinha: -coitadinha… quem irá cuidar dela na velhice? Como se filho fosse garantia de cuidados e que tivessem obrigação de cuidar velhos. Já nem respondo mais, porque estas pessoas não podem imaginar o quão divertido pode ser uma casa geriátrica só de amigas sem filhos! Eu poderia dissertar uma tese enorme sobre todas estas cobranças, mas já cansei Mariana. Para mim, a frase deste texto que mais me identificou foi “a questão de muitas mães se acharem seres humanos superiores porque procriaram. Desculpa, mas não é por aí. Aliás, esse é o tipo de sentimento que me causa pena.”, porque me fez sentir acompanhada na mesma opinião e sentimento. Mas pagamos um preço bem caro por ela, né?

  68. É isso aí Aline de Azevedo. Acho que a Julia não anda lendo muito o blog. A Mari só relata as coisas que ela faz com o Bento. Ás vezes, por exemplo, estamos cansadas para passear com nossos filhotes caninos, mas, vamos porque somos RESPONSÁVEIS e amamos eles.

  69. Diego, só pra esclarecer: sou ateu. E não, não sou daquele partido político da Dilma.
    E aos demais, pessoal, não critiquei a autora do blog, meu comentário não foi específico a ninguém, e muito menos a ela.
    Se a mesma se ofendeu, peço desculpas. Mas tb acho que ela não precisava ter feito uma crítica pessoal contra mim, mas tudo bem.
    Respeito todas as opiniões, e espero ser respeitado tb (e isso inclui a autora do blog). Opiniões podem ser contrariadas sem que precise se ofender as pessoas.
    Obrigado.

  70. Mariana, li teu texto e cada vez mais sinto que essa liberdade de escolha do casal em não ter filhos não significa absolutamente egoísmo, mas sim quebrar paradigmas. Estou com 46 anos, casei-me pela segunda vez e faço parte desse grupo. Adoro crianças, mas isso não interferiu na decisão de abdicar do sonho de ser mãe. Um abraço a todas as queridas seguidoras dos teus posts que compartilham dessa decisão!
    Beijos

  71. Oi Mari!

    Me identifiquei com cada detalhe e cada anseio. Parabéns!
    Sem falar que acho que tu deves compartilhar de minha ideia: considero meus cães como filhos e eles suprem minha necessidade de carinho muito bem obrigado!

    Bjos

  72. Mari como sempre escreveste um post maravilhoso. Muito realista, sincero e claro. Ou seja, cada vez mais sou tua fã, compartilho da tua opinião e não condeno quem escolher ter filhos mas trabalho na área da saúde e vejo tantas crianças provenientes de famílias desestruturadas que me pergunto como será o mundo futuramente e justamente por esta pressão de que chegamos em certa idade devemos ter filhos muitas mulheres se atiram a ter filhos sem saber se terão condições de tê – los e não falo somente do campo material-financeiro e sim do psicológico-emocional, familiar e espiritual. Acredito que quando temos opção de escolha reflete -se que evoluímos como espécie de certa maneira. Palmas prá ti Mari e bjos pro Bento.

  73. Acho perfeitamente normal que a mulher decida por não ter filhos.
    Eu mesma demorei 35 anos para decidir, optei por cuidar primeiro dos estudos e organizar a vida profissional.Hoje sou mãe de uma adorável menina de 03 anos.
    Dá trabalho, é cansativo, temos que redimensionar o tempo para nosso projetos pessoais, mas enfim, não é o fim do mundo, inclusive fiz meu pós graduação enquanto ela era bebê.
    Enfim, o importante é sermos felizes com nossas escolhas.
    Só acho que falar que depois dos filhos não se tem tempo para nada, que não há espaço para realização profissional, que não podemos nos dedicar ao marido são clichês.
    Conheço pessoas sem filhos por opção, com todo o tempo do mundo para sí, seus doutorados, suas intermináveis viagens e que não conseguem nem ao menos ter tempo para um almoço decente ou uma caminhada no parque.Ou seja, quem sabe otimizar o tempo, vai fazê-lo com ou sem filhos.
    Fazer a escolha certa é o caminho, seja ela qual for.

  74. Tem um casal que pode ser bem legal para tua pauta. Ambos arquitetos, ele é professor da UFRGS e o chamam de Judeu (não pergunta o nome que não sei, mas com isso chegas até ele) decidiram não ter filhos e cuidar da carreira. Cuidaram. Aos 50 anos ela aposentou e disse que agora sim poderia ter filhos e cuidá-los como gostaria. PArou de se cuidar, não programou nada, acho até que nem pensou que seria possível. Pasme, engravidou de gêmeos, saudáveis e felizes! Os meninos já devem estar com uns 10 anos, acho. O melhor da vida é viver sem culpa.

  75. Querida Mariana, recém completei 56 anos e também não tive filhos. Creio que em todas as gerações existem mulheres que, ainda meninas, não tinham o ideal moldado pela sociedade de ser mãe. Sou divorciada, professora universitária, viajo, tenho meus três peludos e sou tutora de uma irmã com síndrome de down e quer saber? Sinto-me feliz. É incrível como ainda me perguntam se tenho filhos e, muitos, querem o porquê desta decisão. Como bem disseste, são escolhas pessoais, opções que fazemos em detrimento de outras coisas. No meu caso, fui estudar, conhecer e mergulhar em outras culturas. Sabes, gostaria muito de participar do caderno Donna, pois como disse anteriormente, não há uma determinada geração e sim, um grupo de meninas-mulheres que de tempos em tempos, não desejam procriar. Isto sim nos une, sobremaneira. O amor acontece e aparece sob as mais diferentes formas… Não acho que ame menos por não ter filho.
    Com carinho para ti e Bento, me despeço.

  76. Amei o texto Mariana. Tenho 43 anos e decidi junto com meu companheiro por mais de 24 anos que nao teriamos filhos. Posso dizer que nunca me fez falta, nunca me senti culpada pela nossa decisao. Sou uma pessoa egoista, e nunca me vi me colocando em segundo plano para outra pessoa. Posso dizer que com esta opcao posso me dar ao luxo de ajudar mais e me dedicar a minha mae, fazer pelas pessoas que realmente merecem algo que seja diferenciado e compensador. Quando optamos por nao ter filhos temos mais tempo para outras coisas, nao so lazer mas nos dedicarmos para outras coisas que nos dao prazer.

  77. Show, Mariana. Adorei a tua abordagem e vai ser uma baita reportagem pro Donna esse assunto. Eu vivo isso na pele. Tenho quase 35 anos e meus amigos, amigas, primos, etc, estão procriando à minha volta sem parar. Sinto muito essa pressão e busco respostas o tempo todo dentro de mim. É uma decisão muito particular, mas o que sinto é que as pessoas se acham no direito de opinar sobre isso o tempo todo. E, mais do que opinar, elas questionam a escolha “anormal” de não ter filhos.

