Pokémon Go incentiva o convívio e a vida ao ar livre. Mas é preciso alguns cuidados!

Você faz parte daquele grupo de pessoas que nunca ouviu falar sobre Pokémon ou, se ouviu, não deu a menor atenção ao game que mistura realidade e ficção e que está mudando o comportamento de milhares de pessoas mundo afora? Relaxe. Não se sinta um estranho no ninho por não fazer parte dessa parcela da população que “enlouqueceu” com o jogo. Para falar a verdade, eu, que estou sempre conectada, até tinha ouvido falar sobre o assunto, mas confesso que de imediato não dei muita “bola” na época em que o Pokémon começou a se tornar uma mania. Afinal, o que iria me acrescentar conhecer mais sobre um game desenvolvido para internet se não jogo nenhum dos já lançados?

Porém, há alguns dias, quando li uma notícia de que um parque na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso, estaria espalhando placas com avisos de regras de boas maneiras para jogadores do aplicativo levei um susto. Resolvi então entender melhor este vício!

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Desde a sua implementação, o Pokémon Go ganhou status de protagonista em reportagens dos veículos de comunicação. Dos mais conservadores até a mídia mais moderninha, todos se renderam à febre do aplicativo. Também pudera. O sucesso do jogo foi instantâneo e em pouquíssimo tempo ultrapassou o Tinder, Instagram, Facebook e até o Snapchat, outro queridinho da vez. Dá para imaginar o poder desse aplicativo?

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Apesar da imensa repercussão do game, o que vou conversar com vocês neste post é a mudança de comportamento que ele provocou. Numa época em que as pessoas estão deixando de sair de casa pelos mais diferentes motivos, seja pelo medo da violência ou por questões econômicas, o Pokémon Go provocou um movimento diferente. Não foram poucos os que deixaram o conforto de seus sofás e foram “empurrados” para as ruas, parques, restaurantes, cafés e bares em suas cidades. Sabe por quê?

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O Pokémon Go é um jogo de realidade aumentada para smartphones que, usando seu GPS, faz você jogar andando pelo mundo real e caçando pequenos monstros virtuais como o Pikachu e Jigglypuff em lugares perto da localização do seu telefone e treinando-os para lutar uns contra os outros. O sucesso pode ser explicado pela mistura de jogo e realidade ( última moda em se tratando de games ). Na tela do seu celular, você vê o mundo real, mas habitado por monstrinhos do Pokémon. Entendeu? Loucura, não é?

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Para aqueles que ainda torcem o nariz para o jogo, fica difícil acreditar que o Pokémon estimula a amizade, o trabalho árduo e o respeito pelos outros! E por ser uma mania que varre o planeta, os jogadores podem ser perdoados por pensarem que ele não é nada além do que um pouco de diversão. Afinal, qualquer ferramenta que nos incentive a jogar ao ar livre promovendo algum tipo de exercício e interação é saudável, certo?

Certo, mas vale um aviso importante: enquanto o Pokémon Go é muito divertido e tem seus benefícios, há uma abundância de coisas que podem dar errado durante o tempo em que só estamos querendo mesmo é nos divertir. Desde o lançamento do game, soubemos de várias histórias a respeito de jogadores que não foram felizes em suas andanças e que acabaram em situações embaraçosas ou até mesmo perigosas. Tornozelos torcidos, quedas e assaltos tornaram-se comuns. Muitos jogadores despreparados e “desatentos” à vida real (sem prestar nenhuma atenção ao redor) são levados para as ruas em busca de seus monstros de bolso favoritos e “deletam” os riscos reais.

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Será que é apenas uma questão de tempo até que alguém sofra um acidente sério por jogar Pokémon Go ao dirigir o carro, andando no tráfego, invadindo um terreno alheio, se arriscando até a levar um tiro, ou vagando pela vizinhança errada? Sim, todos esses riscos existem e precisamos evitá-los. No entanto, é preciso também ressaltar o lado positivo dessa brincadeira coletiva. É indiscutível que as pessoas estão pondo os pés para fora de casa, andando e explorando as suas cidades e parques e congregando em lugares prescritos apenas para pegar Pokémon.

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Como muita gente já foi picado pelo bichinho do game e não consegue se livrar dessa mania, vale estar atento a algumas dicas sobre os perigos que podem ser evitados caso seja um caçador de Pokémon:

• Fique sempre atento a buracos, valas ou outros perigos na paisagem natural ao seu redor.
• Não se “desligue” totalmente e atenção a possíveis assaltos. Não são poucos os relatos de assaltantes que usam o jogo como isca para atrair participantes para locais remotos e praticar roubos com o uso de armas.
• Por mais divertido que possa ser jogar Pokémon GO, não é seguro caminhar em áreas isoladas com o seu smartphone. Sempre é melhor estar em grupos
• O ambiente de trabalho não é o local adequado para caçar Pokémon, minha gente! Por mais que certas empresas permitam o uso do aparelho celular, ele só deve ser usado em casos de necessidade.
• Evite expressar seu aborrecimento com o desenrolar do jogo com palavrões e afins nas redes sociais. Você pode colocar seu emprego em risco.
• O Pokémon Go incentiva a interação. Muitos jogadores estão fazendo novos amigos enquanto “lutam” com outros jogadores e compartilham dicas sobre os melhores locais para encontrar as criaturas.

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Rachel Jordan

Rachel Jordan

Consultora de Imagem, Rachel Jordan é especializada em Comportamento, Moda, Etiqueta Social e Corporativa, Dress Code e formada em Protocolos Internacionais pela renomada The Protocol School of Washington. Referência em seu segmento, a consultora é palestrante e instrutora. Executa um trabalho estratégico e personalizado para empresas e pessoas que desejem melhorar sua imagem pessoal e profissional com o objetivo de se reposicionar na carreira ou se colocar de forma mais adequada nas diferentes situações do cotidiano. O olhar diferenciado, observador, sensível e profissional de Rachel Jordan é potencializado também por sua formação como artista plástica. Membro da Association of Image Consultants Internacional (AICI), tem especializações em História da Moda, Consultoria de Imagem, Produção de Moda, Comportamento, Etiqueta Social e Corporativa, Análise Cromática. Rachel Jordan estreia este mês (janeiro 2016) como colunista de moda, etiqueta e comportamento do site Mariana Kalil (marianakalil.com.br).

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