Como e onde usar chapéu? Qual estilo combina com você? AMIGA MARI responde

Encontrei um chapéu de feltro preto, estilo quepe, perdido no fundo da mais alta prateleira do meu armário. A única pessoa que pode ter tido a ideia de guardá-lo lá, bem longe dos olhos, para ficar esquecido para todo o sempre, só pode ter sido eu. Ou seja: ideia de jerico. Por sorte, subi no banquinho que jaz encostado no closet e topei com ele sem querer. Ou melhor: topei com uma sacola vermelha que cuidadosamente enrolava algo. Abri e pimba! Meu chapéu Maria Bonita Extra! Cobrir a cabeça no frio é uma das maiores inteligências que pode existir nas estações frias. Cobrir a cabeça é meio caminho andado para manter o corpo aquecido. E para proteger-se do sol também.

Baixei meu querido chapéu estilo quepe para perto dos olhos, ao lado de um outro, verde com abas, modelo Fedora, que ganhei de presente do meu querido marido nas nossas últimas férias em Punta del Este. Esta semana, levei ele para passear no frio inverno gaúcho.

Olha!

Dia de esquentar a cuca. No bom sentido, claro 👌🏻#chapeu #frio #invernogaucho

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Feliz com essas duas boas companhias, poderei se não era o momento de propagar esta alegria para minhas queridas leitoras e amigas, estimulando o uso e o consumo de um chapéu, citando os inúmeros benefícios que ele traz e, sobretudo, observando regrinhas de etiqueta para seu uso, uma vez que canso de ouvir perguntas do tipo: “Mari, usar chapéu em restaurante pode?”, “Mari, como e quando a gente usa um chapéu?”.  Pois Amiga Mari vai responder a todas essas questões. Oba!

Vamos a elas!

hatSE NA EUROPA É LINDO DE SE VER, POR QUE O RECEIO DE USAR NO BRASIL?

Quando a gente viaja para a Europa, uma das coisas que mais chama a nossa atenção no streetwear é o uso do chapéu, faça frio, faça calor. Então, a gente compra um chapéu, usa, usa, usa e, quando chega de volta em casa, fica com certo receio de seguir o hábito, vai dizer? Com muuuuitas mulheres acontece isso. Eu mesma já senti na pele. É que, quando estamos de férias ou a passeio em algum lugar, andamos muito mais a pé e utilizamos bastante o transporte público. Ou seja, precisamos nos proteger.

“Ah, Mari, mas as pessoas ficam olhando para a gente como se fôssemos E.T..”. Sim, eu já ouvi essa frase mais de uma vez. E daí? Olhe para a cara delas e responda: “Phone-home”.

Stephanie-LaCava-by-STYLEDUMONDE-Street-Style-Fashion-Blog_MG_1788-2TOQUE DE COR EM DIAS FRIOS E NUBLADOS

Existem alguns modelos básicos de chapéu que são mais usados no inverno. São eles:

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Pouca gente sabe, mas ele também é conhecido como Borsalino, uma homenagem ao seu criador Giuseppe Borsalino (a fábrica Borsalino reclama para si o mérito da criação do Fedora). As características principais deste chapéu são aba de tamanho médio e a copa com o vinco bem marcado. Seu material mais característico é o feltro – daí a preferência de uso em temperaturas mais frias. A aba é estreita e ele conta com uma pequena dobra na parte de trás.

Elaborei uma galeria de imagens bacanas para inspirar o uso do Fedora!

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Muita gente confunde o Fedora com o Panamá. São modelos aparentemente semelhantes, mas tem suas importantes distinções. Ao contrário do que se pensa, o Panamá não foi criado no Panamá, mas no Equador, onde é encontrada a planta que cede a palha para a sua fabricação. É também conhecido como “El Fino”. O Panamá é ideal para dias quentes, pois protege o rosto e a cabeça do sol.

panama-hat-streetstylePANAMÁ: PRÓPRIO PARA TEMPERATURAS MAIS AMENAS

Uma galeria inspiradora para o uso do Panamá!

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Faz referência ao estilo country e folk, que vem de inspirações da tradição rural e da música folclórica. Tem seus elementos traduzidos pela moda por meio de peças rústicas e artesanais. É o modelo preferido por quem tem o rosto quadrado. Dependendo do material e das cores, pode ser usado tanto no inverno quanto no verão.