  78. Nossa gente…. se todos colocam a sua opinião, pq o Igor foi criticado por manifestar a dele? Sinceramente…eu concordo com a opinião dele. Sou mãe de 3 filhos e, apesar de ter condições de dar tudo o que eles me pedem, dou somente o necessário e essencial. Quando eu nasci, meu pais tinham uma situação financeira perfeita. No entanto, uma crise e negócios mal feitos os fizeram perder quase todo patrimônio. Meu pai conta que a crise foi tão grande, que pensava em desistir de tudo…mas quando lembrava que seus filhos dependiam dele, tinha forças para se reerguer. E assim fez. Reconstruiu tudo e hoje tem a vida que qualquer um gostaria de ter. Eu e meus irmãos sempre fomos muito felizes, mesmo na época em que tinhamos ‘apenas” amor. Meus filhos tem colegas “endinheirados”, que tem iphone aos 7 e 8 anos, mas que são tão pobres, mas tão pobres…que só tem dinheiro. Mas tenho que concordar que tem pessoas que não nasceram para ser mãe e assim devem fazer. Pessoas individualistas, que só conseguem olhar para o próprio umbigo e não se enxergam capazes de dividir nem mesmo o amor. Sempre fui fãs dos teus textos e respeito a tua decisão, mas quando disse que tem até pena dessas mulheres…passei a ler com outros olhos. Lamento, mas quem está disposta a publicar o que quer, tem que estar disposta a ler o que não quer tb. bjo bjo

  79. Sou mãe… acho que o amor incondicional é uma sensação maravilhosa que “EU ACHO” tão legal que sugiro às outras pessoas… mas, de fato, não é NADA fácil e respeito MUUUITO as escolhas de cada um! ADOREI o texto, pois de uma maneira muito simpática passou o recado de “não incomoda, que a vida é minha e sou responsável pelas minhas escolhas”!!!!

  80. Muito interessante seu ponto de vista! Falei sobre o mesmo assunto sobre ponto de vista do namoro. As pessoas se acham no direito de questionar as suas escolhas como se você não tivesse outra opção. Para mim seu conceito de marido/companheiro é exatamente o que procuro e não aqueles relacionamentos que as pessoas se “precisam”. As pessoas namoram e casam por motivos que não são o amor e a admiração pela pessoa que tem ao lado. Enfim, escrevi um post no meu blog sobre amor que tem mais ou menos o mesmo pensamento. Concordo em gênero. numero e grau. E o esse Bento hein?! tão pratico, como todos seres humanos deveriam ser.
    Um bj e belo post…

  81. Você não me entendeu, Ana Cristina. Quando digo que tenho “pena”, quero dizer que sinto “pena” de pessoas que se julgam melhores do que as outras – seja no âmbito que for. E neste assunto específico, o da maternidade ou não, incluo algumas mulheres que, ao se tornarem mães, têm esse sentimento em relação a quem não faz esta opção. Inclusive, já fui alvo de muitas manifestações desse tipo. Quanto ao Igor, é claro que ele pode manifestar sua opinião. Tanto é que manifestou. Isso é bom e saudável. O que eu não posso aceitar, e isso eu respondi a ele, é a maneira errônea como interpretou meu texto, chamando meu argumento de “vazio e materialista” porque menciono que filho custa caro e dizendo que “nenhuma criança merece uma mãe como esta”, referindo-se a mim. Para finalizar, é claro que estou disposta a ouvir opiniões contrárias, caso contrário não escreveria em um blog e não tocaria em temas como este. Sou pelo debate, sim. Ele só enriquece. Mas ofensas, não. Por favor. Bjo. MK

  82. Milhões de palmas e assovios para o texto e para teu comentátio quanto ao Igor!!!!
    Tenho 45 anos e fiz a opção em não ter filhos….arrependimento nenhum!!
    Amo crianças, acho elas tudo de bom, mas na vida dos outros, não na minha.
    Tenho dois sobrinhos maravilhosos e sou uma tia nota 1000, mas não seria uma mãe nota 1000.
    Ah! Tenho um cachorro que é tudo de bom….aí sim,neste quesito “dona de cachorro”, sou “The Best”!!!!
    P.S. A Olívia não tem interesse em conhecer um pretendente???? É York que nem ela…uma graça!!!!!

  83. Que maravilha ler um post desse! Lúcido e sensato! Porque nesse assunto a polêmica impera. Eu mesmo perco a paciência com esse assunto.
    E que surpresa ver TANTA GENTE comentando e se identificando com o post. Achava mesmo que eu era um ET.
    Já cansei também de ouvir todas essas coisas de “quem vai cuidar de você na velhice?”, “Só quem é mãe entende”, ” amor incondicional só mãe”, “você vai se arrepender no futuro”, “Deus vai te castigar”…
    E o clássico: “egoísta”.
    Certa vez perguntei a alguém UM MOTIVO para querer ter filhos. A resposta: “para continuar os meus projetos”…

    Tem coisa mais egoísta?

    Parabéns pelo post e estou ansiosa pela reportagem!

  84. Mari, tu já tinha meu voto no partido novo… mas agora nem tenho palavras pra dizer… ou melhor: – Mariana Kalil me representa!
    Tenho 42 anos, não tenho filhos e sou feliz assim. Diferente do que diz o Igor, acho que não ter filhos é uma decisão consciente de quem vive num mundo que é sim consumista, tanto que acha que “ter” filhos é mais importante do que criá-los. É tanta pressão pra todo mundo ser igual que não se respeita nem o direito de quem pensa diferente.
    Não vou nem entrar no mérito de quanta gente tem seus rebentos pra abusar e machucar emocionalmente, não vou nem dizer que o mundo já está super lotado… Bah, dava pra fazer uma tese sobre a invenção do amor materno… só que não! Basta apenas apelar para o respeito a vontade do outro. Se eu não quero, não vão ser os outros que vão decidir por mim.

  85. Mariana! Tu viu que até aqui as pessoas se ofendem com esse tema? Não estamos dizendo que é errado ou ruim ter filhos! Só estamos querendo ter o direito de não tê-los e isso ser normal. Assim como alguns gostam de sair e outros preferem ficar em casa. não existe certo ou errado. minha irmã queria tanto ser mãe, que optou por ser mãe solteira. E esta muito feliz. Eu preferi ficar pra titia, e estou muito feliz. E ambas estamos certas. Pensem assim e não tentem mudar a forma de viver dos outros.

  86. Eu de novo! Depois de ler mais alguns comentários, tenho que dizer que fico perplexa com a forma que algumas pessoas se posicionaram. O amor aos filhos não é a única forma de amor incondicional, minha gente!!! Não é porque eu não quero ter filhos é que não seria uma boa mãe… ou não tenho capacidade de amar e sou um monstro egoísta! Eu não cuido de crianças, mas cuido da minha mãe. Ela depende de mim financeira e emocionalmente, além disso, diferentemente de uma criança, ela não vai ficar mais independente e voar com as próprias asas. Muitas das mulheres que não terão filhos, tem uma capacidade de amar imensa e desprovida da vaidade de títulos. Pensem nisso…

  87. Pois é, Mari…
    Já pensei em ter um blog para chamar de meu. Mas quando leio certas manifestações aqui e em toda a internet, logo desisto. Não que eu tenha medo de opiniões contrárias ou do debate, muito ao contrário. Mas quando percebo o número de pessoas que leem um texto e não entendem, ou entendem o oposto ou entendem o que querem, ou “deliram”, realmente, jogo a toalha. Todo o blogueiro, não importe o tema que trate no seu espaço, precisa de imensa paciência para este tipo de situação. Não sei se eu teria tanta paciência assim…

    Mais uma vez, parabéns pelo espaço!

  88. Cada um com sua opinião não é mesmo??Por isso existem Igors, Marianas, Letícias, Adriana, Gabis, Robertas mundo a fora e cada um sabe que o faz se sentir FELIZ! Eu e Fabiano optamos por ter filho, o Bernardo foi bem programado e mesmo quando soube que estava grávida (um mês depois de parar a pílula, no ano que tinhamos escolhido, engordei 9 Kg e tive meu tãoooo sonhado parto natural) e mesmo assim confesso que levei um susto, pensei: e agora??Mas como a Gabi disse é uma decisão dupla, e mto mais fácil decidir se os dois quiserem, tipo: Mari vamos ter um filho, estou mto afim de ter um filho contigo (se torna mais “fácil” quando os dois querem!) agora se os dois não decidiram ainda, então melhor esperar ou não ter mesmo, filho é MARAVILHOSO, mas é PARA SEMPRE e cada um sabe aonde aperta seu sapato!

  89. Oi Mariii! Eu concordo contigo, as vezes até acho que somos almas gêmas por pensarmos bem parecido. Eu nunca tive o desejo de ser mãe, eu mal brincava de casinha quando criança. E com o tempo, fui tendo cada vez mais certeza de que não me tornaria mãe. Sempre fui da idéia de ter vários cachorros e sobrinhos emprestados hehe. Mas quando comecei a namorar, foi na mesma época que minha irmã teve o primeiro filho e hoje em dia TODOS dizem que ele é minha cara. Que quem não me conhece, diz que é meu filho. Até fiquei comovida, pois sem parecer pretensiosa, nós somos muito parecidos mesmo e fico até com vontade de ter um dia num futuro bem distante de hoje. Até tenho idéia de me aposentar quando resolver ter filhos, mas acho que é impossível. Mas sei lá, eu não quero ter filhos agora ou nem tão cedo. Talvez no futuro, se eu tiver com um cara certo e com a disponibilidade de tempo e bastante dinheiro de sobra, até posso pensar no assunto.

  90. Mais uma para dar pitaco no texto! Correto o entendimento da Mariana e do Chico em não se sentirem a vontade para ter um filho neste momento. Para pessoas que realmente entendem a verdeira função de ser pais, pertinente a dúvida de quando uma criança pode ser inserida numa família. Não é nenhum crime achar que uma criança tem um tempo certo para vir, se é que este tempo realmente pode chegar para um casal.
    E por favor, não vejam tudo “a ferro e fogo”! Viva a diversidade!! Fiquemos feliz por aqueles que tem vocação para serem pais, com todas as consequências que isto representa e também por aqueles que não querem colocar mais gente neste mundo doido que vivemos.

  91. Tenho 35 anos, não tenho filhos e ainda mantenho uma atitude bipolar quanto ao assunto. Acho que o principal neste tema é o respeito pela opinião dos outros e maior delicadeza no convívio social. É como política, futebol ou religião… Sempre tem alguém querendo te convencer; no caso, o quão maravilhoso é ser mãe, fazer sacrifícios… E blablablabla!
    Respeito! “Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é”.

  92. Oi Mari, bah este assunto rendeu hein? Então, leio todos os dias teu blog, e leio qdo estou fazendo meu pequeno dormir. Tenho dois filhos, a Mariana de 10 anos e o Joao de 1 ano e meio, eles tomam todo o meu tempo e dependo do ou deles pra poder me cuidar, amo ser mãe e não me arrependo em nenhum momento de ter de abdicar de alguma coisa por eles, ontem mesmo me perguntaram qdo tinha sido a última vez que sai sozinha, foi antes da Mah nascer… Mas assim, não recrimino quem não tem intenção de não ter filhos, pq é como fazer uma tatuagem na testa, pra sempre mesmo, e se a pessoa não puder se doar, é melhor não ter. Por isso eu digo: Viva o livre arbítrio! Bjs

  93. Mariana adorei teu texto. É um assunto muito polemico porque toca diretamente no emocional de cada um, que interpreta e se posiciona de acordo com seu conteúdo inconsciente. O que Freud diria? Foi inaugurado o divã da Mariana. O número de comentários mostra o quanto o assunto é interessante e importante , por isso deve ser discutido. Ótima matéria para o Donna. Parabéns

  94. Boa noite Mariana!

    Muito bacana REALMENTE esse tema de hoje do teu blog. Me identifiquei muito com ele, principalmente na parte que diz… ‘Acho uma sacanagem ainda maior quando a cobrança e a patrulha vem de amigas, conhecidas e colegas que já são mães. Porque, se eu respeito a decisão delas de terem um, dois ou três filhos, se descabelarem para cuidar das crianças, terem quase uma nulidade de tempo para si, para o casamento e para o marido, mas dizerem que o amor que se sente com a maternidade compensa tudo, também exijo o respeito quanto ao meu direito de escolha.’
    Eu tenho 31 anos, sou casada e particularmente, quero ter filhos, mas com certeza não agora, e sim daqui há alguns anos. E as pessoas simplesmente NÃO entendem e NÃO respeitam isso.
    Ficam toda hora cobrando, fazendo brincadeiras sem graça e dizendo coisas como “Quando tu fores mãe já vai estar na idade de ser avó” e outras coisas do estilo.
    Achei maravilhoso e verdadeiro o teu texto. Foi muuuuuuuito bom ver alguém abordando esse tema de forma tão direta e legítima. Muito bacana mesmo.
    Abraço, Luciana.

  95. Liberdade! Liberdade!
    Liberdade de escolhas. Liberdade de opiniões. Liberdade de expressão!
    Não querer ter filhos é uma vontade, escolha, opinião. Querer ter, também.
    Por que esta mania das pessoas julgarem quem não quer?
    Gente, este mundo tá muito louco para se ter filhos!
    Eu, com 43 anos, há 6 anos em um novo casamento, também me fiz esta pergunta: ter ou não ( meu marido não tem ). Resolvemos não ter. Decisão tomada em conjunto e com a ajuda do gineco, que explicou que por eu ser hipertensa, a gravidez seria de risco.
    Temos um gato e um cachorro, e ainda temos muito amor para partilhar! Com os amigos, com a família, com a vida!
    Penso que temos enraizada a ideia cristã de crescer e se multiplicar. Alguns pais tem filhos sem nem ao menos planejar. É algo no susto! E tem que se assim mesmo, porque se for pensar bem há tantas questões envolvidas que a gente até desiste da ideia.
    E essa mania das cobranças, na boa, parece de gente que já se ralou com seus filhos e quer que a outra caia na mesma cilada: noites sem dormir, abrir mão de muitas coisas, de trabalho, materiais…, preocupação para o resto da vida, um sentimento de impotência perante as aflições dos filhos, o custo…
    Claro que existe o lado bom. Como tudo na vida. Até em uma relação a dois apenas. Opa, 3, desculpa aí Bento!
    Parabéns Mariana! Parabéns pela coragem de ser tu, verdadeira, e não cederes às vontades alheias para fazeres algo que não queres.
    E se alguém que quis tanto ser mãe, fosse obrigada a não ter filhos? Não se sentiria também invadida em sua vontade, sua opinião e sua escolha?
    Em tempo: tenho duas filhas do primeiro casamento, uma com 20 e outra com 19 anos. Amo demais!