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É uma graça e super feminino. Tem as abas largas e o topo mais arredondado. Faz um estilo boho e hippie chic e combina muito bem com saias longas, peças com franjas, batas… Enfim, um visual setentinha. Em cores mais sóbrias, como preto, marrom ou cinza, pode ser usado com casacões e calças e jaquetas de couro. Fica bem em quem tem o rosto oval.

meghanmarklefloppyhat-0MEGHAN MARKLE É UMA DAS ENTUSIASTAS DESTE MODELO

Mais uma galeria para inspirar o uso do Floppy em diversos momentos e estações!

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O chapéu Bowler, conhecido no Brasil como chapéu de coco, nasceu na Inglaterra, em 1849. Ele tem uma estrutura masculina, portanto, na hora de usar, aconselha-se a escolher peças bem femininas para dar o contraponto, como vestidos e saias leves. Ele é preferido pela turma mais jovem e moderninha.

Regrinhas simples, porém básicas, na hora de usar chapéu:

1 – Você é baixinha ou tem rosto miudinho? Esqueça modelos de abas muito grandes.
2 – Você tem cabelo crespo? Prefira modelos com abas, pois os chapéus mais justos na cabeça vão dar aquele efeito de afunilamento e parecer que o seu cabelo tem ainda mais volume. Floppy, Matinê e Panamá combinam mais com cabelos crespos, encaracolados e com volume.
3 – Você está usando chapéu durante o dia e o evento estendeu-se noite adentro. Tire o chapéu. Fica deselegante.
4 – Nunca use em locais fechados, como teatros, cinemas, restaurantes. Quando sentar à mesa, tire sempre.
5 – Em uma cerimônia religiosa, o uso do chapéu só é correto se a cerimônia for de dia e ao ar livre. De manhã, prefira abas pequenas. Ao meio-dia e ao fim da tarde, prefira  modelos com abas mais largas.
6 – Mulheres de todas as idades podem usar chapéu. Basta identificar qual modelo combina mais com seu estilo.

canvasCHAPÉU EM DIA DE FESTA AO AR LIVRE: ACESSÓRIO QUE VALE POR MIL

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Mari Kalil

Mari Kalil

Sou escritora, jornalista, colunista da Band TV e Band News FM e autora dos livros "Peregrina de araque", "Vida peregrina" e "Tudo tem uma primeira vez". Sou gaúcha, nasci em Porto Alegre, vivo em Porto Alegre, mas com os olhos voltados para o mundo. Já morei em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Barcelona. Já fui repórter, editora, colunista. Trabalhei nos jornais Zero Hora, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil; nas revistas Época e IstoÉ e fui correspondente da BBC na Espanha, onde cursei pós-graduação em roteiro, edição e direção de cinema na Escuela Superior de Imagen y Diseño de Barcelona. O blog Mari Kalil Por Aí é direcionado a todas as mulheres que, como eu, querem descomplicar a vida e ficar por dentro de tudo aquilo que possa trazer bem-estar, felicidade e paz interior. É para se divertir, para entender de moda, de beleza, para conhecer lugares, deliciar-se com boa gastronomia, mas, acima de tudo, para valorizar as pequenas grandes coisas que estão disponíveis ao redor: as coisas simples e boas.

9 Comentários
  1. Pois então, Mari. Fiquei com uma dúvida: já li/ouvi que nós, mulheres, não precisamos tirar o chapéu nos restaurantes/locais fechados, visto que ele “acaba” com nosso penteado. Não procede essa informação?!!!

  2. Adorei a matéria sobre chapéus!
    Eu amo, mas tenho receio de usar. Tenho um igual ao seu da Maria bonita, um fedorenta de feltro é um Chanel que comprei quando está careca em tratamento de câncer. Vou lá no armário resgatar todos…. E tentar usar…
    Bjs

  3. Olá,
    Nas cerimônias de casamento da família real em Londres, várias mulheres utilizaram chapéu. Creio que é possível utilizar dentro de igrejas.

    1. Oi, Lydia. Acredito que elas usem fascinators dentro da igreja, ou que o chapéu tenha alguma característica particular que permita seu uso dentro de lugares religiosos. Caso contrário, fere a regra de etiqueta. Um beijo. Mariana.

  4. E se eu estiver a noite com um fedora preto ou marrom em um bar; na rua ou até em um festival ao ar livre. Por exemplo: Passeio em Tiradentes. Posso usar?

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