  96. No embalo abertura da novela, com aquela versão “das chatas” da música: Vida, vida, vidaaaa! Cada um cuida da sua, sua, suaaaa!
    A única coisa que tem hora certa é ser feliz! E é agora!
    Mari, você é uma querida e também muito corajosa de se posicionar.
    Um beijo dos grandes para você e para o Bento

  97. Com certeza essa pobre da Julia nunca teve um cachorro, além de ser uma pessoa que julga sem conhecer e fala sem pensar. Julia, te desejo uma relação canina verdadeira, e um pouco mais de consciência antes de falar bobagem. A Mariana não reclama de dar atenção ao Bento, qualquer um que leia como 3 posts desse blog pode perceber o quanto ela ama ele e o quanto ela é uma boa MÃE canina, e o uso de ironia e um pouco de humor ácido (Chamar ele de O Animal, por exemplo) não significam de maneira nenhuma que ela esteja desprezando ou reclamando de ter ele.

    Até mesmo nossos filhos caninos, assim como os filhos de verdade, podem nos tirar do sério às vezes, afinal, exigem atenção e cuidados tanto quanto uma criança. Mas a recompensa emocional de ter um ser desses em nossas vidas… Vale cada segundo!!! Eu digo que meu cachorro é meu filho, e provavelmente terei – como já tive – muitos outros filhos caninos. E seria uma ótima mãe, se quisesse ser. Mas me contento com cães. E sou muito feliz e realizada assim.

  98. … Mari, esse debate é como a fábula do velho, menino e o burro…sempre vai ter um xarope pra dizer qual a posição “mais correta” que os personagens devem andar pela estrada. Até que o velho se dá conta que está carregando um burro nas costas…
    Essa coisa de “opinião alheia” eu tenho pós-doutorado…pq alémm de não ter filhos – por opção – e ser muito feliz com minha decisão, ainda cometi o ‘PECADO” de me casar com um homem mais velho que eu. (41 anos exatamente). Se eu me preocupasse com tudo que pensam : alguns parentes, vizinhos, colegas, conhecidos, estranhos, e qualquer transeunte que nos vê juntos , no supermercado, shopping, lojas, postos de gasolina, e todos os lugares que tu podes imaginar, eu não levantaria da cama de manhã. SINCERAMENTE? O que importa é o sentimento do casal , quanto a qualquer questão que diga respeito aos dois. No meu lar – porque mesmo quem não tem uma família numerosa tem um lar – somos profundamente, absurdamente, imensamente felizes… Eu amo meu marido cada dia mais, e como sei que tenho menos tempo com ele, que a maioria dos casais têm, aproveito cada instante . Acho que o que incomoda as pessoas é a felicidade alheia…parece que dói nelas ver alguém feliz. Então elas procuram criar “teorias”, uma “síndromes”, atribuindo-as a quem é o alvo de sua inveja, para justificar que alguém tão “esquisito” seja tão feliz. Isso encaixa-se para toda e qualquer decisão, basta você não se encaixar NO PERFIL SOCIAL. Sinceramente? Já desisti de dar explicações, satisfações… Sei que somos felizes e o sol nasce para todos…mesmo para quem teima em ignorá-lo, e prefere viver nas trevas da falta de amor. Cada um dá o que tem, querida Mariana. Bjs pro Bento e pra vc.

  99. Parabens! Nós também optamos por não ter. Quando encontro um chato que fica nos fazendo lavagem cerebral, contamos que não podemos ter, é nossa estratégia de sobrevivência, geralmente Isso constrange e freia o ímpeto que algumas pessoas tem de se achar donas do mundo e da privacidade alheia. Explicação sobre intimidade é no divã…adoramos crianças e amamos nossos sobrinhos e filhos dos nossos amigos.
    Muito acertada a pauta, poderia ser tema da revista, porém cuidado ao entrevistar apenas pessoas que nao tem em função de carreira ou algo assim….tem pessoas e mulheres, como eu, que não tem este instinto tão aflorado, e não vejo isso como problema, acho natural, afinal, não vamos ser extintos pela minha decisão….

  100. Oi Mari adorei o teu texto, acho que expressa muito bem o sentimento de varias mulheres que nao querem ser maes. Tenho 25, sou casada e no momento nao tenho a minima vontade de ser mae, mas ainda eh uma questao em aberto e uma das coisas que me faz querer ter vontade de ter filhos foi um texto que a Martha Medeiros publicou ja faz algum tempo que dizia que ‘assim como ter um filho eh para sempre, a decisao de nao ter tb eh’. Acho que o amor maternal eh sim algo importante e que talvez mais pra frente eu sinta falta disso. E tb acho que ser mae nao torna ninguem melhor ou pior mas que tem coisas que so quem eh mae sabe e sente, nisso eu acredito. Enfim nao sei se me expressei bem, mas concordo plenamente com a parte que diz que isso eh uma decisao do casal e que nao cabe a sociedade interferir. bjao!

  101. Mari, eu sou daquelas que me realizei formando uma família e tendo um filho. O amor e o tesão pelo meu marido só aumentaram e o tesão pela vida então, nem se fala, ganhou outra dimensão. Trabalho horrores, cuido do meu guri, mas gosto das duas coisas, então não reclamo. Estas foram as minhas escolhas. Mas concordo plenamente contigo que é uma uma escolha mega pessoal e as pessoas tem que respeitar. Eu demorei pra casar e todo mundo me enchia o saco que estava na hora, demorei a ter filho (pois queríamos aproveitar e não sabíamos até então que dava pra aproveitar com filho tb! rsrs) e também todo mundo enchia o saco! Agora eu tô casada, com um filho lindo e tu achas que pararam de encher o saco? Nada! Todo mundo pergunta quando virá o segundo, que filho único é muito ruim, que o melhor presente que eu posso dar para o meu filho é um irmão, etc., etc. Concluindo: tu podes fazer tudo no padrão, mas os chatos sempre existiram e existirão! Parabéns para ti que fez a tua escolha e vive feliz com ela! E respeito com as escolhas alheias é o mínimo que a gente pode ter. Como diz aquela campanha do face: “Campanha pela via – cada um cuida da sua!” Beijocas e tudo de bom! Malu PS: Mas tu és mãe, né? Ou o Bento é orfão? Rsrs

  102. Mari,
    Como é possível ainda vivermos em um mundo onde a sociedade define nossas escolhas? Devemos fazer faculdade, conseguir um emprego estável, ter filhos, ter um imóvel próprio…. para nossa vida ser considerada completa? Parabéns pela iniciativa da reportagem sobre o tema!

  103. Essa postagem me representou tanto! Teria tantas coisas para comentar em relação ao texto, mas muitos outros leitores compartilharam das minhas percepções e algumas outras representaram o que nós mulheres que publicizamos nossa opção de não ter filhos escutam. Na maior parte das vezes acabamos até escutando ofensas é e aí que o velho argumento entra: só estou dando minha opinião, eu tenho esse direito. óbvio que sim, mas que fique claro, uma coisa é opinião, exemplo: eu tive (quero ter filhos) por causa destes e destes motivos. Outra coisa é querer pregar um tipo de moralidade: tu não quer ter filhos porque tu é assim, assado. Há uma diferença bem grande.

  104. nossa mari hj o assunto rendeu…
    cocordo contigo e td
    tenho uma filha de 22 anos e qdo decidi te-la ñ foi por puro instinto maternal,afinal nka fui uma pessoa do tipo”criançeira” e ñ o sou até hj, apesar disso acho q fui uma mãe rzoavel talvez um pko superprotetora. mas enfim o q foi feito de certo ou errado ja ta feito. mas uma coisa é fato:nka mais se tem um minuto sem preocupação.
    e dinheiro fz sim uma gd diferença,se eu tivesse mai condições financeiras hj ela poderia estar se formando em engenharia como é o sonho dela, mas ainda ñ foi possivel , fz tecnico e ta lutando desesperadamente p conseguir um estágio p pd se formar pra so então tenta terminar a faculdade, portanto as pessoa q acham q pensar numa situação confotavel e tranquila pra se ter um filho é materialismo, é um julgamento errôneo pq querer o melhor para um filho é tbm é amor.
    tem msmo pessoas q se acham melhores ou superiores pq são mães, mas engravidar e parir é mto facil, dificil é o dia a dia, criança ñ tem botão on/off q qdo a gente ñ ta afim desliga e guarda.
    minha filha é casada e p enquanto ñ tem a menor vontade de ter filhos e as vzs comenta q ñ sabe se os terá, e eu digo q eu ñ tenho a menor vontade de ser avó, ñ tenho paciência c criança e olha q tenho 44 anos imagina qdo fk mais velha e mais rabugenta kkkk.
    acho q ter cães e gatos pode sim ser uma excelente decisão, afinal eles tem um amor incondicional p nós.
    parabens pelo tua coragem de te expor assim,te admiro mto leio teu blog tds dias amoooooooo o bento e acho q tu tens ele como um filho e se isso te fz feliz ñ liga para o q os outros dzem da tua vida tu é q sabes, estou adorando tbm a olivia
    *levou o bento na vet? o q ela disse, fkei preocupada, tadinho será q ñ foi resfriado pq pegou chuva domingo? de noticias do nosso lindinho
    bjjs

  105. Oi Mariana,
    Acompanho teu blog desde o início e adoro, nunca comentei aqui, mas hoje não deu para resistir!
    Tuas colocações foram muito sábias e equilibradas na minha opinião, este assunto me toca profundamente.
    Tenho 39 anos e há dois estou no meu segundo casamento. No primeiro estive dos 25 aos 33 anos, sofrendo uma pressão absurda por ter filhos. Nunca os desejei (se é verdade que o útero “grita” por filhos, então acho que sou surda : ), e sigo não tendo um instinto maternal aflorado.
    Venho de uma família numerosa, na qual duas tias optaram por não ter filhos. Uma delas casou e teve esta opção, outra nunca chegou a se casar, mas ambas são mulheres plenamente realizadas, que trabalharam, viajaram e tiveram seus amores. Agora, na velhice, têm uma rede de apoio familiar e de amigos de dar inveja a muitas matriarcas.

    Certa ocasião disse a meu pai que gostaria de retribuir tudo o que tinha feito por mim, e ele lindamente respondeu que fizesse o mesmo por meus filhos, pois para frente é que se anda…

    Sou médica, amo o que faço (mesmo trabalhando em domingos e feriados ; ), adoro minha gatinha, amo meu marido. Sou tão feliz com a vida que levo. Encontrei a pessoa que imaginei para pai dos meus filhos, só não imaginei os filhos. Ou melhor: me imagino igualmente bem sendo mãe ou não, mas não tenho o ‘élan’ que me faça assumir a maternidade.
    Por outro lado… Adoro novas experiências, viajar, novas comidas, novos lugares. Assim como descrito no link do teu post, a maternidade me desperta, acima de tudo, curiosidade.
    Mariana e todas outras nós, balzaquianas, quarentonas e demais – será que não estamos nos privando da maior viagem de nossas vidas? RESPOSTAS POR FAVOR, hihi!

    Beijo para ti, Chico e o Bento, se a minha gata não fosse gata eu a inscrevia na lista de pretendentes do Bento!

  106. Mariana, leio sempre o teu blog, li o Peregrina e estou ansiosa pelo teu segundo livro. Achei que precisava me manifestar aqui pra ver se ajudava a esclarecer um ponto do teu texto que foi também bastante recorrente nos comentários: uma pretensa “superioridade” de quem é mãe, quanto ao tal sentimento de amor incondicional. Posso falar porque aconteceu comigo: quando estava grávida da minha primeira e única filha (hoje com 4 anos), minhas amigas viviam falando do tal amor e blablabla, e eu só pensava: mas que exagero, eu já sei o que é esse amor, ele não deve ser tão diferente – ou maior – do que o que eu sinto pela minha família, ou pelo meu marido (detalhe importante: vou fazer 38 anos, e quando nos conhecemos eu tinha 8 e ele, 12… Mas isso é outra história, e daria um belo e longo filme). Enfim, quando a Alice nasceu, POW!!! Eu finalmente entendi o que todos me falavam. E, pasme, não era exagero. Eu estava errada. Eu não sabia, mesmo, o que era esse sentimento avassalador, absurdo, desmedido… que, ” pra piorar”, só cresce a cada dia. Então, o que quero dizer é o seguinte: quando alguém fala “você não sabe o que é amor de mãe/pai, amor incondicional”, talvez a pessoa não esteja querendo ser superior, ela só está dizendo que, de fato, só quem é mãe/pai é que pode dimensionar o que esse sentimento significa.
    Quero deixar claro que respeito e admiro muito a tua decisão e, aliás, concordo plenamente com ela: acho que cada um deve fazer da vida o que bem entender e ser respeitando por suas escolhas. Muito pior é dizer – como já ouvi – que “Não nasci pra ter filhos”, mas DEPOIS de já os ter tido!
    Só pra concluir, estou vivendo o dilema de ter ou não o segundo filho, e, além da minha indecisão e das dúvidas que me afligem, há a cobrança implacável das pessoas por eu ter que “dar um irmão pra Alice”… essa patrulha é tão cruel quanto a de achar que, por alguma convenção inexistente, todos devam vivenciar a maternidade.
    Um beijo. E todo o meu apoio!

  107. Que linda, linda linda a frase do teu pai, Daysi. Vamos lá, seguimos convivendo com nossas dúvidas. O que eu acredito é que para ter filhos é preciso sentir a necessidade, o desejo, a vontade e não apenas porque o relógio biológico alertou que chegou a hora. Não gosto de fazer coisas que não me satisfazem no presente pensando no futuro. Quem sabe do futuro? Bjo. MK

  108. Sis,
    uau! quantos comentarios! Vc sabe que fui mae “nova” (26 e 30 anos) por opcao, mas jamais achei esquisito nao querer ter filhos. E infelizmente o julgamento (critico) vem dos dois lados. Muita gente acha tb que depois da maternidade a pessoa nao tem mais vida, nao fala de outra coisa etc e tal. Erroneo de novo. Nao querer filhos eh normal e deve ser respeitado assim como querer e te-los , e numa idade que hoje eh considerada nova. Seria tao melhor e mais saudavel se as pessoas se ajudassem e parassem de criticar e julgar as escolhas dos outros ne? Pra mim o importante eh a capacidade de amar e se doar. E isso nao tem nada a ver com maternidade no sentido restrito da palavra. Os pequenos gestos cotidianos de amor e cuidado com o proximo eh tudo que precisamos. E isso Sis , vc demostra sempre com o Chico, Bento, familia , amigos e tb teus leitores :-) Bjos

  109. Oi mari
    Como eu trabalho com reprodução humana tenho uma opinião muito particular sobre o assunto! Te apoio 100% e acho que cada um sabe de si e meter o bedelho na vida dos outros é muito feio! O grande problema é que realmente o relógio biológico nao perdoa e é impressionante o numero de mulheres que atendo que acabam por decidir pela maternidade tarde demais. Coisa cada vez mais comum já que queremos trabalhar, viajar, etc. Avançamos muito na área, mas nada “recupera” o ovário! Uma injustiça com a gente, já que para os homens é bem diferente. E daí vem o desespero, sabe assim… ” dos fortes”. Então é importante demais que todo mundo se respeite, mas é importante também que a gente saiba conviver mais tarde em paz com as decisões que toma.
    Beijo grande
    Continuo fã!

  110. Mariana, tenho 27 anos e o que mais me desestimula muito é o fato de só ouvir as pessoas que têm filhos reclamarem. A “propaganda” dos desabafos dos amigos é muito mais impactante para mim do que essa campanha religiosa/cultural de que ter filhos é um dever sagrado.
    Tenho observado muito isso, e jamais encontro uma pessoa com filhos sem ouvir PELO MENOS 1 RECLAMAÇÃO: o sono, o cansaço, as brigas com o marido, a mulher que quer comprar um carrinho muito caro, a falta de tempo para estudar, o tempo livre agora é apenas para o casal dormir, a mulher que deixou de trabalhar e está estressada por passar o dia inteiro em casa e ter que “gastar” apenas no que o marido manda, não conseguir emagrecer e voltar a ter o corpo de antes, a dificuldade em arrumar um namorado para as mulheres separadas com filhos, o ex não ajuda o suficiente (tanto materialmente quanto na criação, ficando um tempo com os filhos), é mais difícil achar faxineira, você não pode pegar trabalho extra porque tem horário para voltar pra casa, não pode ir no bar/restaurante que quiser com os amigos porque o bebê vai ficar chorando e não tem com quem deixar, você passou a brigar mais com sua sogra porque ela se mete na criação da criança, etc.
    E depois de ficar 10 minutos reclamando, a pessoa olha pra você e diz “mas é muito gratificante, é muito especial, traz muitas alegrias”, mas sinceramente eu sinto que a pessoa muitas vezes diz isso porque tem medo de ser julgada um monstro, porque socialmente é condenável admitir que ter filhos causa um grande transtorno na vida.
    As pessoas não querem admitir que ter fihos é sim viver “em descabelamento” constante, parece um sacrilégio não propagar essa ideia de que ter filhos é uma coisa mágica, encantada.
    Só que os contos de fada não são reais, e as pessoas que são realistas são muitíssimo condenadas por falar a verdade.

  111. Mari, adoro ler o teu blog e me divirto muito com as tuas aventuras com Bento e com a Nina. Adorooooo! E me identifico muito com o blog, em diversas ocasiões. O que acho melhor nisso tudo é que, além de tu tratares de assuntos leves, cotidianos e muito úteis, tu também abordas assuntos de imensa utilidade pública, como etiqueta e, agora, a questão de ter ou não ter filhos. Tenho 31 anos, estou solteira por opção, mas já namorei sério 3 rapazes (1 cinco anos, outro 7 e outro 1) e comecei a namorar desde novinha, lá pelos 17 anos, mas nunca quis “formar família” com eles, mesmo sendo em diferentes épocas. Talvez porque nenhum deles tenha sido “o homem” que procuro. E porque ainda não tive vontade de ter filhos – apesar de dois deles quererem muito. Digo isso, só para esclarecer, que “o homem” que procuro deve ser o cara parceiro, companheiro e, acima de tudo, apaixonado pela ideia de ser pai, responsável e que esteja em sintonia com a companheira para ter uma família. A frase em que tu dizes: “É uma questão de ser responsável por aquela pessoa, de abdicar muito da nossa vida para se dedicar àquela nova vida. Também é uma questão financeira muito forte. Além de amor, cuidado, educação e carinho, filho exige dinheiro. Não é pouco e não é por um período apenas. Filho é para o resto da vida.” Concordando 100% com o teu raciocínio, aproveito para pontuar que ter um filho é responsabilidade de 2 pessoas, o pai e a mãe. Também tenho pena e não vejo mérito nenhum numa mulher que se glorifica dizendo que tem x filho(s), que se dedica, que se escabela para cuidar, etc. Só vejo, na maioria das vezes, salvo homens responsáveis, dedicados e apaixonados pela família, mulheres falando assim. E é com isso que não concordo. Porque somente a mulher é que tem que ter a responsabilidade de quase todos os cuidados com os filhos? Porque somente a mulher é que tem que ser “penalizada” e responsável naturalmente por um filho? Fora a questão de, possivelmente, ser mãe solteira, como conheço muitas. E aí dizem que são heroínas porque criaram sozinhas os filhos. Não acho essa justificativa nada plausível nos tempos atuais. Nada contra os homens. Só estou dando a minha opinião diante de um assunto de decisão que só diz respeito ao casal ou à pessoa que deseja ou não ter filhos. Por fim, só posso repetir o que concordo muito contigo, Mari, e também com o comentário da Naná, de 27 anos. Ela ilustra também muitas coisas que penso. Beijos mil!!!

  112. Mari, sua linda!
    Te acompanho sempre. Te adoro, adoro o Bento e agora até a Olivia.
    Leio o blog todos os dias e me vejo em várias situações do teu dia-a-dia.
    E acho que tu conquista todas as tuas leitoras com a tua sinceridade.
    Sou ainda mais tua fã.
    Estava ansiosa hoje esperando noticias do Bento a respeito da visita ao veterinário.
    Beijos pra ti, Bento e Olivia.

  113. Daysi,

    Ter filho é a maior viagem da vida, não tem volta, um monte de coisas pode dar errado. No meu ponto de vista, é a melhor comparação que já ouvi. Talvez não seja a melhor viagem, acho que muita gente se arrepende mas não tem coragem de assumir. É normal ter dúvida e medo.

    Eu até os 38 anos não queria filhos, tinha uma gatinha de 17 e achava que ia ser mãe de gato para sempre. Mas decidi ter, porque vi que até essa idade não ter filho era uma escolha, mas que dali em diante não seria mais. Eu não teria mais como decidir ter se não pudesse mais ter. É como disse a Martha Medeiros, filho é para sempre, mas não ter filhos também é para sempre.

    Engravidei de forma natural ao 40 e hoje a minha filha tem 2 anos e é a alegria das nossas vidas. É muito legal mesmo, mas é muito cansativo, fisicamente falando. Eu sou super saudável, mas senti bastante esse lado da maternidade.

    Mas não faço apologia da maternidade, cada um sabe da sua vida. Não acho que quem tem filhos é melhor que os outros, tem só outras preocupações. Tem essa coisa de se achar melhor também com parto normal e cesária, amamentação e complemento. Tem mulher que se acha mais mãe que as outra porque teve parto normal, vê se pode.

    Mas acho que as mulheres que tem dúvida sobre se seriam boas mães, normalmente dão ótimas mães, porque já pensaram muito sobre isso e decidiram ser, e não tiveram filhos porque era o que se esperava delas.

  114. Acho que cheguei atrasada, depois de tantos comentários, mas também queria dar meu pitaco.
    Eu tenho um filho de três anos. E acho sim que é um amor maior do que por qualquer coisa ou pessoa. Mas não acho que ninguém deva ser pressionada a ter filhos.
    Apesar do amor enorme, ter filho é muuuito difícil. E não necessariamente vai te fazer uma pessoa mais feliz. Ao contrário, às vezes pode te deixar bem infeliz. Ninguém fala disso por que é “feio” mas, sorry, é verdade.
    Perdi a conta de quantas vezes eu ouvi coisas do tipo “eu nem lembro de como era minha vida antes do meu filho nascer”. Desculpa, mas eu lembro sim, e era bem boa.
    Isso não diminui o amor pelo meu filho nem me faz desejar que eu não tivesse engravidado. Mas eu estava muito certa do que queria. E mesmo assim não foi fácil.
    Por que exigir algo assim de alguém que está feliz com a própria vida e que não tem certeza do que quer ? Para criar mais uma mulher infeliz no mundo.
    Tenho amigas que decidiram ter três filhos, o que eu JAMAIS faria, e são absolutamente felizes. Tenho amigas que decidiram não ser mães e também são absolutamente felizes.
    Cada um sabe da sua vida e nos cabe apenas respeitar a decisão alheia.

  115. Filho é sim, tudo de bom, mas para quem quer ser mãe ou pai. É opção, ou deveria ser. É bom que se queira muito, porque a demanda é enorme. Temos que nos dedicar quase totalmente a esta tarefa para que tudo corra bem. Acho que quem não tem muita vontade ou tem dúvida, deve amadurecer a ideia e nunca, em hipótese alguma, ter filhos para fazer a vontade dos outros. O assunto rendeu, hein? Beijo!

  116. Oi Mariana.

    Adorei o texto. Parabéns pela coragem de abordar esse tema. É legal vermos como muitas mulheres pensam assim. Eu tenho 34 anos e também não tenho filhos! Mas sinto muita vontade de ter. Essa questão está sempre presente nos últimos tempos. Já tenho um namorado que toparia essa parada comigo, mas por vários outros motivos (profissão, distância física, já que não moramos na mesma cidade) não vejo uma perspectiva muito próxima para isso acontecer. E às vezes penso se não terei. Sempre tem o medo de quando a gente queira não consiga. Daí me questiono se serei plena sem conhecer esse amor incondicional que todo mundo fala. Acho realmente que gerar uma vida e cuidar do bebê depois deve ser uma sensação incomparável. Mas, por outro lado, tenho certeza de que a vida não será menor ou pior se não tiver um filho. É apenas mais uma escolha, e cada um que banque as suas!
    Beijos.

    Ps. o Bento é fofo e eu também tenho uma filha canina.

  117. Oi Mariana, adorei teu texto, tenho 35 anos (completados hoje) e ainda não me bateu aquela vontade de ser mãe, acredito que cada um tem o direito de escolher o que é melhor para si e que esta escolha deve ser respeitada (sem julgamentos), quanto a patrulha acho que ela está presente na vida de toda mulher (tem de se aprender a lidar com ela).

    ** Sou tua fã, adoro teus textos, me identifico muito com eles e adoro o Bento, tenho um cachorro (SRD) com 13 anos de idade, ainda não fez xixi na cama sem querer que nem o Bento, mas toma remédio do coração todos os dias. Um grande abraço e carinhos para o Bento e Olívia.

  118. Mari querida. Corajoso teu texto, parabéns! Não que eu concorde com ele, mas concordo com o livre arbítrio, e ponto! Mas fechei demais com o comentário da Lia também quando ela diz que “quem diz que só sendo mãe/pai pra saber…não está querendo ser superior”, é fato. É porque é a real. Mas se alguém opta por não sabê-lo, perfeito, se for perfeito pra essa pessoa. Apesar de eu achar, realmente, que um filho é TUDO na vida, concordo também com todas as responsabilidades e doações que ele implica, seja de tempo, de dinheiro (sim, custa caro!), de tudo mesmo. Mas se alguém não se acha preparado para isso tudo, que seja feliz com a sua escolha, e ponto! Mais uma vez, parabéns pela coragem de se expor e Lia, tenho uma filha de 6 anos e acabei de encomendar meu segundo….e está sendo maravilhoso! Coragem (porque pra ter filho ou não ter, é preciso coragem nos tempos de hoje) e decida o que for melhor pra você!!! Beijão pra todos, Mari, Bento, Olívia, leitoras e leitores, inclusive pro Igor, pois cada um tem direito de pensar o que quiser, como disse a Mari, sem ofensas….clap,clap,clap!

  119. Mariana, sou mto ET! Tenho 33 anos, não tenho filhos, nem cão, nem gato ah…e nem namorado! Se eu quero ter filhos? Bem, eu sei o que eu não quero: uma produção independente. Se eu estiver numa relação estável, posso voltar à questão e junto com meu companheiro decidir. Se o relógio biológico gritar aos 35 anos, penso em congelar óvulos para no futuro ter mais uma possibilidade. Compartilho da mesma opinião sobre as mulheres que acham que a maternidade lhes tornam melhores que as outras criaturas. E acho que poucas mães contam a verdade sobre a maternidade. Na maioria das vezes, o céu não é assim tão azul.
    Parabéns pelo blog!
    Bj
    Rê Prates

  120. Marina, que vespeiro!! Eu nem ia comentar nada, pois tudo vira tiroteio, mas…
    Eu já fui A (filhos, nem pensar), virei B (filhos, ok), agora sou C (meus filhos, não imagino a vida sem eles!). E acredito que tudo (A, B e C) vem naturalmente na vida da gente. As vezes, é claro, é A e pronto. Respeito totalmente as decisões alheias e jamais julgo alguém!! Mas fiquei pensando no comentário da minha filha de 12 anos depois que ela leu o teu post e todo o resto: “Mãe, e se os pais deles pensassem da mesma maneira??”. Bjs

  121. Tenho 31 anos e desde os 17 assumi que não quero ser mãe. Esta é uma decisão que não tem “ainda”. Nunca fez parte dos meus sonhos ou objetivos. Poderia dar razões como a questão econômica, o sacrifício que é para a mulher, as questões físicas que uma gravidez implica… Porém, não preciso de desculpas, pois a razão é uma só: não tenho a menor vontade de ter um filho. E a sociedade não é ninguém para influenciar ou decidir o que eu vou fazer da minha vida.

  122. Realmente as pessoas ainda ficam espantadas de ouvir que não quero ter filhos! Uma amiga da minha mãe já chegou a perguntar se eu tinha problemas para engravidar!!!
    A questão é que realmente vivo muito bem sem filhos!

  123. Mari, no dia do post cheguei a publicar no face que concordava com tudo que tu disseste. E é verdade. Continuo acreditando que ninguém é melhor porque pariu. Aliás, isso é o comum, afinal, a maioria casa e procria, o incomum é exatamente ter a coragem de nadar contra a maré e assumir.

  124. Mariana,

    Leio teu site há bastante tempo, adoro e me divirto muito!
    Gostei muito tbm desse post, bem sensato e expõe bem uma escolha de vida de quem amadureceu bem a idéia e sabe o que quer pra sua vida. Claro que talvez essa tua escolha possa mudar daqui a algum tempo e isso é completamente normal. Imagino que vc esteja muito tranquila com a sua escolha, que involve somente vc e seu marido. Normal e tranquilo, ou deveria ser. O que eu não consigo entender é por que uma decisão que é de vcs, afeta tanto os outros. E o pior, por que parece ofender essas outras pessoas.
    Eu estou numa fase de decisões nesse setor, mas qdo me perguntavam e conversei com pessoas sobre minha dúvida, elas se sentiam ofendidas por eu ainda pensar se quero ou não.
    Várias situações, que a gente vai aprendendo a lidar, nem vou citar para não alongar.
    Adoro seu site e adoro o Bento!!! Bjo

  125. Oi Mari!
    Amo teus textos, e concordo com tudo que falaste, exceto uma coisa:que o amor de mãe é só um amor diferente! Não, Mari, não é só um amor diferente…é o MAIOR amor que pode existir, a ponto de vc fazer qualquer coisa pelo seu filho, sem pensar em nada, nem ninguém…Eu me considero uma pessoa que ama muito(marido, pais, irmãos, família, amigos, meus dogs…) e posso te afirmar…o amor que sinto pelo meu filho, ah não tem explicação e nem dimensão!!!bjo grande, e que sejas feliz com a escolha que fizeres!

  126. Querida, acho que só o fato de você ser uma pessoa bem-resolvida na sua vida pessoal, seja solteira, casada, com ou sem filhos, com certeza incomodará os terceiros. Deixe que o pessoal opine, pois enquanto os mesmos se preocupam com a vida alheia, você segue a sua vida feliz, livre, leve e solta !!

  127. Mariana! Simplesmente amei seu post ! Eu penso exatamente como você, e muitas vezes me sinto uma alienígena, só porque não tenho vontade de ter filhos. Isso inclusive, ocasionou o fim de meu casamento. Porém, penso que a maternidade é uma coisa tão séria, que jamais deve ser forçada ou por obrigação, para agradar o marido/ família/ amigos. Minha vida também é muito rica, tem tantas coisas boas que me preenchem, e NUNCA senti vontade de ser mãe, ou achar que isso poderia me completar. Já sou completa! Acho que exerço a maternidade com meus dois bebezinhos lhasa, o Lulu (igual ao Bento) e o Srad …rsrrsrsr Podemos ser mães de muitas formas, não spo gerando filhos. Um abraço e sou cada vez mais sua fã!!!!

  128. Mariana! Passo por esse dilema há um tempo. Tenho 41 anos, fiz mestrado e trabalho bastante. Estou em uma relação estável há 7 anos e ele também não pretende ter filhos Inclusive agora, leio e trabalho ao mesmo tempo: não consigo imaginar uma criança nesse contexto. Ontem mesmo meu pai indiretamente me fez essa cobrança. Entendo que ele venha de outra geração em que ter filhos, para a mulher, era algo inquestionável (ele tem 78 anos), mas como é incômoda essa cobrança. Minhas amigas com filhos e sem filhos já não cobram tanto e entendem, ainda bem. Me identifiquei com tudo que escreveu e gostaria de ter acesso ao suplemento Donna e acompanhar sua coluna, pois tornei-me sua fã também!

  129. “Olha o Igor indo pro lado errado é, nao entendeu não entendeu Igor, amigao abre a cabeça e lê de novo! sério! sempre é mais fácil criticar o autor e nao o texto. Vai lá, na boa, começa de novo!” KKKKKKKKKKKKKKKKKKK Adorei!!! Valeu Gui!!!

  130. Valeu por este texto!
    Entrei neste blog com intuito de saber se eu era a única mulher a não querer filhos! Minha vida tá uma mer..! Uma cobrança atrás da outra, é da mãe, da sogra, cunhada, colegas de trabalho… Sinceramente tô de saco cheio! Nunca tive esse desejo fantástico de ser mãe… passei a vida toda pajeando primos, irmãos e filhos alheios… gastei toda minha energia aí… será que é pedir muito que compreendam minha opção? A de NÃO QUERER TER FILHOS.
    Bjss Glorinha

  131. Oi Mariana! Parabéns pelo blog! adorei!
    Tenho 34 anos e não sei se quero ter filhos: tenho um sobrinho lindo que amo e 2 afilhados maravilhosos, mas o desejo de ser mãe é algo que não faz parte dos meus planos. Meu marido ( que é 20 anos mais velho), também pensa assim e assim como vc e seu marido, conversamos – e ainda conversamos – sobre o assunto. A prioridade é o melhor para nós! A vida é breve e preciosa demais para perder tempo tentando se enquadrar nas normas da sociedade. Quero fazer mestrado, quero viajar mais, quero mais livros e mais dessa vida e na boa?! com filhos isso não seria possível. Mas isso não me impede de ser a melhor tia e madrinha do mundo. Minha vida, minhas escolhas, meu jeito.
    beijos
    Simone

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